A Inquisição foi um movimento criado e liderado pela Igreja Católica durante a Idade Média, por volta do século XIII. O objetivo era eliminar as pessoas que fossem ameaças à instituição. Os chamados hereges eram perseguidos e punidos por irem contra as doutrinas católicas.
O catolicismo, muito forte na Europa, teve a hegemonia religiosa até a Idade Média. Durante esse período, muitos buscavam outros religiões com as quais se identificassem. Portanto, foi autorizada investigações contra essas pessoas, que eram levadas a tribunais, julgadas e condenadas. As penas variavam de prisão temporária à morte na fogueira.
Apesar de não saberem de onde vinham as denúncias, os perseguidos podiam nomear seus inimigos. Dessa forma, havia uma possível defesa no tribunal. O movimento ganhou espaço e logo surgiu a “Milícia de Jesus Cristo”. Esse grupo abrigava e apoiava aqueles que estavam dispostos a defender o catolicismo com armas e violência. Conhecidos também como “fiscais da fé”.
Dentre os inquisidores, um dos mais famosos foi Nicolau Aymerich. Ele foi responsável pela criação de um manual que ajudava a identificar os hereges.
Os perseguidos da Inquisição
O primeiro alvo da Inquisição foi uma seita da Baixa Idade Média que começou a crescer. Cientistas também eram censurados. Como por exemplo, Galileu Galilei que trouxe a ideia do heliocentrismo. Ou seja, a Terra girava ao redor do Sol, negando que o homem era o centro do universo.
Outro nome famoso é do cientista Giordano Bruno. Este foi julgado e condenado a morte por fazer alegações consideradas erros teológicos. Além disso, muitas mulheres sofreram perseguições ao serem consideradas bruxas. Isso porque os inquisidores consideravam chás e remédios feitos de ervas, utilizados para fins medicinais, como bruxaria.
Posteriormente, já no século XV, o rei da Espanha passaram a perseguir judeus e tomar seus bens. A justificativa é que esse povo era culpado pela morte de Cristo. Mas, na verdade, a Inquisição os perseguiu para que não atrapalhassem a expansão marítimo-comercial. Eles poderiam ameaçar interesses econômicos do Estado, uma vez que eram ricos e bem sucedidos em atividades comerciais.
O mesmo aconteceu em Portugal. Contudo, o rei Manuel I estabeleceu uma conversão forçada. Muitos judeus ainda tentaram se converter para fugir da perseguição. No entanto, sempre passavam por desconfianças e foram destacados como “cristão novos”. Então, no século XVI, Dom João III criou o Tribunal do Santo Ofício para julgar essas causas. E essa instituição também foi levada para as colônias.
Esse movimento católico durou até o início do século XIX, gerando várias vítimas ao longo do tempo. Posteriormente, o Tribunal da Santa Inquisição foi transformado na Congregação para a Doutrina da Fé. Esse órgão limitava a questionar aqueles que debatiam os dogmas católicos. Apesar da abolição das punições, o caráter desse movimento continuou ativo em regimes totalitários.
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Fontes: História do Mundo, Só História e Brasil Escola.
Imagem de destaque: Socialista Morena.