Primordialmente, na época do Natal, é comum chegar a época da chuva de meteoros Geminídeas. Além disso, ela é uma das poucas chuvas que são favoráveis a se observar no hemisfério sul. Essa chuva oferece um lindo espetáculo.
Por isso, em uma noite escura, próximo do pico, é possível observar mais de 50 meteoros por hora. Porém, é importante torcer para que o céu permita que seja visto. Mesmo que, existam alguns meteoros que conseguem ser brilhantes ao ponto de superarem o brilho do luar.
Em 2018, houveram grandes acontecimentos, como a Super Lua de Sangue Azul, o Eclipse Lunar e a chuva de meteoritos. E as Geminídeas se incluem nesse pacote.
O que é uma chuva de meteoros?
As chuvas de meteoros sempre estão relacionadas a um cometa. Durante sua passagem pelo Sistema Solar, ele vai deixando uma trilha de pedaços, que em sua maioria não são maiores que minúsculas partículas de poeira.
Diante disso, todo ano quando a Terra cruz a trilha deixada pelo cometa, ela captura as partículas através da gravidade que entra na atmosfera em alta velocidade. Com isso, a fricção da partícula com o ar faz com que ela se aqueça, fazendo-a brilhar.
Além disso, existem também as “bolas de fogo”, que são pedaços maiores que produzem intensos clarões, podendo até ser registradas por câmeras. E se caso, um desses bólidos sobreviver à ação da atmosfera e chega até a superfície, são chamados de meteoritos.
Periodicamente, a Terra cruza a órbita de vários cometas, e isso acarreta a origem de várias chuvas de meteoros, sendo essas ocorridas mais ou menos na mesma época do ano. Apesar de parecer, as trilhas de partículas deixadas pelos cometas não são exatamente uma faixa bem definida.
Apesar de parecer que todos os meteoros da chuva partem do mesmo lugar, eles vêm de vários lugares. E esse lugares são chamados de radiantes. No caso das Geminídeas, o radiante está localizado em Gêmeos, e por isso o nome foi dado. Existem também as Lirídeas (em Lira) e Perseidas (em Perseu).
Por muito tempo, as Geminídeas ficaram sem um cometa associado, pois, quando se procurava um cometa com uma órbita parecida ou com ocorrência da chuva, nada era encontrado.
A origem da Geminídeas
As Geminídeas, talvez possam ter sido o único caso conhecido que ao invés de ter como origem um cometa, teve um asteroide. Ele se chama de 3200 Phaeton e possui algumas particularidade únicas. Além disso, foi o primeiro asteroide descoberto por um telescópio espacial. Isso aconteceu em 1983, com o satélite IRAS, sete anos antes do Hubble ser lançado.
Um característica especial do 3200 Phaethon, é que ele é o asteroide conhecido que mais se aproxima do Sol, chegando a uma distância de 21 milhões de km. Isso é equivalente a apenas um terço da distância de Mercúrio ao Sol. A temperatura estimada para quando ele chega a esta distância é de algo com 750° centígrados.
Uma curiosidade importante é que o nome do asteroide homenageia o filho do deus grego do sol. Tendo esse destruído o mundo após não conseguir lidar com uma briga com seu pai. Além disso, os cientistas lutam há anos para conseguir finalmente fotografar a trilha de detritos de Phaethon.
Dicas para observar o Geminídeas
- Observe no horário do pico de visibilidade;
- Fique em um lugar afastado dos centros urbanos;
- Busque um céu limpo e escuro;
- O horário ideal para começar sua observação é as 23 horas;
- Procure ficar em uma posição boa na hora de olhar para o céu;
- Até seus olhos se adaptarem demora 20 minutos, então, veja por pelo menos uma hora.
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Fontes: G1, OficinadaNet
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