O agronegócio é uma interligação entre a agropecuária, o comércio e a indústria visando a dinamização da produção no campo. Entre os seus objetivos está a melhoria da cadeira produtiva, sempre visando o consumidor final.
Nos seus benefícios se encontram o emprego de novas técnicas que aumentam a quantidade de alimentos e os barateiam. Já os malefícios são apontados pelos ambientalistas, posto que se opõem ao sistema de produção intensivo.
Critica-se o agronegócio também por concentrar grande extensão de terras nas mãos de reduzido número de latifundiários. Isso tem levado a conflitos no campo, além de ser a motivação de invasões de terra.
Contexto Histórico
Nos países mais desenvolvidos, a atividade agropecuária deixou de ser apenas um componente do setor primário da economia. Houve uma evolução no modo de produzir no campo, posto que se integrou com as indústrias.
Logo esses países sentiram a necessidade de intercalar o que vinha das fazendas com o setor secundário da economia. Houve uma aproximação entre aqueles que lidavam com a agropecuária e os que fabricavam os insumos.
Essa novidade levou os professores John Davis e Ray Goldberg, da Universidade Harvard, a criarem o termo agribusiness, em 1957. Eles alertaram para o fato de que a agropecuária não existe mais isolada no setor primário da economia.
Encontra-se interligada com a indústria, no processo de produção e processamento, além do comércio na distribuição. O agribusiness, dessa forma, envolve toda a relação industrial e comercial da cadeia produtiva agrícola ou pecuária. Traduzida para o português, a palavra é agronegócio.
Características do agronegócio
O agronegócio se tornou uma atividade econômica capaz de entrelaçar os três setores da economia. No Setor Primário está a agropecuária, já no Secundário se encontram as indústrias fabricantes, por exemplo, de tratores e colheitadeiras. E o Terciário se ocupa do transporte e da venda do que é produzido no campo.
Outra característica sua é conseguir concentrar investimentos, posto que o produtor gasta considerável soma de dinheiro na fase de produção, assim como na de execução. São contratados estudos, por exemplo, com a biotecnologia, a meteorologia e a climatologia.
O agronegócio é praticado por grandes e médios produtores, uma vez que são eles que têm créditos elevados para investir. Possuem significativa quantidade de terras agricultáveis e geralmente investem na monocultura.
O agronegócio leva ao esvaziamento do campo, posto que os trabalhadores são substituídos por modernas máquinas. Pouca gente é empregada para manuseá-las, o que barateia o custo de produção, principalmente com direitos trabalhistas.
Já o pecuarista no agronegócio cria seus animais em imensa quantidade e com locomoção limitada. É o que se vê nos confinamentos de bois. Há também as granjas de criação de aves, bem como os tanques de engorda de peixes, camarões, rãs etc.
As críticas que se faz ao agronegócio
O agronegócio é constantemente criticado tanto no contexto social, quanto no ambiental. Na área social, há um constante conflito entre os movimentos dos sem-terra e os grandes latifundiários. O que se alega é que a terra está em mãos de poucos, o que intensifica o processo de concentração fundiária.
Os conflitos nos campos brasileiros são constantes, o que leva à invasão de fazendas, muitas vezes com vandalismo. Diferente do que se dava no passado, na atualidade é o Poder Judiciário acionado para dirimir os conflitos.
No contexto ambiental, os embates se dão entre os fazendeiros e os ambientalistas. Há uma crítica feroz quanto à expansão desordenada das terras cultiváveis brasileiras. Com a expansão das fronteiras agrícolas, por óbvio, ocorre a redução de reservas ambientais e de áreas verdes.
Dizem os ambientalistas que as cercas das fazendas não respeitam os limites dos parques e reservas ambientais. Sem contar que tanto os agrotóxicos quanto os fertilizantes poluem os cursos d’água. Afirma-se que a Amazônia é desmatada para, além da extração de madeira, abrir nova pastagem ao gado.
O agronegócio brasileiro
No Brasil, o agronegócio representa aproximadamente 23% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Só que apenas quatro Estados concentram 70% da produção de grãos do Brasil, quais sejam, MT, PR, RS e GO. Vários fatores contribuíram para que isso acontecesse, dentre eles dois se destacam: tecnologia de ponta e disponibilidade de terras.
No agronegócio, destaque para algodão, arroz, feijão, soja, milho, laranja, café, açúcar, carne, celulose e papel. Mas a produção de três tipos de lavouras há décadas se sobressaem no país, que são a soja, o milho e a cana-de-açúcar.
A campeã da produção agrícola nacional é a soja, inclusive superando os Estados Unidos, sendo cultivada em MT, MG, PR, RS, GO, MG e BA. O algodão é produzido em GO, MT e MS, enquanto que o arroz no RS, SC, TO, MT e MA.
Quanto ao milho, o Brasil só perde para os Estados Unidos, que são os campeões mundiais e usam o produto como combustível. As lavouras estão no MT, PR, MS, GO, MG, RS e SP.
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Fonte: Brasil Escola, Wikipédia, Escola Kids, Valor, Toda Matéria, Portal do Agronegócio, Notícias Agrícolas, Mundo Educação.
Fonte das imagens: Digitalist, The Daily Star, Latuff Cartoons, ABCC, Dinheiro Rural.