Basalto são rochas originárias das erupções vulcânicas parcialmente recentes. Sendo assim, podem ser encontradas por toda a superfície terrestre, formando, algumas vezes, curiosas colunas em paisagens naturais.
A palavra basalto vem do latim, basanites e significa “pedra muito dura“. Sendo assim, o termo foi introduzido na petrologia moderna por Georgius Agricola, para retratar uma rocha advinda da lava, com específica composição mineralógica.
Agricola usou a palavra pela primeira vez em 1556, em sua obra De re metallica, livro em latim no qual o autor catalogou o estado da arte da mineração, refinação e a fundição de metais.
O basalto é bastante abundante no planeta. Ele se encaixa na categoria de rocha ígnea, constituído através do resfriamento, em sequência a solidificação, do magma. Este, é formado, principalmente, por óxidos de silício, alumínio, ferro, cálcio, magnésio, sódio e potássio.
Já o basalto é composto basicamente por minerais de silício, alumínio e ferro, na forma de piroxênios, plagioclásios e magnetita. Em relação à sua composição química, o basalto tem entre 43 e 47% de SiO2, 11 a 13% de Al2O3, 10 a 12% de CaO e 8 a 10% de MgO. Há também outros óxidos presentes, no entanto, suas porcentagens são abaixo de 5%.
Análise técnica do basalto
Embora seja categorizado como rocha ígnea, também pode ser classificado segundo o ambiente tectônico onde está presente. Por exemplo, temos o MORB (mesoceanic ridge basalts – basaltos de cadeia mesoceânica) que são carentes de elementos químicos incompatíveis.
Além disso, o litófilo de raio iônico grande (LILE – large ion litophile elements), elementos de terras raras leves (LREE – light rare earth elements) e basaltos de ilhas oceânicas (OIB – ocean island basalts).
De acordo com especialista, as observações do basalto tipo MORB resultou em três subdivisões:
- N-MORB: basaltos normais de cadeia mesoceânica (normal mesoceanic ridge basalts);
- E-MORB: basaltos enriquecidos de cadeia mesoceânica (enriched mesoceanic ridge basalts);
- T-MORB: basaltos transicionais de cadeia mesoceânica (transitional mesoceanic ridge basalts).
Definição macroscópia
Rocha holocristalinas, hipocristalinas ou raras vezes vítreas, com base afanítica. De forma geral, mostra estrutura isotrópica, contudo, também pode manter estruturas de fluxo quando efusiva. Por exemplo, ps derrames pahoehoe, cordada ou fluidal, estruturas miloníticas ou cataclásticas quando intrusivas.
Apesar de existir variações do basalto, este é o tipo de rocha vulcânica mais comum no nosso planeta. Dito isso, essa rocha costuma apresentar matriz de grãos bem finos, ou de vidro vulcânico, alternada com os fenocristais, grãos minerais visíveis a olho nu.
Sua formação e origem se assemelha às rochas ígneas máficas, como a diabase, o gabro e o andesito. Fato curioso, o basalto também pode ser encontrado em Marte e na Lua.
Mineralogia essencial
Mineralogia essencial consiste, igualmente como o nome sugere, nos minerais que fazem parte de uma rocha e são essenciais para sua definição e classificação. Sendo assim, no caso do basalto sua composição química é:
- SiO2: 49,2%;
- Al2O3: 16,7%;
- Fe2O3: 3,8%;
- FeO: 8,1%;
- MgO: 6,7%;
- CaO: 9,5%;
- Na2O: 2,9%;
- K2O: 1,1%;
- P2O5: 0,2%;
- MnO: 0,2%;
- H2O: 1,0%.
Minerais acessórios
Enquanto os minerais essenciais são, bem, essenciais, os acessórios são aqueles presentes da rocha em quantidade bem menores, sem riscos de afetar sua classificação. Portanto, no caso do basalto:
- Óxidos (cromita, titanomagnetita ou ilmenita);
- Apatita;
- Olivina;
- Nefelina ou outro feldspatoide;
- Serpentina, iddingsita, esmectita, clorita ou sericita podem ocorrer como minerais secundários, produto de alteração ou anquimetamorfismo.
Texturas e microstruturas
O basalto pode apresentar coloração e texturas diferenciadas. Por exemplo, os tipos holocristalinos tendem a mostrar textura pilotaxítica, subofítica ou ofítica. Os hipocristalinos são mais vitrofírica, variolítica, intersertal, intersticial ou hialopilítica.
Já os vítreos costumam ser maciços ou compactos, com cristalitos e microlitos chamados de taquilita.
Ambiente de formação da rocha basalto
Como dito, o basalto é uma rocha vulcânica, portanto, seu ambiente de formação são em áreas em atividades vulcânicas. Boa parte da camada superior é formada por peridotitos, uma rocha holomelanocrata rica em minerais máficos, por exemplo, olivina e piroxena.
Quando os peridotitos sobem na astenosfera, a pressão começa a cair gradualmente, o que resulta na fusão de minerais ferromagnesianos. A partir deles, são originadas magmas de composição basáltica. Dessa maneira, quando esses magmas são consolidados à superfície, os basaltos são formados.
Os variados uso do basalto
Por ser uma rocha abundante no planeta, o basalto é encontrado em diversos lugares pelo mundo, como no planalto do Deccan, na Índia e no derrame da Bacia do Paraná, no Brasil.
Outro lugar com intensa produção é a Rússia. O país tornou a tecnologia de processamento do material simples, o que reduziu o valor dos produtos derivados dele. Assim sendo, lá eles utilizam a rocha nos moldes de lajes, tubos e em vários lugares que requer resistência à abrasão, a altas temperaturas e ambientes químicos de grande risco.
Além disso, a Rússia também usa o basalto na forma de fibras e, embora seja pouco popular por enquanto, ele possui capacidade de substituir o amianto em diversas aplicações.
Em outros lugares do mundo, a rocha também é usada como cascalho, servindo para fixar dormentes e trilhos ferroviários. O material também é utilizado na mistura asfáltica, presente na pavimentação de rodovias.
No entanto, devido a sua granulação fina que beneficia o polimento, a superfície escorregadia fica escorregadia e, portanto, desaconselhável para pisos.
Por fim, o basalto também pode ser usado em construções urbanas, como na formação de paralelepípedos e na produção de estátuas por causa do seu isolamento térmico.
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Fontes: Museu Heins Ebert, Helena Cristais, BioMania, Scielo, MRM.
Imagens: Decor Pedras, Pixabay, NetGo, EDisciplinas,