Teólogo alemão foi iniciador da Reforma Protestante e fundador da Igreja Luterana. Martinho Lutero nasceu em Eisleben, Alemanha, no dia 10 de novembro de 1483. Filho de camponeses católicos alemães, aprendeu a fazer orações aos santos, realizar boas obras, reverenciar o papa e se submeter à igreja.
Teve sua vida sempre envolvida com religião. Em 1505 se tornou mestre em filosofia, ingressou na Ordem dos Agostinianos e em 1512 se tornou doutor em teologia. No entanto, seus conhecimentos o levaram a ser contra algumas atitudes da igreja como a venda de indulgências. Lutero defendia o perdão dos pecados e a salvação pela fé em Jesus.
As únicas práticas católicas que tolerava eram o batismo e a eucaristia. Chamado de herege, foi convidado a se retratar. Mas como resposta e para combater as atitudes controversas da Igreja, Martinho Lutero escreve críticas intituladas de “95 teses”. Portanto, a lista que foi fixada na porta da igreja do Castelo de Wittenberg passa a ser conhecida entre os camponeses e se torna o início do protestantismo.
Excomungação da Igreja Católica
Entre suas formações acadêmicas, Lutero se tornou monge. Seu tutor no monastério o enviou para Roma, onde teve contato com venda de imagens sacras, absolvição de pecados e até da salvação. Incomodado com aquilo, passou a questionar os dogmas da Igreja Católica e se tornou popular entre camponeses. Chegou até a deixar o monastério para ensinar Teologia Bíblica na Universidade de Wittenberg.
E foi na Bíblia que encontrou as bases para o seu próprio pensamento religioso: justificação pela fé. Ou seja, só a fé e o amor a Jesus Cristo redime os pecados e pode salvar uma pessoa. Em 31 de outubro de 1517, desenvolveu uma série de críticas, as quais chamou de 95 teses. A disseminação de suas crenças foi bastante aceita pelos camponeses.
Desse modo, diminuindo em 80% a venda de indulgências, desagradando a Igreja Católica. Por isso, foi chamado de herege. Como forma de aplacar a situação, o Papa Leão X o convidou para se retratar. Mas Martinho Lutero se recusou e queimou a ordem papal que declarava sua excomungação, caso não fosse cumprida. Portanto, em janeiro de 1521, ele é excluído da comunidade católica.
O legado de Martinho Lutero
Então, publicou algumas obras de caráter reformista como “Manifesto à Nobreza Alemã”, “Do Cativeiro Babilônico da Igreja” e “Da Liberdade do Cristão”. Assim, acabou sendo também banido da Alemanha pelo imperador Carlos V. Contudo se manteve firme no que acreditava e, apoiado por setores da nobreza, traduziu o Novo Testamento para o alemão.
Mais tarde, em 1525, Martinho Lutero se casou com uma ex-freira com quem teve seis filhos. Faleceu aos 63 anos, em 1546, em decorrência de um derrame cerebral. Mas o seu legado se manteve de pé por meio de suas 400 obras publicadas, que foram traduzidas para várias línguas. Além disso, também foi responsável para criação de muitos hinos. A reforma religiosa que iniciou, foi a base para a Igreja Evangélica de hoje.
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Fontes: Hora Luterana, Só História e InfoEscola.
Imagem de destaque: Revista Galileu.