O denominado Milagre Econômico foi um plano de crescimento da economia brasileira, que se deu entre os anos de 1969 a 1973. Sua meta era crescer rapidamente o Produto Interno Bruno (PIB), assim como acelerar a industrialização e conter a inflação.
Por essa razão era também chamado de Milagre Econômico Brasileiro. Ocorre que, nos bastidores, acentuou-se a concentração de renda, além de exploração do trabalhador. O auge do Milagre Econômico se deu no governo Médici.
O plano foi pego pela Crise do Petróleo nos anos de 1970. Nesse momento o povo sentiu a que patamar fora alavancada a dívida externa.
Contexto Histórico
A ideia de aceleração do crescimento econômico brasileiro vem lá de Juscelino Kubitschek, entre os anos de 1956 a 1961. Ele pôs em ação seu Plano de Metas, cuja finalidade era conseguir o progresso de cinquenta anos em cinco. Se por um lado isso resultou na criação de Brasília, por outro desencadeou uma forte inflação.
A situação econômica do país se agravou quando Jânio Quadros renunciou, seguido da cassação de João Goulart (1961-1964). Por esse tempo os mercados fugiram do controle e a inflação foi a patamares alarmantes.
Advindo o Golpe Militar de 1964, no governo Castelo Branco se instalou o Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG). Sua intenção era investir da indústria nacional, conter a inflação, assim como reter o crescimento das importações.
Considerações sobre o Milagre Econômico
No transcorrer do chamado Milagre Econômico, o PIB chegou a crescer incríveis 11,1% anualmente. Só a título de comparação, em 2018 o PIB brasileiro foi de 1,1%. Visando a centralização das decisões econômicas, em 31 de dezembro de 1964 foi criado o Banco Central.
Implantou-se o Sistema Financeiro Habitacional (SFH), posto que era preciso diminuiu a carência de moradias próprias. O SFH era composto pela Caixa Econômica Federal (SFH), assim como pelo BNH (Banco Nacional de Habitação). E para garantir recursos para os investimentos, em 13 de setembro de 1966 foi criado do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Estimulou-se igualmente o mercado a se aquecer, inclusive com a criação de quase três centenas de estatais em diferentes áreas. Novos bancos surgiram, o mercado de capitais se alvoroçou, o que levou ao aumento do crédito para investimentos.
O grande mentor do Milagre Econômico foi Delfim Neto, Ministro da Fazenda de 1967 a 1974. Ele pedia paciência ao povo enquanto implantava suas medidas. Disse que o bolo precisava crescer para ser repartido.
Uma Época de Grandes Realizações
O país necessitava de grandes obras de infraestrutura, caso quisesse realmente se agigantar economicamente. Então o governo foi atrás de empréstimos no exterior para custear tais obras, o que gerou mais dívida internacional.
Foram construídas pontes fenomenais, como a Rio-Niterói, assim como diversas hidrelétricas. É dessa época também o início da Rodovia Transamazônica e da Perimetral Norte. Construíram-se a Usina de Itaipu, além das nucleares de Angra. A Zona Franca de Manaus também é desse tempo. No Pará foram investidos imensos projetos de mineração, a exemplo de Carajás e Trombetas.
Muito dinheiro vindo de fora foi gasto na instalação de indústrias de bens de consumo, a exemplo de máquinas e equipamentos. A agricultura era incentivada a investir em grandes monoculturas visando a exportação, para assim equilibrar a balança comercial.
A Decadência do Milagre Econômico
A Crise do Petróleo de 1973, arquitetada pelos países muçulmanos, abalou a economia mundial, visando punir os aliados de Israel. No período de apenas um ano, o preço do barril ficou quatro vezes mais caro, o que refletiu na produção industrial.
Os Estados Unidos então tentaram equilibrar sua economia, posto que aumentaram a taxa de juros do mercado internacional. Também entraram na contenção de despesas a diminuição de investimento nos países mais pobres, a exemplo do Brasil.
Foi aí que o Brasil percebeu o tamanho de sua dívida externa, já que começou a pagar altíssimos juros que não cessavam de aumentar. Para custear esse gasto todo, o salário foi pouco reajustado, o câmbio se desvalorizou. Como consequência, evidentemente, o povo brasileiro ficou mais pobre. Era o fim do Milagre Econômico.
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