Em suma, os lisossomos são organelas presentes nas células do corpo humano, que existem para manter o seu pleno funcionamento. Ademais, elas são revestidas de membranas, ou seja, são eucariontes. No entanto, indo direto ao ponto de partida, sua origem dá-se no sistema de Golgi.
O complexo de Golgi, como é popularmente conhecido, é a estrutura da célula formada, sobretudo, por lipídios e proteínas. Ao passo que suas funções são heterofágica e autofágica, eles comem e digerem partículas de fora da célula, como também podem se comer e auto-digerir.
Ademais, o termo lisossomo deriva-se das palavras gregas “lise” e “soma”, as quais significam, respectivamente, “destruição ou dissolução” e “corpo”. O nome foi dado em 1949, quando o citologista belga Christian de Duve descobriu a célula enquanto estudava a reação da insulina no fígado.
Conceito de lisossomos
A princípio, os lisossomos são vesículas geradas a partir do complexo de Golgi. Dessa forma, a elas cabe a possibilidade de digerir diversas substâncias vindas de fora das células. Portanto, isso ocorre graças as enzimas presentes em sua estrutura.
O seu instrumento de digestão é, inicialmente, gerado no retículo endoplasmático rugoso e enviado para o Golgi. Ao chegar nessa etapa elas são armazenadas e, posteriormente, transformadas em lisossomos.
Tipos de Lisossomos
Existem quatro tipos de lisossomos. A princípio, todas as variações dependem do estágio do processo de criação. Estes são:
Lisossomos primários
Primeiramente, essa é a primeira transformação dada na sequência da sua formação, ou seja, logo após se soltar do Golgi e constituir suas estruturas. Neste momento elas começam a executar a função digestiva.
Lisossomos secundários
Aqui, sobretudo, é pós surgimento do lisossomo primário e se dá a partir da junção com a fagocitose ou a pinocitose. Com isso, torna-se possível a captura das substâncias através da membrana plasmática.
Corpo ou vácuo residual
Em contrapartida aos tipos anteriores e chama-se egestão. No vacúolo residual, o lisossomo recebe os restos digeridos, que serão eliminados futuramente das células.
Vacúolo autofágico ou autofagossomo
Assim como foi dito no início, o lisossomo pode realizar o processo digestivo consigo mesmo. O efeito autofágico é, portanto, quando ocorre essa auto ingestão, ou seja, digestão dos suas próprias células. Isso acontece quando há um jejum ou no fim de suas vidas.
Estruturação
A primeira vista, os lisossomos são arredondados e possuem uma membrada ao seu redor. Essa fina camada é feita de substâncias advindas de lipídios e de proteínas. Em seu interior há a abundância de enzimas necessárias para desempenharem a função da digestão intracelular.
As funções dos lisossomos
Aliás, sua função maior é a digestão dentro das células. Mas, devemos saber que isso não ocorre de maneira aleatória. O organismo tem a responsabilidade de selecionar e sinalizar quais serão as substâncias digeridas.
Vale lembrar que é graças aos lisossomos que alguns seres vivos conseguem realizar a regeneração. Esse processo é chamado de apoptose e consiste na digestão total, ou seja, até da membrana envoltória.
Ademais, outra importante função é a digestão extracelular. Com sua capacidade de lançar lisossomos no espaço ela pode alcançar outros espaços. Isso acontece, por exemplo, com os espermas que se alimentam de substâncias presentes no útero.
Ainda nos seres vertebrados, essas organelas podem restaurar a estrutura óssea. Existem células que trabalham ao contrário dessa função e, portanto, torna o trabalho dos lisossomos combativos, pois atuam diretamente nessa recomposição.
Já que desempenha essa função, é claro que podemos concluir que são muito importantes na atuação contra as doenças reumáticas, ou seja, problemas na articulação.
Por fim, para saber mais leia Organelas, o que são? Definição, características e principais funções
Fontes: Biologia, Só biologia, Info Escola, Biologia Net, Toda Matéria, Educa Mais Brasil.
Bibliografia:
- JUNQUEIRA, L. C. & CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular – Lisossomos. 9ª Edição. Editora Guanabara Koogan. 338 páginas. 2012.
- KOEPPEN, B.M. & STANTON, B.A. Berne & Levi – Fisiologia. 6ª Edição. Editora Elsevier. 864 páginas. 2009.
- GUYTON, A.C. & HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª Edição. Editora Elsevier. 1115 páginas. 2006.
- LOPES, S. Bio – Volume Único – Lisossomos. 1ª Edição. São Paulo: Editora Saraiva. 606 páginas. 2004.
Fontes de imagens: Cola da Web, Slide Player, Slide Share, Colégio Joana Darc, Dinossauros Extintos, Slide Share