A Escola Austríaca de Economia é uma instituição, criada durante o século XIX. Assim, se instaurou com uma das mais importantes escolas para o estudo das ciências econômicas. Além disso, foi denominada Escola Austríaca por conta dos estudantes de origem austríaca.
Grande parte dos estudos foram desenvolvidos na cidade de Viena. A escola teve como primeira obra o livro “Princípios da Economia Política”, escrita por Carl Menger e com publicação em 1871.
Visto isso, o primeiro autor a desenvolver reflexões na Escola Austríaca elaborou a teoria da utilidade marginal. Assim, tinha como ideia principal as seguintes palavras: “quanto maior o número de unidades de um bem que um indivíduo possui, menor será o valor que ele dará para cada unidade adicional”.
Ideologia da Escola Austríaca
A Escola Austríaca defendia ideias que contestavam as reflexões defendidas pelos socialistas da época. Assim, Carl Menger e Eugen von Böehm-Bawerk debatiam as ideologias de Karl Marx, por exemplo. Dessa forma, conceitos como a teoria da exploração e a mais-valia, desenvolvidos na obra O Capital, foram contrapostos por Böehm-Bawerk.
Dentre as características que as Escola defendia, estavam:
- Críticas às teorias que defendiam a intervenção do Estado no mercado;
- Crítica à política econômica;
- Ação individual na economia associada ao tempo;
- Individualismo metodológico;
- Mercado como processo
Visto isso, um dos principais representantes da Escola, Ludwing Von Mises (1881-1973), estruturou as ideias de Menger de forma a compreender a economia de maneira mais fácil. Assim, analisando a ação humana com o auxílio do tempo, Von Mises escreveu um dos primeiros trabalhos, “Ação Humana”.
A Escola Austríaca teve grande importância no século XX. Autores como Hayek e Rothbard desenvolveram reflexões com base nos autores da Escola. Autores brasileiros também tiveram trabalhos inspirados na Escola Austríaca como, por exemplo, Roberto Campos e Donald Stewart.
Características
Por meio desse trabalho, o autor mostrou reflexões epistemológicas de acordo com o que chamou de praxeologia. Nesse sentido, a ação humana dentro do mercado financeiro seria a base para que o comércio e as finanças continuassem em constante movimento.
Dessa forma, Von Mises tentou explicar que a economia não precisava ser demonstrada por meio de complexos cálculos matemáticos. Ou seja, era possível compreender a economia aplicando exemplos do cotidiano. Assim, os assuntos se tornariam entendíveis.
Em síntese, Von Mises estava se referindo à trilogia ação-tempo-conhecimento. Nesse sentido, de acordo com a Escola Austríaca, os estudos sobre economia e, posteriormente, o entendimento por parte da população seria possível por meio de ações do cotidiano. Assim, cálculos matemáticos não precisariam ser esboçados como a única forma de entendimento.
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Fontes: História do Mundo e Medium
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