O Império Romano foi marcado por diversos imperadores que lideram e ficaram conhecidos por polêmicas e governos questionáveis. Dentre os imperadores mais cruéis está Nero, quinto representante da dinastia Júlio – Claudiana. Os demais imperadores que fizeram parte da mesma dinastia foram: Augusto, Tibério, Calígula, Cláudio.
O nome completo do último imperador da dinastia Júlio – Claudiana era Nero Cláudio Augusto Germânico. Assim, nascido no dia 15 de dezembro de 37, na cidade de Anzio, Nero ficou conhecido pelo uso da violência. Além disso, não demonstrava interesse em relação às guerras do Império.
Outro fato atrelado ao imperador foi o incêndio que destruiu Roma. Entretanto, de acordo com historiadores, o episódio não pode ser ligado ao imperador, já que Nero não estava na cidade no dia do ocorrido. Na época, os relatos sobre o incêndio eram baseados nos relatos de Tácito, senador e historiador romano.
Nero e o Império Romano
Nero nasceu na nascida de Anzio, onde hoje se localiza a Itália. Filho de Cineu Domício Enobarbo e de Agripina, Nero se tornou imperador com apenas 17 anos de idade. Antes mesmo da nomeação, o jovem, com 14 anos, já havia se tornado prô-consul. Além disso, se casou com Otávia, filha do então imperador Cláudio.
Assim, no dia 13 de outubro de 54, quando Claudio morreu, Nero se tornou imperador. De acordo com historiadores, Agripina foi a responsável pela morte do marido para que o filho pudesse assumir o Império.
A princípio, o governo do imperador foi marcado por boas condutas. Em geral, o governo era equilibrado, com decisões políticas e econômicas que beneficiavam todo o Império. Grande parte das tomadas de decisão vinha, inclusive, da mãe do imperador, Agripina.
Entretanto, Agripina tentou tirar o próprio filho do poder. A atitude fez Nero mudar complemente sua personalidade. Por conta disso, o imperador mandou matar a própria mãe e, para fugir das consequências, inventou que a morte teria sido suicídio. Em seguida, Otávia é morta e Nero se casa com Popéia.
Roma e o incêndio
O incêndio de Roma foi um dos episódios que mais marcaram o Império Romano. Com base nos relatos de Tácito – senador e historiador romano – todos acreditaram que o imperador teria sido o responsável pela tragédia. Boatos da época diziam que o imperador queria ver a cidade em chamas e apenas observar.
Porém, de acordo com historiadores, o imperador não estava em Roma no dia do incêndio, em 18 de julho de 64. Assim, seria inapropriado culpá-lo pelo desastre. A partir disso, o imperador começou uma série de perseguições contra os cristãos. Segundo ele, os cristãos teriam colocado fogo em Roma e mereciam ser punidos.
Após o incêndio, o imperador iniciou um projeto para reconstruir a cidade de Roma. Para isso, estabeleceu o confisco de bens e esbanjou extravagância na construção da “Domus Aurea”, a Casa Dourada.
Revolta contra o Imperador
As atitudes do imperador não deixavam o império satisfeito. Nero era agressivo, considerado como louco. Na verdade, suas atitudes demonstravam a violência e ânsia de nunca parar. Para a maioria das pessoas, o imperador estaria sempre encenando e fingindo estar em outra realidade que não era aquela.
Nesse sentido, as atitudes de Nero geraram descontentamento no Império. Assim, em 65, o senador Caio Piso organizou uma ação para tentar tirar o imperador do poder. Porém, o plano não deu certo e os apoiadores foram executados.
Enquanto isso, a revolta ainda estava latente no exército e no senado do império. Por conta disso, Nero era considerado inimigo do Estado. Além disso, o imperador enfrentou revoltas, como a ocorrida em Bretanha. Em 68, o governador da Espanha, Sérvio Sulpício Galba, conseguiu se tornar imperador de Roma.
Nesse sentido, para que não fosse preso pela Guarda Pretoriana, Nero foi obrigado a cometer suicídio. A morte do último imperador da dinastia Júlio – Claudiana ocorreu no dia 6 de junho de 68. Por fim, o sepultamento ocorreu hoje onde se localiza o parque Villa Borghese, em Roma.
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Fontes: Só História, Aventuras na História, Ebiografia e Super Abril
Imagens: O sabicão, Revista Galileu, Pillole di storia e Info Escola