Behaviorismo é uma área da psicologia que estuda o comportamento. Surgiu em contraposição ao funcionalismo e ao estruturalismo e é uma das três principais correntes da psicologia, ao lado da psicologia de forma e da psicanálise.
O termo vem do inglês, behavior, que é o equivalente a comportamento em português. O psicólogo americano John Watson é considerado o pai do behaviorismo, tendo, em 1913, publicado o artigo intitulado “Psicologia: como os behavioristas a veem”. Watson baseava-se em teóricos como Descartes, Pavlov, Comte e Loeb.
Ascensão do Behaviorismo
O behaviorismo é mais uma das metodologias criadas por psicólogos na tentativa de alçar a Psicologia à uma disciplina científica. O movimento foi uma alternativa às linhas de pensamento que dominavam o cenário naquele momento, no início do século XX.
Os primeiros pensadores da corrente behaviorista argumentava que os conceitos de outros ideários eram imprecisos. Por isso, os psicólogos deviam abandoná-las e, a partir daí, adotar maior rigor para que a psicologia se tornasse uma ciência aplicada e oferecesse mais benefícios à sociedade.
De acordo com a corrente comportamentalista, a conduta dos indivíduos é passível de observação, mensuração e controle, assim como os fatos e eventos das ciências naturais e exatas. Para os behavioristas, o comportamento dos organismos vivos é meramente funcional e reacional, sem qualquer relação com aspectos transcendentais e filosóficos.
O fim evidente é analisar o comportamento de forma objetiva e quantificável. Conforme Watson, estudar o meio que envolve um indivíduo possibilitaria prever e controlar a conduta dele.
A partir da ideia central do behaviorismo, outros teóricos da psicologia propuseram novas correntes dentro do estudo comportamentalista. O mais notável deles foi Burrhus Skinner, com o behaviorismo radical.
A corrente proposta por Watson ficou conhecida como behaviorismo metodológico, enquanto Ryle e Wittgenstein foram a base para o surgimento do behaviorismo filosófico.
Correntes behavioristas
Metodológico
É a teoria, iniciada por Watson, que trata de explicar o comportamento publicamente observável. Conforme esta corrente, o pesquisador deve atentar-se à conduta animal, seja ela humana ou não, apenas quando for possível uma observação pública.
A intenção é mensurar a influência do meio nas ações dos indivíduos, abstendo-se do poder da mente sobre tais atitudes. Assim, portanto, o behaviorismo metodológico reconhece a mente, mas a ignora nas explicações sobre o comportamento.
Radical
Proposto por Skinner para se opor às ideias formuladas por Watson, o behaviorismo radical foi denominado pelo seu autor como a filosofia da ciência do comportamento humano. A grande diferença é que Skinner desprezava a observação da conduta a partir de elementos não observáveis.
Em vez disso, o behaviorismo radical propõe que o ambiente ofereça estímulos ao indivíduo. Esses estímulos foram chamados de reforço negativo, que reduz a possibilidade do acontecimento de determinado comportamento por um estímulo que cause desprazer, e reforço positivo, que deseja aumentar a frequência de alguma conduta utilizando um estímulo encorajador.
Filosófico
O behaviorismo filosófico ficou conhecido como uma teoria analítica o sentido das estruturas de pensamento e dos conceitos adotados pela mente. Nesta corrente, existe a defesa do chamado estado mental.
Baseados nos postulados de Ryle e Wittgenstein, a teoria relaciona o pensar com o agir. São analisados os estados mentais intencionais e os estados mentais representativos para tentar definir ou descrever modelos de comportamento.
Behaviorismo e educação
A teoria comportamentalista, aliás, é muito utilizada nas salas de aula. Basicamente, seus métodos são utilizados para alterar comportamentos dos elementos envolvidos nos processos de aprendizagem.
Especialmente no Brasil e nos Estados Unidos, a corrente de Skinner é bastante popular. Portanto, a ideia de acentuar ou eliminar práticas por meio dos reforços positivo ou negativo são bastante presentes na área educacional desses países.
O pai do behaviorismo, John Watson, também acreditava que era possível ajustar e moldar o comportamento de uma criança para que ela pudesse exercer qualquer profissão que viesse a escolher. Ele também diz que a educação é um elemento de muita importância para transformar a conduta dos indivíduos.
E então, você já tinha ouvida falar na psicologia do comportamento? O que acha do assunto?
Agora, falando em psicologia, você pode gostar de conferir ainda: Descubra como é a primeira consulta psicológica.
Fonte: Significados, Portal da Psique, PsicoEdu e InfoEscola
Fonte das Imagens: Pixels, Hélio Teixeira, Betterhelp, Demonstre, Psicogestores do Futuro, SB Coaching