O Volvismo é um sistema de produção industrial capaz de conciliar alta tecnologia, organização e valorização dos funcionários. Foi idealizado pelo engenheiro indiano Emti Chavanmco, na década de 1960, como um novo modelo de organização do trabalho.
Os carros da Volvo sempre foram referência em tecnologia e segurança, o que exige uma boa infraestrutura para montá-los. Faltava, entretanto, a valorização dos operários, que sempre estiveram amparados pelos fortes sindicatos suecos. O Volvismo veio para corrigir isso.
Com muita organização e investimento em tecnologia de ponta, os carros da Volvo se tornaram referência mundial. Ocorre que a crise econômica que recuou a economia no planeta também atingiu esse modo de produção. Dessa forma, foi preciso baratear custo e cortar investimentos.
Contexto Histórico
A marca Volvo foi fundada em Estocolmo na Suécia, em 1924, por Assar Gabrielsson e Gustaf Larson. O diferencial da marca sempre foi a perfeição, assim como a segurança. Ocorre que o operário diferenciado parou de se interessar pelo trabalho na indústria.
Ser um simples operador de máquinas não era muito atrativo, além haver rejeição a outros modelos produtivos, como o Fordismo. E como a Volvo tinha como meta criar o carro mais bem feito e seguro do mundo, algo precisava ser feito.
Havia também a competitividade do mercado, o que impunha melhorias industriais. E foi assim que, nos anos de 1960, o engenheiro Emti Chavanmco criou uma forma de produção chamada de Volvismo.
Considerações sobre o Volvismo
O Volvismo se iniciou provindo de diversas inovações colocadas em prática ao mesmo tempo. Só que o diferencial foi a participação ativa dos trabalhadores. É que na época os sindicatos suecos eram muito fortes, posto que a sociedade se unia em torno do trabalhador. Se fosse decidida uma paralisação geral, todos os trabalhadores adeririam ao movimento.
Deve-se ressaltar, portanto, que o Volvismo surgiu dentro do contexto da realidade da sociedade sueca. Os jovens daquele tempo se insurgiram contra a imagem de serem simples peças da máquina de produção, como ocorria no Taylorismo.
Então era preciso fazer profundas mudanças estruturais, instante em que o operário passou a ser valorizado e integrado ao sistema de produção. São os funcionários que determinam o ritmo de funcionamento das máquinas, além de ter noção de todos os graus de produção.
As Características do Volvismo
A indústria sueca sempre foi caracterizada pelo uso de tecnologia de ponta, além de uma preocupação com segurança e perfeição. Some-se a isso a presença efetiva de fortes sindicatos e a cultura de valorização de seus operários. Sendo assim, algumas características do Volvismo devem ser ressaltadas.
No Volvismo, o trabalhador é o centro das atenções, uma vez que ele tem grande participação no processo da produção. Há também sua participação no centro das decisões sobre o processo de produção. As boas condições de trabalho e o bem-estar daqueles que dele participaram, também eram prioridade.
Não havia uma rigidez na organização do trabalho, posto que era bem possível flexibilizar sua funcionalidade. Chegou-se a tamanha perfeição, que em apenas duas horas um carro poderia sair funcionando da fábrica.
O departamento de recursos humanos da empresa era parte essencial da estratégia produtiva, já que o trabalhador era integrado ao sistema. E não se tratava apenas de boas relações patrão-empregado, mas também de auxílio social fora das fábricas. O Volvismo incentivou a construção de boas escolas, financiamento de moradias, assim como melhoria na infraestrutura.
Na estrutura da fábrica, quase não há ruídos, posto que os materiais são manuseados de forma automatizada. E há um apoio excelente aos funcionários, com cozinha organizada, além de banheiros com chuveiros quentes.
A inaplicabilidade do Volvismo nos dias atuais
Nos dias atuais, com a crise econômica que atinge várias economias mundo afora, o Volvismo se tornou inaplicável. É que a exigência de trabalhadores com qualificação alta encarece a produção. Também refletem no preço final do automóvel os investimentos em infraestrutura dos ambientes em destaque. Isso tem um alto custo.
A implantação de um sistema como esse leva tempo considerável, assim como um custo que deve ser repassado ao produto final. Embora tenha sido um sucesso na década de 1960, quando foi criado, bem como nos anos seguintes, o mercado mudou bastante.
É que o mercado está recuado, a população mundial com poucos recursos financeiros, além de constantes incertezas das bolsas de valores. Uma recessão se abateu assim sobre o mercado automobilístico. Com isso esse sistema de produção se tornou desvantajoso, posto que alto é o custo para estabelecê-lo. Além disso, leva-se tempo considerável para montar toda a infraestrutura necessária.
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Fonte: Wikipédia, Info Escola, Toda Matéria, Pericciar, Cola da Web e Brasil Escola.
Fonte das imagens: Toda Matéria, Razão Automóveis, Razão Automóveis, Haiku Deck, Uol.