O conflito entre Israel e Palestina, que se estendeu por quase todo o século XX, ainda existe na atualidade. Já são milhares de mortes numa disputa sem fim.
Em síntese, uma das maiores inquietações mundiais está nos conflitos entre judeus e muçulmanos. Parecem eternas as disputas pelo território de enclave entre Israel e Palestina.
Os opositores querem o lugar só para si, mas atualmente apenas os israelenses o detém absolutos. Por isso a região está sempre em guerra e grupos terroristas atuam constantemente. O saldo é desanimador: milhares de vidas foram perdidas e a paz está cada vez mais longe.
A região de disputa está no Oriente Médio, próximo ao Mar Mediterrâneo. O foco principal é a cidade de Jerusalém, lugar sagrado para o islamismo e o judaísmo.
O retorno dos judeus e o princípio dos conflitos
A princípio, a Palestina sempre foi reivindicada pelos Judeus. Eles alegam que a ocupavam até a sua expulsão pelo Império Romana, no século III d.C., quando iniciou a diáspora, que é a dispersão dos judeus pelo mundo.
E no final do século XIX, os judeus migraram em massa para a Palestina, movimento sionista chamado: busca pela terra prometida. Só que ali já era habitado por meio milhão de árabes.
Logo grande tensão se iniciou e começaram os conflitos. Com o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e diante do genocídio dos judeus, era preciso buscar uma forma de reparação. Então a Organização das Nações Unidas (ONU), encarregada de resolver a questão, criou um Estado de duas nações (1947).
Metade do território seria ocupada por cada povo. Jerusalém, a capital, seria internacionalmente administrada. Uma decisão assim simplista obviamente que não daria certo. E não deu mesmo.
Israel e Palestina – A intensificação da disputa por território
Já no ano de 1948, Israel negou o tratado e iniciou a ocupação da Palestina. Para tentar conter o avanço israelense, em 1964 foi criada a OLP (Organização para a Libertação Palestina), liderada por Yasser Arafat. O grupo político da OLP era o Fatah, partido moderado ainda hoje existente.
Além disso, havia também muitos países árabes na vizinhança contrários à criação do Estado de Israel, e teve início a Guerra dos Seis Dias (1967). Em apenas seis dias os israelenses tomaram a Faixa de Gaza e a Península do Sinai do Egito, as Colinas de Golã da Síria, Jerusalém Oriental da Jordânia e a Cisjordânia.
Como resposta à invasão israelense, iniciou-se a Guerra do Yom Kippur (1973). Os países árabes derrotados na Guerra dos Seis Dias tentaram reaver os territórios. Mas Israel, com o apoio dos Estados Unidos, conseguiu nova vitória.
Restou aos árabes criar a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), forte cartel entre os países petrolíferos da região. Com isso o preço mundial do petróleo foi às alturas.
A tentativa de diminuir a tensão e a 1ª Intifada
Dessa forma, com a mediação dos Estados Unidos, Israel assinou os Acordos de Camp David e devolveu a Península de Sinai para o Egito (1979). Em agradecimento, os egípcios reconheceram oficialmente o Estado de Israel. Isso gerou descontentamento entre os demais países da região.
Até que a tensão se tornou a 1ª Intifada, que foi uma revolta espontânea da população árabe palestina contra o Estado de Israel (1987). O povo atacou o exército judeu com paus e pedras. A reação de Israel foi desproporcional e gerou um sangrento massacre. A consequência foi a criação do Hamas, grupo radical que até hoje visa a destruição do Estado de Israel.
Israel e o fracasso dos Acordos de Oslo e a 2ª Intifada
Em 1993 Yasser Arafat e Yitzhak Rabin (primeiro-ministro israelense) assinaram os Acordos de Oslo. A mediação foi de Bill Clinton, então presidente dos EUA.
Nesse sentido, criou-se ali a Autoridade Nacional Palestina, responsável por administrar todo o território da Palestina, envolvendo partes da Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Os dois líderes receberam o Prêmio Nobel da Paz. Mas dois anos depois Rabin foi assassinado e fracassaram os termos da paz.
Logo, a intensificação dos conflitos levou à 2ª Intifada, liderada pelo Hamas (2000). Israel respondeu duramente e, em represaria, iniciou a construção do Muro da Cisjordânia (2002), isolando-se do mundo árabe.
A pressão só fez aumentar. Dessa forma, disputas sangrentas ocorreram e milhares de vidas se perderam de ambos os lados. Os conflitos duraram até 2004 com a morte do líder do Hamas.
Por outro lado, em 2006, a vitória do Hamas sobre o Fatah nas eleições da Autoridade Nacional Palestina elevou novamente a tensão na região. Com isso os EUA, União Europeia e outros países ocidentais não reconheceram o pleito.
Atentados terroristas com carros-bombas continuaram em Israel, que buscava eliminar o Hamas. Houve a adoção de embargos econômicos sobre Gaza, o que afetava também a população civil.
Uma paz que parece ainda muito distante
Em síntese, com a mediação do Egito, um acordo de cessar-fogo foi assinado entre o Hamas e Israel. Mas os judeus não o cumpriram e se recusaram a revogar o bloqueio econômico. Logo os ataques reiniciaram.
O paz definitiva na região parece ainda distante. Portanto, apesar de acordos momentâneos de cessar-fogo, qualquer incidente reaviva conflitos e pessoas morrem dos dois lados. Enquanto isso, vai-se adiando a efetivação do Estado Palestino, embora ele seja reconhecido por vários países, incluindo o Brasil.
Tenso tudo isso, não é? Então confira o que os judeus sofreram durante a Segunda Guerra Mundial.
Fonte: Mundo Educação, Toda Matéria, Info Escola.