Você sabia que só conseguimos perceber o mundo ao redor por conta dos sentidos que o corpo humano possui? Ou seja, é por meio da visão, da audição, do tato, do olfato e do paladar que conseguimos despertar os sentidos e emoções. Assim, a audição é um dos sentidos que possui o desenvolvimento completo logo nas primeiras semanas de vida.
Por incrível que pareça, um feto com 16 semanas já consegue perceber sinais sonoros dentro da barriga da mãe. Esses sinais são feitos por estímulos mecânicos transmitidos por meio de ondas sonoras. Assim, o feto consegue captar sons do corpo materno, além do ambiente externo.
Nesse sentido, a audição é possível por meio do sistema auditivo que se divide em três partes: a orelha externa, a orelha média e a orelha interna. Dessa forma, a audição é classificada como um processo dividido em duas etapas. Logo, temos o processo mecânico e o mecânico/elétrico.
Fisiologia da audição
O sistema auditivo é dividido da seguinte forma:
- Orelha externa – constituída pelo pavilhão auricular e o canal auditivo.
- Orelha média – membrana timpânica e cadeia de ossículos.
- Orelha interna – cóclea, sistema vestibular e nervo auditivo.
A partir dessa formação, ocorre o que chamamos de processo da audição que também conta com divisões. Ou seja, existe o processo mecânico que ocorre na orelha externa e média, além do processo mecânico/elétrico que acontece na orelha interna.
O som ambiente que ouvimos é proveniente de ondas sonoras que se propagam no meio. Assim, pela propagação dessas ondas sonoras, os sons são produzidos. Os seres humanos conseguem ouvir numa frequência entre 20 Hz e 20.000 Hz. Quando esse valor sofre alterações temos o que chamados de perda auditiva.
Assim, o processo de audição ocorre da seguinte maneira: o som é captado pela pavilhão auditivo, que passa pelo canal auditivo até chegar ao tímpano. Ou seja, esse processo ocorre na orelha externa e na orelha média. Além disso, na orelha externa, existe a presença de uma secreção de cera.
Nesse sentido, a cera é composta por glândulas sebáceas que atuam como forma de proteção da orelha média e interna. Caso não existisse a presença da cera, a entrada de micro-organismos causadores de infecção seria muito comum, causando prejuízos à audição.
Durante o processo de audição, quando o som atinge o tímpano – início da orelha média – ele é automaticamente transferido para outras partes que compõem esse sistema. Ou seja, o som é recebido pelos ossículos formados pelo martelo, a bigorna e o estribo.
Partes da orelha
Como já vimos, a orelha é dividida em três partes principais, sendo a orelha externa, a média e a interna. Assim, as partes que formam os três seguimentos são:
- Pavilhão Auricular: formada por cartilagem, é a parte externa orelha responsável por captar as ondas sonoras que entram pelo canal auditivo.
- Canal Auditivo: faz a ligação entre a orelha média e o exterior.
- Martelo: responsável por receber as vibrações sonoras e transmiti-las à orelha. Assim, é constituído por um pequeno osso localizado na orelha média, que se liga ao tímpano e à bigorna.
- Bigorna: pequeno osso localizado na orelha média que em uma extremidade está ligado ao martelo e em outra, ao estribo.
- Estribo: pequeno osso localizado na orelha média, que em uma extremidade está ligado à bigorna e em outra à janela oval.
- Tímpano: responsável pela transmissão das ondas sonoras aos ossos que compõem a orelha média, sendo eles: bigorna, estribo e martelo. Assim, fica localizado no início da orelha média.
- Cóclea: também chamada de “caracol”, está localizada na orelha interna. É um órgão receptor sensível às diferentes alturas de som. É responsável por converter a vibração das ondas sonoras em impulsos elétricos.
- Janela Oval: abertura que liga a orelha média à orelha interna.
- Nervo Auditivo: transmite informações ao cérebro que depois de interpretadas permitem a percepção do som.
As partes que compõem a arelha são muito sensíveis. Dessa forma, existem ações que podem afetar a audição e, em alguns casos, causar a perda total do sentido. Como exemplo podemos citar a exposição à sons muito altos, a poluição sonora, a perfuração do tímpano. Além disso, fratura dos ossos da orelha média e traumas em que a cabeça é ferida também podem afetar a audição.
Doenças da Audição
As doenças da adição podem causar incômodo e fortes dores. Algumas delas, se não tratadas, podem levar à perda total do sentido.
Assim, dentre as doenças mais comuns que podem acometer a orelha estão:
- Doenças do Labirinto: é conhecida como labirintite, sendo classificado como um tipo de vertigem. Podem causar tontura, dor de cabeça, desiquilíbrio e mal-estar;
- Otite: é caracterizada como uma infecção localizada no ouvido médio. A infecção é marcada pelo acúmulo de líquidos podendo causar dores e a perda da audição, caso não tratada;
- Presbiacusia: perda auditiva relacionada com o envelhecimento;
- Surdez: ausência ou diminuição considerável da audição;
- Zumbido: geralmente aparecem quando a pessoa está perdendo a audição. Assim, é caracterizada como ruídos que só a pessoa ouve, se assemelhando ao som de abelhas ou chiados.
A orelha e o equilíbrio
Além de ser responsável pela audição, a orelha é órgão que controla o equilíbrio e o senso de direção do corpo humano. Isso ocorre porque dentro da orelha existe um mecanismo denominado de canais de semicirculares. Esses canais atuam como um equipamento responsável por manter orientação postural e o sentido do corpo.
Em síntese, os semicírculos também são chamados de labirinto e em sua composição existe um líquido que auxilia na questão do equilíbrio. Esses processos não fazem parte da audição em sim. Assim, ocorrem quando a cabeça se movimento e, junto ao movimento, o líquido se move estimulando nervos.
Em seguida, os nervos enviam mensagens ao cérebro que decodifica e transforma essa informação em movimento. Assim, após os estímulos, o cérebro manda informações aos músculos que se movem percebendo o ambiente e, por consequência, auxiliando no equilíbrio do corpo.
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Fontes: Info Escola, Toda Matéria, Brasil Escola e Só Biologia
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