A língua portuguesa contém diversos sinais de pontuação que auxiliam na melhor compreensão das sentenças. Assim, na linguagem oral não se tem tanta preocupação com os sinais já que a entonação se encarrega das marcações. Entretanto, na escrita, saber o momento certo de utilizar os sinais é imprescindível. Dessa forma, o uso da vírgula é um exemplo de sinal que pode causar confusão.
Pois bem, você sabe as regras e qual o momento correto desse sinal de pontuação? Colocar uma vírgula no lugar errado no momento da escrita pode mudar completamente o sentido da frase. Assim, a escrita carrega normas que devem ser utilizadas da maneira correta.
Como ocorre o uso da vírgula?
Em síntese, o uso da vírgula pode causar confusão em muitas pessoas. Por conta disso, é necessário observar algumas regras para que a vírgula não se torne um problema no momento da escrita.
Logo, uma das primeiras regras é colocar vírgula em palavras que possuem a mesma função sintática. Ou seja, a vírgula neste caso pode ser utilizada quando a palavra não vier acompanha de elementos como e, ou e nem. Neste caso, pode ser sujeito, predicado, adjunto adverbial e adnominal, substantivo e etc. Observe:
Exemplo: Comprei laranja, maçã, banana e abacate
Outro exemplo do uso da vírgula ocorre quando é necessário separar o aposto dentro da frase. Ou seja, casa haja a necessidade de se expressar outro termo dentro uma frase é necessário separa-lo com a vírgula. Nesse sentido, também utiliza-se a vírgula quando o intuito é separar o vocativo.
Exemplo: São Paulo, considerada a metrópole brasileira (aposto), possui um trânsito caótico.
Exemplo: Ora, Luciana, não diga que vem!
Além disso, podemos utilizar a vírgula nos seguintes casos:
- Isolar o adjunto adverbial – a vírgula é utilizada para demarcar a mudança de sentido que o adjunto provoca na frase. Ex: Amanhã à noite, ele vai me ligar;
- Isolar palavras explicativas ou ratificadas – a vírgula é utilizada em termos como isto é, ou melhor, ou seja, por exemplo, a saber e sem dúvida. Ex: Escrever é, sem dúvidas, uma das melhores terapias;
- Isolar nome de lugar antes da data – Ex: Goiânia, 03 de janeiro de 2011;
Outras condições do uso da vírgula
Além dos exemplos já citados, a vírgula ainda pode ser usada nos seguintes momentos:
- Separar orações coordenadas – o uso da vírgula aqui ocorre casa a oração não esteja separada pela conjunção e. Ex: Pegou o caderno, abriu-o, fez várias anotações.
Aqui, vale destacar que, caso a conjunção apareça na frase a vírgula só será necessária quando os sujeitos dentro da oração forem diferentes. Além disso, pode ser usada, também, quando a conjunção surgir de maneira repetida. Entretanto, é a utilização da vírgula nestes casos se torna opcional.
Exemplos: Ela não queria ir ao médico e chorava, e gritava, e esperneava / Ela não queria ir ao médico e chorava e gritava e esperneava.
- Separação de orações subordinadas – neste caso, apenas as orações substantivas apositivas, as adjetivas explicativas e as adverbiais recebem a vírgula;
Ex oração substantiva positiva: Seu grande sonho, de estudar em uma Universidade em Nova York, não poderia ser realizado.
Ex oração subordinada adjetiva explicativa: Eu desejo comer pizza, que é uma das comidas mais deliciosas que existe.
Em relação às orações subordinadas adverbiais, o uso da vírgula é obrigatório caso as orações estejam ligadas ou antepostas em relação à oração principal. Neste caso, a oração adverbial consecutiva é a única que não necessita de vírgula.
Exemplo: Como os economistas previram, o dólar subiu / Ouvia muitas histórias quando era menino ou Ouvia muitas histórias, quando era menino.
Quando não utilizar a vírgula
Em síntese, existem casos em que a utilização da vírgula é feita de forma errônea. Dessa forma, o entendimento de uma oração pode ser comprometida, além de causar confusão.
Assim, existem casos em que o uso da vírgula não é necessário. Logo, são exemplos:
- Sujeito e verbo – não pode separá-los com vírgula. Ex: Estudantes da faculdade participarão da olimpíada.
- Verbos e complementos – quando são escritos juntos não são separados por vírgula. Ex: Comunicamos aos alunos a decisão do diretor.
- Oração subordinada adverbial consecutiva – se a oração tiver consequência o uso da vírgula não se faz necessário. Ex: A chuva estava tão forte que inundou a rua.
- Orações subordinadas adjetivas restritivas – Ex: Os jornais que encontrei no porão são velhos.
O que achou da matéria? A língua portuguesa contêm diversas regras que podem confundir, não? Se gosta do tema, aproveita pra conferir mais textos aqui no site como, por exemplo, o que é Morfologia e qual a diferença entre Intenção e Intensão.
Fontes: Rachacuca, Brasil Escola, Mundo Educação, Nova Escola e Português
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