A Confederação do Equador foi um movimento político e revolucionário acontecido na região Nordeste do Brasil em 1824.
A sua essência foi emancipacionista e republicana. E teve esse nome porque o seu centro ficava próximo a Linha do Equador.
Iniciada na Província de Pernambuco, logo depois se espalhou por Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.
Os motivos da Confederação do Equador
A crise do açúcar deslocou o eixo econômico do Brasil para o Sudeste, por isso o Nordeste passou por crises de abastecimento e estagnação. Além disso, elevados eram os impostos cobrados pelo Império.
A elite de Pernambuco escolheu um presidente para a província: Manuel Carvalho Pais de Andrade. Mas em 1824 Dom Pedro I indicou alguém de sua confiança, que foi Francisco Paes Barreto.
Some-se a isso o fato de D. Pedro I dissolver a Assembleia Constituinte e impor a Constituição de 1824, a qual dava poderes absolutos ao imperador.
O início da grande revolta
Eclodiu uma grande revolta na Província de Pernambuco em 1824. No mesmo ano, Manuel de Carvalho Pais de Andrade proclamou a Confederação do Equador.
O novo Estado possuiria um regime liberal e republicano, que teria um governo representativo delegando autonomia às províncias. Chegaram até a criar uma bandeira.
O movimento contava com a participação das lideranças de Pernambuco. Entretanto não tardou a crescer em proporção, e ganhou a adesão das províncias do Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba.
O enfraquecimento e fim do movimento
Os líderes do movimento foram Frei Caneca, Padre Mororó, Cipriano Barata e Emiliano Munducuru. Eles resolveram adotar reformas sociais urgentes. Só que a abolição da escravatura desagradou aos fazendeiros que apoiaram o movimento.
Sem o apoio das elites, a Confederação do Equador enfraqueceu e não foi capaz de resistir às forças imperiais.
D. Pedro I pediu empréstimos à Inglaterra e contratou mercenários ingleses para combater o movimento.
Sob o comando do almirante britânico Thomas Cochrane, as forças militares do império agiram com rapidez e força. O movimento emancipacionista não resistiu e sucumbiu.
Os principais líderes do movimento, Frei Caneca e Padre Mororó, foram fuzilados. Já o jornalista Cipriano Barata foi condenado à prisão.
Muitos revoltosos fugiram para o sertão e tentaram manter o movimento vivo, entretanto ele acabou no mesmo ano que começou.
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Fonte: História do Brasil, Info Escola, Toda Matéria, Mundo Educação, Todo Estudo, Uol Educação.