Os Amonitas eram povos guerreiros filhos de Ló e sua filha mais nova, que habitavam a região da Mesopotâmia e eram conhecidos pela crueldade para conquistar terras.
Segundo a bíblia, Ló vivia com sua família na cidade de Sodoma, que foi destruída por Deus. Mas Ló e suas duas filhas sobreviveram e acreditavam serem os últimos humanos da terra. As filhas embebedaram o pai e tiveram relação sexual com ele, com o intuito de gerar descendentes. Da relação de Ló com a filha mais nova, descendem os Amonitas.
Também chamados de amoritas, amom ou filhos de amom, esses povos eram guerreiros e ficaram conhecidos por terem causado muito sofrimento aos israelitas. Eles criaram uma rivalidade contra eles e usaram a violência para conquistar terras que consideravam serem suas.
História e origem dos amonitas
Constituintes dos povos semitas, os povos guerreiros amonitas tiveram suas origem em meados de 2000 a.C., na cidade da Babilônia. De acordo com a bíblia, os amonitas descendem da relação entre Ló e sua filha mais nova.
Ló e sua família moravam na antiga cidade de Sodoma, que era dominada por práticas consideradas imorais, violentas e inconsequentes. Por conta disso, Ló perdeu quase todos seus familiares.
Segundo o capítulo 19 do livro de Gênesis, Deus não encontrou “homens do bem” em Sodoma e mandou enxofre e fogo do céu para destruir toda a cidade. Com isso, os únicos sobreviventes foram Ló e duas filhas, que foram morar em uma caverna em uma montanha. Eles acreditavam ser as últimas pessoas vivas na Terra.
A bíblia relata que as filhas de Ló embebedaram o pai e “deitaram-se” com ele enquanto estava inconsciente, com o intuito de gerar descendentes. Vale destacar que a relação entre familiares de 1º grau era uma prática comum, e não criminosa como é hoje.
Como resultado, vieram os homens que ficaram conhecidos como pais de nações de Amom (de onde descendem os amonitas) e Moabe (de onde descendem os moabitas). Ambos estabelecidos ao leste do Rio Jordão.
Além disso, Amom nasceu da união entre o seu pai Rei Manassés de Judá e de Mesulemete, filha de Harus de Jotba. Ele se casou com Jedida, filha de Adaías de Bozcate, de acordo com relatos constantes na Bíblia Hebraica.
Rivalidade entre povos
Durante séculos, os povos guerreiros amonitas e moabitas criaram rivalidade com os israelitas (mesmo Ló sendo sobrinho de Abraão, patriarca de Israel), pois acreditavam serem donos das terras de Israel.
Também se juntaram com os moabitas e filisteus, e assim os amonitas conquistaram territórios à base de violência e crueldade, nas regiões do Golfo Pérsico até o norte da Assíria (atual Jordânia e Palestina).
Os amonitas e a Mesopotâmia
Para entender melhor sobre a origem dos amonitas, é essencial compreender a importância de outros povos que faziam parte da civilização mesopotâmica. Primeiramente, temos os sumérios, que foram os primeiros povos civilizados que se tem conhecimento no mundo.
Além de serem os primeiros, eles também criaram a língua acadiana, que foi o primeiro tipo de escrita que se desenvolveu e se tornou a primeira língua da antiguidade. Inclusive, a língua acadiana já foi usada em todo o Oriente Médio e o primeiro código penal registrado no mundo, o Código de Hamurabi, foi escrito em acadiano.
Por outro lado, os acádios eram povos nômades que se moviam pela região central da antiga Mesopotâmia até chegarem ao território dominado pelos sumérios, entre 2550 a.c e 2300 a.C.
Após se prepararem, eles entraram em guerra e eles retiraram o poder já concentrado e consolidado dos sumérios. No fim das contas, os dois povos juntaram forças e se unificaram, dando origem ao Império Acadiano.
Vale destacar que a cidade de Acádia, hoje localizada no centro do Iraque, era o local onde a população baseava e se inspirava na produção agrícola, padrão de escrita, religião e governos sumérios para criar a sua própria personalidade como povo.
“Olho por olho, dente por dente”
Os amonitas tinham como rei Hamurabi (1728-1686 a.C.), que coordenou guerras, conquistando diversos territórios da região, onde fundaram a sociedade escravocrata “Primeiro Império Babilônico”.
Antes de tudo, durante as guerras, Hamurabi estabeleceu em seu povo o “Código de Hamurabi”, um conjunto de leis que, ao serem desobedecidas, geravam punições aos cidadãos. Foi a partir deste código que surgiu o ditado que usamos até os dias de hoje: “Olho por olho, dente por dente“.
No entanto, os amonitas perderam força apenas após a invasão de outros povos da Mesopotâmia, chamados de casitas e hititas, que eram bem unidos e armados.
Assíria
Amom manteve sua independência do Império Neoassírio por meio do rei assíro, isso em uma época em que os reinos vizinhos estavam sendo invadidos ou conquistados.
Existem inscrições no Monólito de Curque que descrevem o exército do rei amonita Baasha bem Ruhubi lutando ao lado de Acabe de Israel e aliados sírios contra Salmanaser III na Batalha de Carcar em 853 a.C.
Curiosidades sobre os amonitas
- Ao se envolver com uma mulher amonita, o rei Salomão passou a adorar deuses considerados falsos pela Bíblia;
- A rivalidade entre os amonitas e israelitas durou 18 anos;
- Das diversas guerras, os amonitas foram derrotados duas vezes: por Eúde e Jefté;
- Amonitas cultuavam um deus chamado Moloch;
- A explicação da origem dos amonitas existe a partir de um trecho retirado do primeiro livro da Bíblia, Gênesis, na passagem 19:30 38;
- O israelita capaz de destronar o poder dos amonitas na região foi Saul, rei de Israel;
- Amonitas e moabitas tentaram juntos destruir Judá, mas não conseguiram e entraram em conflito mútuo;
- Os amonitas dominaram boa parte da Palestina.
Enfim, gostou de aprender sobre os amonitas? Então não deixe de conferir também Cleópatra, quem foi? A trágica história da mais famosa rainha do Egito
Fontes: Educa Mais Brasil, Toda Matéria.
A história antiga tem muitos fatos interessantes desconhecido ainda por mtas pessoas.