Immanuel Kant: Biografia, contribuições para a Filosofia, ideias e obras

Kant foi um filósofo prussiano considerado como o principal filósofo da era moderna. Desenvolveu uma síntese sobre o racionalismo continental.

Kant, quem foi? História, contribuições para a filosofia e principais obras

A história abarca diversos filósofos que mudaram a forma de pensar, agir e ser. Um desses grandes estudiosos foi Immanuel Kant, adepto do iluminismo e do criticismo. Nesse sentido, a critica do filósofo era voltava para as questões relacionadas aos racionalistas e aos empiristas, de forma que esse período recebeu o nome de Revolução Copernicana da Filosofia.

Dessa forma, as ideias  se voltavam para a necessidade de explicar que, para os racionalistas cartesianos, o conhecimento vinha por meio da razão. Ou seja, todo o conhecido era advindo a priori, antes da experiência. Já para os empiristas baconianos, o conhecimento estava relacionando às sensações. Assim, todas as pessoas nascem com um breve conhecimento, quase nada, e esse conhecimento é adquirido com as vivências.

Por esta razão, Kant torna o fato do conhecimento obra de seus ensaios estudiosos. Assim, começa a criticar a própria razão e, por consequência, as formas reais de obtenção do conhecimento em questão. Ou seja, o filósofo questionava a maneira pela qual o conhecimento era possível e não a forma que se conhece os objetos.

Vida de Kant

Nascido em Königsberg, na Prússia Oriental, em 22 de abril de 1724, Kant, com apenas 16 anos, já iniciava seus estudos e a busca por conhecimento. Assim, ingressou no curso de Teologia da Universidade de Königsberg e em 1755 começou a escrever seus primeiros ensaios. Foi fortemente influenciado pelas ideias desenvolvidas por Newton e pelo filósofo Leibniz.

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Immanuel Kant. Fonte: Praxis Jurídica

Entretanto, após deixar de se seguir as ideias racionalistas do filósofo Leibniz, Kant se interessou pelos escritos de Rousseau. Logo, em 1770, Kant retorna à Universidade como docente de lógica. Entretanto, enfrenta diversas dificuldades em relação ao luteranismo ortodoxo e não consegue expor suas ideias de maneira livre. Kant morreu em Königsberg, em 1804, cidade na qual cresceu e nunca saiu.

O estilo filosófico

Kant, ao criticar sua própria razão, abriu espaço para uma filosofia denominada filosofia transcendental. Ou seja, esse tipo de filosofia se refere ao fato da própria razão do indivíduo ser posta para debates e críticas. Dessa forma, a razão critica a si mesma, diferente dos ideais desenvolvidos pelos iluministas que acreditavam que com as armas da razão se criticava a economia, a política e a religião.

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Monumento em homenagem à Kant na Universidade de Königsberg. Fonte: Youtube

Nesse sentido, aos invés de questionar o objetivo de conhecimento, Kant avalia se esse conhecimento é realmente possível. Ou seja, ele utiliza de meios subjetivos para chegar ao conhecimento. Dessa forma, o filósofo desenvolve caminhos para pensar quais são os princípios do pensamento, criticando assim a “ideologia da razão”.

Por esta razão, o que se conclui é que na verdade não conhecemos a realidade da maneira como ela realmente é. Ou seja, Kant chama de mundo dos números (coisa em si) a dimensão inalcançável do pensamento e do conhecimento. Assim, tudo o que conhecemos na verdade não é a realidade em si e sim, a forma como o pensamento organiza a ideia de determinado objetivo e sua representação.

Questionamentos

Assim, questionando a própria razão, Kant apresenta com seus estudos os limites da razão e das formas de pensamento. Além disso, utiliza das ideias de antigos estudiosos como Descartes, Aquino ou Pascal, que também desenvolveram conceitos além da razão para explicar a existência da alma, de Deus e até o começo do mundo.

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Na obra “Fundamentação da Metafísica dos Costumes”[1], o que Kant deseja é encontrar o princípio supremo da moralidades, absoluto, e justifica-lo. Fonte: Medium
Dessa forma, como a explicação de elementos além da razão não se encaixam em questões lógicas. Assim, não é possível desenvolver estudos concretos sobre eles.  Assim, conhecer o objeto em si acaba com o pretexto da razão, o que Kant vai chamar de dogmática.

Por fim, Kant chegou à conclusão que os debates desenvolvidos tanto pelos racionalistas quanto pelos empiristas podiam ser facilmente conciliados. Isso porque, a experiência, ou seja, o empirismo, são, de certa forma, encaixados em ideias racionais, a priori . Sendo assim, os conceitos a priori a posteriori do conhecimento podem seguir juntos.

Principais ideias de Kant

Criticismo

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Usa a filosofia como fonte para entender os limites do conhecimento humano; Além disso, também é conhecida como criticismo Kantiano. Como o nome já sugere vem da crítica. Sendo assim, é a filosofia que desconsidera tudo o que não se analisa criticamente.

Idealismo transcendental

Doutrina filosófica voltada para entender como ocorre o conhecimento humano. Logo, usa como conceitos principais as ideias de juízo analítico, juízo sintético e juízo estético;

Iluminismo

The Conversation

Usa de ideias que possam, de certa forma, iluminar os meios do conhecimento. Assim, é o início para que uma mente autônoma seja formada;

Imperativo categórico

É o dever de toda pessoa agir conforme princípios dos quais considera que seriam benéficos caso fossem seguidos por todos os seres humanos.

Principais obras do filósofo prussiano

  • Crítica da Razão Pura;
  • Crítica da Razão Prática;
  • O que é Esclarecimento?;
  • Metafísica dos Costumes.

Você sabia?

  • Kant nutria grande interesse pelas ciências, pela matemática, pela física de Newton. Os esquemas de Descartes são emblemáticos em Kant;
  • Herder – filósofo e escritor alemão -, que fez cursos com Kant, o descreveu da seguinte maneira: as palavras fluíam dos seus lábios, ele tinha graça, humor;
  • Por aproximadamente 15 anos Kant trabalhou como livre docente. Ou seja, o filósofo ministrava cursos livres que eram custeados diretamente pelos estudantes;
  • Antes do reconhecimento público de seus escritos, havia o reconhecimento dos colegas e alunos.

O que achou da matéria? Se gostou, então corre pra ler quem foram os filósofos Bauman e Pitágoras.

Fontes: Guia do Estudante, Educação UOL, Brasil Escola

Fonte imagem destaque: Farofa Filosófica

Imagens: The Conversation, Make money in life

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