Na Química existe uma parte especializada no estudo de substâncias inorgânicas. Dentre essas substâncias estão as bases, compostas pela reação entre um cátion e um ânion OH–. Assim, uma base é formada por meio de dissociação iônica quando posta em solução aquosa.
Dessa forma, para que haja liberação de íons de cátion (Y+), a base pode reagir com elementos como o metal, que são liberados em água. A liberação de cátions, neste caso, ocorre por meio do processo de dissociação. Logo, as bases, assim como ocorre com os ácidos, possuem a capacidade de conduzir corrente elétrica.
Além disso, apresentam características como o sabor adstringente, cáustico ou amargo, responsável pela diminuição da saliva na boca. Outro ponto é que as bases, ao reagir com ácidos, formam sais e água. Por outro lado, quando postas em altas temperaturas, podem se desintegrar.
Classificação das bases
As bases, portanto, são compostos classificados de três formas diferentes, sendo pela solubilidade, pela força e pelo número de hidroxilas.
De acordo com a solubilidade, as bases podem ser solúveis ou pouco solúveis. As bases solúveis são aquelas formadas por metal alcalino ou amônio. Enquanto isso, as pouco solúveis são compostas por metal alcalinoterroso, como o hidróxido de magnésio.
Além disso, existe uma classificação de base praticamente insolúvel. Neste caso, são compostas por outros tipos de metais além do alcalino e do metal alcalinoterroso, como ocorre com o hidróxido de alumínio.
Em relação à força da base, ou seja, a capacidade de dissociação na água, as bases são classificadas como fortes e fracas. Logo, uma base forte é aquela que apresenta metal alcalino ou alcalinoterroso na composição química. Por outro lado, as bases fracas apresentam outros tipos de metais.
Por fim, uma base pode ser classificada de acordo com o número de hidroxilas. Neste caso, são dividias em monobases, dibases, tribases e tetrabases. De forma geral, uma base reage por meio da neutralização, gerando assim sal e água.
Nomenclatura das bases
Para nomear uma base, existe uma regra muito simples. O prefixo será sempre composto por “hidróxido“, em seguida, se acrescenta o nome do metal ou do amônio. Logo, temos como regra:
Hidróxido + de + nome do metal ou amônio.
Observe os exemplos:
- Ca(OH)2 → hidróxido de cálcio
- Al(OH)3 → Hidróxido de Alumínio
- Zn(OH)2→ Hidróxido de zinco
Entretanto, caso a base seja formada por algum elemento que não faça parte das famílias IA, IIA ou IIIA; o número de hidroxilas é acrescentado no final na forma de algarismo romano. Veja:
- Ti(OH)4 → hidróxido de titânio IV
- Fe(OH)3→ Hidróxido de ferro III
Principais tipos de bases e suas utilizações
Assim como ocorre com os sais, as bases também estão presentes no cotidiano. Como exemplo, podemos citar frutas que possuem gosto meio amargo, como caquis verdes ou caju. Além disso, também encontramos essa substância em compostos como água de cal, etc.
Porém, a base também está presente em compostos perigosos, como a soda cáustica, que pode ser tóxica, além de corrosiva. Neste caso, o composto é o hidróxido de sódio (NaOH), utilizado em produtos fortes de limpeza, como desentupidores.
Outro tipo de base é o hidróxido de magnésio (Mg(OH)2), também conhecido como leite de magnésia. Essa solução é bastante utilizada, por exemplo, como remédio laxante, além de antiácido para o estômago. Já o hidróxido de cálcio (Ca (OH)2) é uma substância utilizada em construções, principalmente na preparação de argamassa.
Além disso, existe também o hidróxido de amônio (NH4OH), presente na fabricação de produtos de limpeza, como desinfetantes. O composto também é utilizado na revelação de filmes fotográficos, além de ser um dos compostos presentes na indústria têxtil.
O que achou da matéria? Se gostou, confira também o que são Elementos Químicos e como a Tabela Periódica é composta.
Fontes: Brasil Escola, Brasil Escola, Toda Matéria e Manual da Química
Imagens: Estudo Prático, O mundo da Química, Info Escola e Amoniaco