Até a Segunda Guerra Mundial, as duas Coreias eram um único território. O país já havia sofrido invasão chinesa, dominação japonesa e, em 1945, tropas soviéticas e estadunidenses tomaram conta do local.
Um novo conflito internacional se iniciava: a Guerra Fria. Estados Unidos (EUA) e União Soviética (URSS) brigavam pela hegemonia político-econômica do mundo. A terra coreana, então, foi dividida em duas de acordo com os interesses das duas grandes potências.
Assim, após a Conferência de Potsdam, surgiram as duas Coreias. Dessa forma nasciam dois países com ideologias políticas opostas, divididos por uma linha imaginária denominada de “paralelo 38°”.
A divisão do território foi concretizada em 1948. Então, a Coréia do Norte, nomeada de República Popular Democrática da Coréia, assumiu um sistema comunista. Enquanto a Coréia do Sul, sob o nome de República da Coréia, adotou o sistema capitalista.
A Guerra da Coréia
Em pleno clima de guerra entre EUA e URSS, o governo norte-coreano deflagrou várias tentativas de invadir o território vizinho. Com o apoio da China, em 25 de junho de 1950, foi realizado um ataque à Seul, capital da Coréia do Sul.
A desculpa para a invasão era a suposta violação do paralelo 38°. No entanto, a real intenção da Coréia do Norte era dominar o sul, unificando a península sob regime comunista. O principal conflito entre as duas Coreias ganhava forma.
Mas a República da Coréia não estava abandonada. Tropas norte-americanas foram enviadas para dar apoio militar aos sul-coreanos. Combates cada vez mais violentos aumentam, na tentativa de defender Inchon da posse norte-coreana e avançar para o país comunista.
Em outubro, o exército estadunidense é obrigado a retornar para a Coréia do Sul. E em janeiro de 1951, os chineses tomam Seul. Dois meses depois, as tropas americanas devolvem a ofensiva e empurram a Coréia do Norte para o seu lado do paralelo 38°.
As duas Coreias viveram essa guerra sangrenta por quase três anos. Finalmente, em julho de 1953 é assinado o Armístico de Panmunjom. O tratado trazia um acordo de desmilitarização da fronteira entre os dois países.
As duas Coreias hoje
O acordo de paz realizado no início dos anos 50 se mantém firme até hoje. Só que a relação entre as duas Coreias não é exatamente um mar de rosas.
Os países coreanos vivem uma eterna Guerra Fria. Ou seja, existe uma constante iminência de guerra. Uma vez que o conflito anterior não teve uma resolução concreta. E a fronteira é vigiada dos dois lados por militares dia e noite.
Ano passado, Kim Jong-Un e o presidente da Coréia do Sul, Moon Jae-In, protagonizaram um encontro histórico. Os governantes realizaram uma reunião entre Norte e Sul. Os governantes deram as mãos e atravessaram a fronteira juntos. O objetivo da conferência era discutir sobre a desnuclearização.
A República Popular Democrática da Coréia ainda segue o sistema comunista. O país do Norte vive um regime ditatorial fechado e hereditário. Seu atual governante é Kim Jong-Un, neto do primeiro ditador Kim Il-Sung. Apesar de ser rica em minérios, a Coréia do Norte enfrenta sérios problemas sócio-econômicos. Por exemplo, a produção de alimentos não é suficiente, o que gera mortes por desnutrição.
Por outro lado, a Coréia do Sul experimenta um progressivo crescimento econômico. Após a Guerra das Coreias, o sul ficou totalmente desestruturado. Até 40 anos atrás era um país pobre. Graças a investimentos na área de educação, a República da Coréia conseguiu se refazer e é, hoje, um dos países mais desenvolvidos do mundo.
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Fontes de Imagem: Yahoo Notícias, Nostalgia Central, KoreaPost, InfoKorea.se
Fontes: Brasil Escola, Só História, Mundo Educação, BBC