Guerra do Kosovo, o que foi? História, conflitos e intervenção humanitária

A guerra do kosovo envolve o conflito por questões étnicas e religiosas, tendo como principal motivo o pedido de independência dos kosovares.

Guerra do Kosovo, o que foi? História, conflitos e intervenção humanitária

A guerra de Kosovo começou em 5 de março de 1998, quando a província Kosovo, situada em Iugoslávia, na Europa, decidiu lutar pela sua independência. Por outro lado, o Slobodan Milosevic, o então presidente da Iugoslávia, não aceitou com bons olhos a decisão de Kosovo.

A saber, a província de Kosovo é composta por albaneses, ao contrário da Iugoslávia, que possui forte representação sérvia. Assim, os kosovares pediram a separação definitiva das duas etnias, já que os albaneses representavam 90% da população na região.

Dessa forma, vamos conhecer um pouco mais sobre a guerra de Kosovo, os conflitos e a intervenção humanitária. Ademais, os fatos envolvem interesses egoístas, violentos e mascarados de bandeira da paz.

História da Guerra de Kosovo

Com um dos principais motivos da guerra de Kosovo, após os kosovares pedirem total independência da Iugoslávia por causa das diferenças étnicas e religiosas, Milosevic não cedeu a liberdade.

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O Globo

O presidente argumentou que, em 1389, Kosovo foi o berço do nacionalismo sérvio, além disso queria evitar mais perdas de territórios, como já havia ocorrido no início dos anos 90.

Ao mesmo tempo que Milosevic pudesse expulsar ou matar as pessoas de etnia albanesa de Kosovo, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) entrou no conflito alegando uma intervenção humanitária.

Intervenção Humanitária

Como parte dos ocorridos da guerra de Kosovo, a OTAN ofereceu um acordo para Milosevic, incluindo a autonomia administrativa e cultural para a província de Kosovo, menos a independência.

Isto porque, a organização queria evitar a influência de guerras de independência em outras regiões.

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Sputnik Brasil

No entanto, o presidente iugoslavo continuou resistente e ignorou diversas propostas, mas estava sendo pressionado a aceitar. Por conseguinte, a OTAN ameaçou o bombardeio de Iugoslávia com tropas aéreas, caso Miselovic não cedesse.

Mesmo assim, o presidente não demonstrou medo. Como resultado, a OTAN entrou com tropas terrestres no território iugoslavo.

A propósito, a Rússia era aliada da Iugoslávia, mas não podia ajudar na guerra, pois dependia financeiramente dos Estados Unidos, como também do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Dito isto, era o EUA que controlava a guerra por meio da OTAN, com intenção de evitar a desestabilização da Europa, um dos principais continentes responsáveis pela hegemonia americana no mundo. Afinal, não entrariam numa guerra alheia sem interesses da pátria.

Fim da guerra de Kosovo

Ao final da guerra de Kosovo , os kosovares sofreram nas mãos da OTAN, que fazia tudo em nome da paz, mas estava realmente fazendo o trabalho dos sérvios, varrendo a população albanesa do país.

Slobodan Milosevic
GGN

Por fim, depois de 72 dias de ataques da OTAN, Milosevic é destituído do governo da Iugoslávia. Além disso, foi preso pelo Tribunal de Haia pelo crime de guerra e precisou pagar a quantia de US$ 1,300 milhões. Por conseguinte, morreu na prisão, em 2005.

A guerra de Kosovo acabou em 11 de junho de 1999, mas a região que antes era unificada, foi dividida em seis estados, sendo eles: a Croácia, a Bósnia – Herzegovina, Sérvia – Iugoslávia, a Macedônia e a Albânia.

Vestígios dos conflitos

De modo geral, a guerra de Kosovo trouxe à tona duas importantes discussões: a prática da intervenção humanitária e a formação de novos Estados nacionais no pós-guerra.

Guerra do Kosovo
Notícias ao Minuto

A primeira, diz respeito aos critérios de um país intervir militarmente na guerra alheia sem autorização da Organização das Nações Unidas (ONU), como ocorreu na Guerra de Kosovo.

Em outras palavras, essa ação configura indiretamente como violação do direito internacional. Isto é, não há nada de humanitário em tais intervenções.

A segunda, é o que podemos chamar de soberania negativa, onde um Estado é reconhecido apenas pelo controle territorial e uma centralização mínima de autoridade. Isto seria uma tentativa frustrada de reestabelecer a dignidade dos Estados após as guerras.

Atualmente, Kosovo é reconhecido uma província independente por dezenas de países.

O que achou dessa matéria sobre a guerra de Kosovo? Se gostou, confira também: Kosovo – História do país, características e processo de Independência

Fontes: Brasil Escola, InfoEscola, Scielo e Cola na Web

Imagens: Todo Estudo, O Globo, Sputnik Brasil, GGN e Notícias ao Minuto

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