Vincent Van Gogh foi um holandês considerado um dos maiores pintores de todos os tempos, e um dosmais notáveis nomes do impressionismo. Nascido em 1853, Van Gogh morreu aos 37 anos de idade, dos quais 10 deles foram dedicados à arte. Durante esse tempo, ele produziu mais de 2 mil obras, sendo mais de 860 apenas pinturas a óleo.
Contudo, durante a sua vida, o artista nunca imaginou o quão grande e importante seria o seu trabalho. Isso porque suas obras só receberam atenção após a sua morte. Enquanto vivo, o gênio da pintura, vendeu apenas um quandro, que foi O Vinhedo Vermelho.
Tanto a vida quanto a obra de Van Gogh despertam curiosidade até os dias de hoje. Desse modo, ele foi tema de muitos livros, filmes e documentários. Portanto, hoje iremos conhecer um pouco mais da vida e obra de Vincent Van Gogh.
Biografia de Van Gogh
Vincent Willem Van Gogh nasceu em uma pequena vila holandesa, chamada Zundert, no dia 30 de março de 1853. Filho mais velho do pastor Theodorus Van Gogh e de Ana Cornelia Carbentus, Vincent tinha quatro irmãos, sendo duas mulheres e dois homens.
Era uma criança rebelde e antissocial, mas teve uma relação forte com o irmão, Theo, o qual esteve ao seu lado durante grande parte da sua vida. A infância não foi fácil, já que a sua família não tinha boas condições, e por isso cresceu em meio à pobreza, e exposto à várias doenças.
Na idade adulta, com a saúde mental abalada e constantes surtos de loucura, o pintor colocou fim a própria vida em julho de 1890, anos 37 anos de idade.
Juventude de Van Gogh
Com 11 anos de idade, o jovem Van Gogh começou a estudar em um colégio interno na Holanda, onde, segundo relatos, o menino era muito infeliz. Dois anos depois, passou para outro colégio, em Tilburg. Sendo assim, ficou claro que durante os seus primeiros anos de ensino foram desordenados, já que passou por instituições diversas.
Aos 15 anos, o jovem abandonou definitivamente os estudos. No ano seguinte, se mudou para Haia, onde começou a trabalhar com um tio, que havia aberto uma livraria. Lá, ele ficou por três anos, quando foi mandado para Bruxelas, onde passou mais dois anos de sua vida.
Posteriormente, ele se mudou para Londres, para tentar a vida, e, mais tarde, para Paris. Em 1877, ele conseguiu um emprego em uma livraria em Dordrecht, e é nessa época que decidiu seguir a carreira do pai, que era pastor.
Com isso em mente, ele começou a se aprofundar nos estudos religiosos e chegou a prestar vestibular para o curso de Teologia, na Universidade de Amsterdã. No entanto, ele não foi aprovado.
Depois disso, Vang Gogh decidiu viajar para Borinage, na Bélgica, para tentar seguir carreira como missionário religioso. Contudo, o seu comportamento temperamental, visto por muitos como instável, fez com que ele não recebesse a permissão para fazer pregações.
Os amores de Van Gogh
Segundo a própria biografia do artista, Vang Gogh tinha uma personalidade muito forte. Assim, a convivência com ele era bastante difícil, o que prejudicava os seus relacionamentos. Há relatos que dizem que ele se isolava de todos durantes episódios de surto e depressão e que, por isso, todos os seus romances fracassaram.
Um dos casos de romance do pintor foi com sua prima Kee Vos Stricker, pela qual ele se apaixonou e foi rejeitado. Isso o abalou profundamente.
Outro relacionamento foi com uma ex-prostituta, chamada Sien. Van Gogh se envolveu com essa mulher, que já tinha um filho e estava grávida. Apesar disso, ele acolheu a ela e seu filho em seu ateliê, mas depois do nascimento da criança, foi novamente abandonado.
Sendo assim, pode-se dizer que o pintor não teve muitos envolvimentos amorosos marcantes ao longo da vida.
Início da carreira como pintor
Lodo depois de ter sido negada sua permissão para atuar como missionário religioso, Van Gogh decidiu abandonar de vez essa vida. Assim, frustrado com a situação, ele decidiu se dedicar à arte. Então, em 1880, ele se mudou para Bruxelas, e começou a estudar na Escola de Belas-Artes.
Graças ao irmão, que lhe mandava dinheiro, Van Gogh conseguiu estudar anatomia e perspectiva artística, e se dedicou integralmente ao desenho e à pintura.
Em 1881, ele se mudou novamente, dessa vez para Haia. Lá, ele encontrou seu mentor, o pintor Mauve. Foi lá ainda que ele começou a pintar seus quadros com tinha a óleo.
Anos mais tarde, em 1886, Van Gogh viajou para Antuérpia, para estudar arte na Academia local. E, no ano seguinte, se mudou para Paris, para morar com o irmão, Theo.
E é nessa época que sua vida começou a mudar. Na capital francesa, ele foi apresentado ao impressionismo, o movimento no qual ele se tornou um dos maiores nomes.
Aliás, foi lá, que ele conheceu vários nomes importantes da arte, como Edgar Degas, Georges Seurat, Henri de Toulouse-Lautrec, Paul Signac, Émile Bernard, Pablo Picasso e Paul Gauguin. Assim, recebeu muita influência desses artistas.
Últimos anos de Van Gogh
Ao longo de sua vida, Van Gogh criou mais de duas mil obras, incluindo mais de 860 pinturas. No entanto, a maioria dessas obras foram feitas nos dois últimos anos de vida do artista.
Então, em 1888, já com a saúde precária, ele decidiu se mudar para o campo, para se dedicar à sua arte. Nessa época, o artista Paul Gauguin decidiu se juntar a Van Gogh no campo, no entanto, a convivência entre os dois não foi boa.
Desse modo, as brigas eram constantes, e houve relatos até de que a amante de Vang Gogh teria se envolvido com Gauguin. Quando descobriu a traição, os dois começaram uma briga, onde Van Gogh agridiu o amigo com uma navalha.
Depois do ocorrido, se sentido arrependido da sua atitude, Van Gogh cortou um pedaço da própria orelha e enviou em um envelope para Gauguin. Essa é a história por trás do quadro “Auto Retrato com a Orelha Cortada”.
Sendo assim, logo após esse acontecimento, o próprio artista pediu que o irmão o internasse. Então, ele foi levado para o Hospital de Saint-Rémy-de-Provance, onde fez de seu quarto um ateliê. Durante o período em que esteve internado, Van Gogh produziu mais de 200 quadros e centenas de desenhos.
Após dois anos internado, em 1890, Van Gogh deixou o hospital. Em seguida, foi para Auvers, se consultar com o Dr. Gachet, que o examinou e disse que a situação era grave.
Morte de Van Gogh
Em toda a sua vida, Van Gogh apresentou sinais de instabilidade mental e comportamento tempestuoso. Sendo assim, foi internado em hospitais psiquiátricos várias vezes ao longo da vida. De acordo com estudos posteriores, foi revelado que ele não se alimentava bem e que abusava do consumo de bebidas alcoólicas.
Durante uma dessas crises, no dia 27 de julho de 1890, Van Gogh deixou sua casa para fazer um passeio. Ele, inclusive, estava carregando uma arma para atirar nas gralhas, mas acabou dando um tiro no próprio peito. Depois disso, ele ainda conseguiu voltar para sua casa, mas acabou morrendo dois dias depois.
Portanto, ele não pode usufruir da fama que só veio após a sua morte. Assim, boa parte da sua história de vida está descrita em 750 cartas que ele escreveu para seu irmão. Este morreu seis meses depois, de depressão.
Principais Obras
Durante a vida, o pintor só vendeu um único quadro, mas hoje suas obras estão entre as mais caras do mundo. Desse modo, o legado deixado por ele tem muita importância histórica. Tanto que, em 1973, foi criado, em Amsterdã, um museu exclusivo para abrigar as suas criações.
Museu Van Gogh, construído em 1973.
Fonte: TripAdvisor
Sendo assim, entre algumas das suas principais obras estão:
- Os Comedores de batatas;
- Caveira com cigarro acesso;
- A ponte Debaixo de Chuva;
- Natureza morta com absinto;
- A italiana;
- A vinha encarnada;
- A casa amarela;
- Retrato do Dr. Gachet;
- Girassóis;
- Vista de Arles com Lírios;
- Noite Estrelada.
Enfim, o que você achou dessa matéria? Aproveite para conhecer também a história de Salvador Dalí.
Fonte: InfoEscola, Brasil Escola, Toda Matéria, EBiografia
Bibliografia:
- GOMBRICH, E.H. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
- Os Grandes Artistas: Van Gogh, Renoir, Manet. Editora Nova Cultura LTDA, São Paulo, 1991.
- HODGE, Susie. Breve História da Arte. São Paulo: Editora Gustavo Gili, 2018.
Fonte Imagem Destaque: Aventuras na História
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