Já ouviu falar na guerra da independência? Se ainda não, você deve pensar que o imperador Dom Pedro I foi ovacionado quando declarou a independência do Brasil, certo? Então, não foi bem assim.
Após a proclamação, as províncias brasileiras não apoiaram a nova realidade do país, criando resistências em diversas regiões, o que resultou em guerras.
A pensar, como os brasileiros seriam contra a própria independência? Na verdade, não foi isso que aconteceu. É que a Corte de Portugal pretendia derrubar o governo de Dom Pedro I em terras brasileiras, visto que provocaram todas as rebeliões intencionalmente.
Dessa forma, vamos aprender um pouco mais sobre esse processo de liberdade do Brasil, quais medidas foram tomadas por Dom Pedro I e o desfecho dessa história.
O que foi a guerra da independência?
Como dito anteriormente, Dom Pedro I não recebeu o reconhecimento político esperado, assim ele providenciou navios e tropas militares para conter as possíveis revoltas no Brasil.
Ao passo que, a coroa portuguesa tinha controle sobre algumas províncias brasileiras, como a Cisplatina (atual Uruguai), Bahia, Piauí, Pará e Maranhão.
Depois da proclamação da independência do Brasil, no dia 7 de setembro de 1822, iniciou-se a guerra da independência. Além das tropas já organizadas, o governo brasileiro precisou de reforços dos ingleses e franceses.
Assim, as regiões norte e nordeste se levantaram com rebeliões, que foram abafadas entre julho e agosto de 1823. A partir disso, a Ciplastina também foi derrotada.
Rebeliões nas províncias brasileiras
A Guerra da independência foi marcada pelo conflito violento na Bahia, que durou entre 7 de setembro de 1822 até 2 de julho de 1823. Já no Grão-Pará, foram registradas 1300 mortes provocadas pelos navios da tropa de Dom Pedro I.
Assim, a derrota do governo português na Bahia, fez com que as demais províncias recuassem. Por isso, separamos uma lista das principais reações dos governos brasileiros.
- Bahia: O general Madeira Mello representava o comando de Portugal na Bahia, ele não aceitou a liderança de Dom Pedro I. A resistência dos baianos foi uma das mais fortes na guerra da independência, mas quando foi combatida, freou o ritmo das demais províncias.
- Piauí: O major Cunha Fidié foi contra a independência, até conseguiu vencer alguns confrontos, mas acabou se rendendo frente ao apelo popular.
- Maranhão: A princípio, o governo de São Luís recusou a independência do Brasil, mas acabou se integrando ao império, em 26 de julho de 1823.
Outras províncias que declararam resistência
- Grão-Pará: O almirante John Greenfell lutou para ajudar o povo paraense a derrubar as resistências que existiam contra a independência. Dessa forma, os membros da Junta de Governo foram presos e conseguiram reconhecer a autoridade de Dom Pedro I.
- Cisplatina: O general Frederico Lecor, responsável pela região, aceitou a independência do Brasil e entrou em conflito com o Comandante de Armas, Dom Álvaro da Costa. Posteriormente, houve a rendição da Corte Portuguesa e os uruguaios entraram na luta pela própria independência dando origem à Guerra Cisplatina.
Sobretudo, Frederico Lecor tentou convencer Álvaro da Costa a reconhecer a independência do Brasil. Ao passo que, Álvaro ficou isolado entre os soldados do governo brasileiro, em outubro de 1823.
Por conseguinte, firmou acordo com as tropas de Dom Pedro I e voltou para Portugal. Assim, acabou a guerra da independência.
Como resultado, Dom Pedro I se esforçou tanto para cessar os conflitos, que acabou acumulando dívidas com a Inglaterra. Dessa forma, o Brasil se tornou dependente mais uma vez, só que agora de outro país.
O que achou dessa matéria? Se gostou, corre pra conferir essa outra aqui: José Bonifácio, quem foi? Biografia e influência na independência do Brasil
Fontes: Brasil Escola, Brasil Escola II, Mundo e Educação, Aventuras na História e Cola na Web
Imagens: História do Mundo, Luso carioca, São Carlos e Pinterest