René Descartes foi um filósofo e matemático francês. Certamente um dos pensadores mais importantes do período moderno, Descartes nasceu em 31 de março de 1956, na cidade de La Haye en Touraine, França.
Pela relevância de seus estudos, é considerado “fundador da filosofia moderna” e “pai da matemática moderna”. Também é lembrado como criador do pensamento cartesiano, sistema filosófico que deu origem à Filosofia Moderna.
Principais obras de René Descartes
- Regras para a Direção do Espírito (1628)
- O Mundo ou o Tratado da Luz (1632-1633)
- Discurso sobre o Método (1637)
- Geometria (1937)
- Meditações sobre Filosofia Primeira (1641)
- Princípios da Filosofia (1644)
- As Paixões da Alma (1649)
Antes de se tornar referência em matemática e filosofia, formou-se em Direito na Universidade de Poitiers. Apesar disso, nunca exerceu a profissão por ter se decepcionado com o ensino. O filósofo ainda serviu ao exército holandês príncipe Maurício de Nassau, conhecido por liderar as invasões holandesas ao Brasil.
Descartes faleceu em 11 de fevereiro de 1650, em Estocolmo, Suécia, acometido por uma pneumonia.
Visão de René Descartes sobre a filosofia
Para Descartes, a filosofia pode ser vista como uma árvore: a metafísica são as raízes, a física é o tronco e as outras ciências são os galhos da estrutura. Desse modo, o filósofo acreditava que o conhecimento era uma unidade na qual todos os saberes estão interligados.
Além disso, esta árvore filosófica seria útil na vida das pessoas, dando frutos que seriam colhidos por meio das ciências práticas. Logo, a filosofia visa, sobretudo, não se tornar uma teorização abstrata, mas sim melhorar a vida dos homens, tornando-os senhores da natureza.
Discurso sobre o Método
Obra mais famosa de René Descartes, o Discurso sobre o Método (1637) estabeleceu uma revolução na filosofia e na ciência. Ademais, é conceituada como a fundação da filosofia moderna.
No estudo, Descartes buscou encontrar um conjunto de princípios que pudessem ser conhecidos sem qualquer dúvida. Para tanto, ele produziu análise com método próprio conhecido pelos termos “ceticismo metodológico”.
Basicamente, o método rejeita qualquer ideia da qual se possa duvidar. Em seguida, após análise, a ideia é restabelecida de modo a criar uma base sólida para o conhecimento.
Pouco depois, a investigação científica culminou em sua famosa conclusão “cogito ergo sum”, traduzida para o português como “penso, logo existo”. Isso porque, ao eliminar tudo que se poderia duvidar, René Descartes constatou que a dúvida evidencia a existência do sujeito. Ou seja, se o pensamento existe, o indivíduo também existirá, já que o primeiro não pode ser separado do segundo.
A partir dessa dúvida racional que procura conhecer o mundo, Descartes tornou-se precursor do movimento iluminista.
Assim, o autor estabelece um sistema baseado exclusivamente no raciocínio dedutivo, guiando-se pela razão, que rejeita a percepção como fonte primária do conhecimento. Todavia, a posição foi fortemente contestada pelos filósofos do empirismo britânico, em especial John Locke, um dos idealizadores da teoria Contrato Social.
Pensamento x Matéria
De acordo com Descartes, pensamento e matéria devem ser divididos, uma vez que a substância pensante não depende do elemento material. Para ele, nossa consciência individual continua existindo mesmo sem o corpo.
Logo, a união destas duas partes se dá por meio da glândula pienal, que Descartes considera a sede da alma. Neste ponto, corpo e consciência se misturam, embora continuem distintos. Enquanto a alma busca o conhecimento da verdade, o corpo é responsável pelas sensações.
Frases memoráveis de René Descartes
Além do “Penso, logo existo”, muitas expressões de Descartes circulam mundo afora até os dias de hoje. Conheça as mais populares:
- Conquiste você mesmo, não o mundo;
- Além do nosso pensamento, nada está realmente sobre nosso controle;
- A dúvida é a origem da sabedoria;
- Nada vem do nada;
- As melhores mentes podem ter as maiores virtudes ou os maiores vícios;
- Não é suficiente ter uma boa mente: é preciso usá-la bem.
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Fontes: Toda Matéria, InfoEscola, Wikipédia e Só Filosofia.
Fontes de Imagens: Universo Racionalista, Acervo Filosófico, Namu e Centro de Psicodiagnóstico do Desenvolvimento.