O Infravermelho é uma das radiações presentes no espectro eletromagnético, ou seja, compõe um sistema de energia térmica.
A princípio, seu papel está relacionado a um corpo – matéria – e a agitação térmica de suas partículas.
Diante disso, ele não é visível pelo olho humano, pois o comprimento da onda que transmite é maior que a luz visível.
Seu tamanho está entre 1 μm (1 x 10 – 6m) e 1 mm ( 1 x 10-3m). Além disso, é classificado como um agente de radiação não ionizante.
A descoberta do infravermelho
Em síntese, os estudos sobre a dispersão da luz branca contribuíram para diversas áreas da física, sobretudo no mecanismo da dispersão da luz.
Influenciado por essa questão, o astrônomo William Herschel, em 1800 formulou as primeiras teorias sobre esse tipo radiação.
Assim, de acordo com seus experimentos, a temperatura de um corpo é a medida da agitação térmica de suas partículas.
Por isso cada uma das cores na região visível possui uma temperatura diferente.
Um dia Herschel decidiu colocar um bulbo do termômetro em uma região que ficava logo após a incidência da luz vermelha. Logo, ele observou que os corpos nessa região tem um aquecimento maior.
Segundo o experimento, quanto maior a temperatura do objeto, maior a radiação IV emitida.
Por esse motivo se chama infravermelho, pois essa frequência da radiação é menor que a frequência da luz vermelha, sendo assim a menor frequência captada pelo olho humano.
A contribuição de Herschel para os dias de hoje
O astrônomo William Herschel contribuiu muito para o uso do infravermelho na contemporaneidade. Inclusive, muitas tecnologias ligadas a esse espectro só foram possíveis pelos estudos e experimentos feitos no passado.
Por exemplo, atualmente o infravermelho é bastante usado na detecção de energia, especialmente para detectar a temperatura de objetos distantes. Por isso, ela é bastante usada na astronomia para identificar corpos celestes.
Outra forma de utilização é para medir a temperatura por meio de imagens ou vídeos termográficos. Ou seja, os raios indicam os locais que estão sendo expelida mais radiação infravermelha.
Essa tecnologia é usada para observar o bloqueio dos vasos sanguíneos.
Nesse sentido, por meio desse exame, é possível ver a região mal irrigada onde apresenta menor temperatura, emitindo assim, menos radiação infravermelha.
O resultado garante que doenças cardiovascular, aterosclerose, ateroma, etc. sejam diagnosticadas a tempo, para que o tratamento possa ser iniciado o mais rápido possível.
Tecnologias impulsionadas pelo infravermelho
O controle remoto foi uma das primeiras tecnologias que utilizaram a radiação infravermelha, especialmente para otimizar sua usabilidade.
O led desse equipamento emite essa radiação, que é detectada por um sensor e, em seguida, permite que seja comandado por ele.
Atualmente, empresas de tecnologias têm adotado softwares de infravermelho para monitorar e medir em grande escala temperaturas corporais anormais.
Isso ajuda a identificar pessoas que possam estar com alguma contaminação, como no caso do coronavírus.
Sendo assim, os softwares permitem que seja feita uma triagem em lugares públicos, como terminais de ônibus ou shoppings, por exemplo.
Além disso, as lâmpadas infravermelhas- impulsionadas pela radiação -podem ativar a circulação sanguínea e diminuir processos inflamatórios.
Isso ocorre por meio de ondas que aumentam o calor no local e provocam a agitação térmica de partículas.
Curiosidades sobre essa forma de radiação
Animais, como as cobras, conseguem enxergar o infravermelho. O mecanismo ocular permite que a caça seja feita durante a noite, pois os animais conseguem identificar o ponto de mais calor de suas presas.
Além disso, o infravermelho também ajuda na proteção contra predadores grandes, ou lugares de alta temperatura.
Porém, radiação infravermelha é uma das causas do efeito estufa natural, pois é absorvida pelas nuvens e pelo CO2 da atmosfera, voltando à superfície terrestre quando não liberada.
Normalmente, o efeito estufa natural é responsável por manter a Terra aquecida e evitar grandes variações de temperatura entre o dia e a noite.
Em 2017, por exemplo, um telescópio da NASA encontrou um planeta com as características da Terra e, uma das provas, estava relacionada à emissão de infravermelho.
De acordo com a pesquisa, as moléculas de água das camadas mais externas do planeta liberavam radiação infravermelha.
E aí, gostou de ler sobre essa forma de energia? Que tal conhecer sobre a Velocidade da luz, o que é? Definição, características e índice de refração.
Fonte: Flir e Brasil Escola.
Imagem: National Geographic, Espaço Ciência Viva, Fisiowork, Pais e Filhos, ONU News e Metro Jornal.