Apesar de contar com aproximadamente 4,5 bilhões de anos, o planeta Terra segue sendo uma grande incógnita para a ciência. Ao passo que muitas teorias envolvendo sua origem já foram desenvolvidas, apresentadas e descartadas, os pesquisadores propagaram a hipótese nebular, um modelo teórico que busca explicar a formação do Planeta Água.
A hipótese nebular sugere que a Terra surgiu simultaneamente com os demais planetas do Sistema Solar. Em suma, essa teoria defende que uma grande nebulosa de hidrogênio e hélio continha poeiras cósmicas metálicas e rochosas. Porém, eventualmente, essa nebulosa começou a girar sobre si mesma em alta velocidade e se compactou.
Como resultado disso, a parte central da nebulosa originou um protossol, protoplanetas e pronto-satélites. Em seguida, os mesmos se transformaram no Sol, planetas e satélites conhecidos hoje. Dentre esses novos corpos celestes criados, encontrava-se a Terra.
História da hipótese nebular
Também conhecida como teoria nebular, essa tese foi sugerida ainda no século XVIII. No ano de 1755, o filósofo Immanuel Kant apresentou as primeiras ideias que formariam essa teoria. Posteriormente, em 1796, o matemático Pierre-Simon Laplace desenvolveu ainda mais os argumentos iniciais de Kant.
Já no século XX, o astrônomo Victor Safronov publicou o livro Evolução da nuvem protoplanetária e a formação da Terra e dos planetas. Neste livro, diversos problemas na teoria kantiana foram reformulados e resolvidos. Como resultado disso, a moderna teoria nebular é rastreada até Safronov.
Na época de sua origem, a ideia de que o Sistema Solar surgiu a partir de uma nuvem de poeira e gás foi recebida com certo ceticismo. Todavia, nos dias de hoje, cada vez mais astrônomos vem apoiando essa teoria. Além de ter adquirido credibilidade científica, a hipótese nebular tem sido associada a outros sistemas estelares.
Problemas encontrados nessa teoria
Embora várias simulações baseadas nessa teoria tenham garantido à origem dos planetas terrestres um status de “quase resolvido”, ainda há alguns problemas relacionados à hipótese nebular. Pois bem, a formação de corpos rochosos ou planetesimais é o maior problema não resolvido no modelo de disco nebular.
Afinal, como partículas de 1 cm se aglutinam em planetesimais de 1 km? A resposta é um mistério. Porém, esse mecanismo pode ser a chave para decifrar o porquê de algumas estrelas possuírem planetas ao seu redor, enquanto outras não contam com nada.
Além disso, a escala de tempo na qual esses planetas se originaram também é uma charada, bem como a migração orbital desses corpos gigantes. Além dos planetas rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte), a teoria nebular tenta explicar a origem dos planetas gigantes (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) e dos exoplanetas.
E então, o que você achou dessa matéria? Se gostou, confira também: Geminídeas, o que é? Origem e dicas para observar a chuva de meteoros.
Fontes: Infopédia, QWERTY.WIKI, Canaltech.
Imagens: NASA, Alexander Andrews, Bryan Goff.