A história coleciona vários filósofos que mudaram a forma como pensamos e agimos. Dentre eles podemos citar um dos principais filósofos gregos, Parmênides de Eleia, que viveu no período da Antiguidade. Assim, seus estudos eram pautados na lógica, na razão e na antologia do ser.
Dessa forma, foi um dos grandes influenciadores da filosofia moderna, bem como das ideias que tangem a filosofia contemporânea. Além disso, foi um dos pensadores da chamada Escola Eleata. Desse modo, o filósofo desenvolveu teorias que fundamentaram os conceitos filosóficos elaborados por Platão.
Em síntese, Parmênides desenvolvia seus escritos de forma poética, baseados no estilo homérico. Entretanto, utilizava de argumentos dedutivos em suas análises. Além disso, as ideias desenvolvidas pelo filósofo vieram depois dos conceitos desenvolvidos por Xenófanes. Assim, os estudos feitos pela Escola Eleata eram baseados no filósofo que defendia a lógica pela existência humana.
História de Parmênides
Natural da cidade de Eleia, atualmente onde se encontra a Itália, Parmênides nasceu em 510 a.C, região chamada de Magna Grécia. Por ter vindo de uma família rica, os estudos não foram um obstáculo para o filósofo. Assim, logo na adolescência, se interessou pelos estudos de Pitágoras e pelas ideias desenvolvidas na Escola Pitagórica.
Entretanto, as ideias de Pitágoras não foram suficientes para que Parmênides pudesse de aprofundar. Dessa forma, acabou fundando sua própria instituição, denominada Escola Eleática. Logo, durantes anos de estudos, outro filósofo da escola recebeu destaque, o Zenão de Eleia. Por fim, Parmênides faleceu por volta de 470 a.C.
A Filosofia de Parmênides
O filósofo grego desenvolveu algumas teorias que estão reunidas na obra intitulado “Sobre a Natureza”. Assim, de forma poética, Parmênides escrevia sobre os caminhos da opinião e o caminho da verdade.
Nesse sentido, tentava explicar que pelo caminho da opinião (doxa) o ser humano estaria pautado no engano, já que as ideias partiam apenas de achismos, levando assim a incertezas. Por outro lado, a caminho da verdade (alétheia) seria guiado pela razão, pelo pensamento lógico.
Dessa forma, o filósofo dizia que:
“É preciso que tu aprendas: o sólido coração da bem redonda Verdade e as opiniões dos mortais, nas quais não há verdadeira certeza. E, no entanto, também isso aprenderás: como as coisas que parecem deviam verdadeiramente ser, sendo todas em todos os sentidos”.
Obra
Os escritos de Parmênides se resumem na obra intitulada “Sobre a Natureza”. Entretanto, o poema do filósofo é dividido em três partes, sendo um proêmio, a segunda e terceira parte. Nesse sentido, o filósofo grego desdenha tudo o que pensava sobre a verdade e expõe teorias cosmológicas.
Assim, a divisão do poema de Parmênides se encontra da seguinte forma:
- Proêmio – parte em que o eu lírico se encontra com uma deusa. Nesse aspecto, a ideia do encontro representa o estilo narrativo em que é a deusa quem guia o eu lírico para as descobertas dentro do poema;
- Segunda Parte – apresenta a maneira que deve ser seguida para que se encontre o caminho da verdade e da razão. Nesse sentido, o eu lírico foge do que representa a ilusão e a mentira;
- Terceira Parte – apresenta a maneira como o eu lírico encontra o caminho da opinião (doxa, em grego), caracterizado pelo caminho que representa os enganos e das incertezas.
Principais frases
Os pensamentos de Parmênides podem ser traduzidos nas seguintes frases:
- “Não importa por onde eu comecei, pois para lá eu voltarei sempre.”
- “O ser é imóvel porque se se movesse poderia vir a ser e então seria e não seria ao mesmo tempo.”
- “O pensamento e o ser são a mesma coisa”.
- “A linguagem é a etiqueta das coisas ilusórias.”
- “O ser é e o não ser não é.”
O que achou da matéria? Se gosta de se aventurar por temas filosóficos, corre e confere esse outro texto sobre qual era a filosofia dos filósofos pré-socráticos.
Fontes: Toda Matéria, Brasil Escola, Só Filosofia
Fonte imagem destaque: Farofa Filosófica