Calígula, quem foi? História, vida e extravagâncias do imperador romano

Conhecido pelos atos cruéis, extravagantes associados a distúrbios mentais, Calígula foi uma das figuras mais excêntricas do Império Romano.

Calígula, quem foi? História, vida como imperador, morte e curiosidades

Extravagante, cruel e excêntrico são algumas características atribuídas à Calígula, ex-imperador romano. Durante o período de reinado, o imperador ficou conhecido pelos atos bizarros, a ostentação e julgamentos, aparentemente, sem motivos.

Os romanos ficavam cada vez mais enfurecidos a cada decisão do imperador. Os atos incluía, por exemplo, a morte de pessoas inocentes, festas regadas a muito luxo e orgias. Dentre as decisões mais questionáveis do imperador foi a nomeação de seu próprio cavalo como cônsul. Isso porque, Calígula estava acometido por algum desequilíbrio mental.

As decisões, de toda forma, estranhas e a autoridade excessiva começaram logo após o imperador se recuperar de uma enfermidade inexplicada. Alguns acreditam que, por conta da doença, Calígula tenha ficado com sequelas e isso acabou afetando sua estabilidade mental.

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História de Calígula

Calígula, na verdade, era o apelido que Caio Júlio César Augusto Germânico ganhou por sempre usar um tipo de sandália militar, chamada de “caligae”. Assim, nascido no centro da Itália, no dia 31 de agosto do ano 12, o jovem foi considerado um dos melhores entre os generais do Império Romano.

Seus pais, Agripina e Germânico César, faziam parte da família de Júlio-Claudiana. Naquela época, considerada a dinastia do imperador. A influência político-imperial já podia ser notada, já que o jovem cresceu nos arredores do Império.

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Mistérios históricos da humanidade

Seu pai, comandante do Exército Imperial, acabou morto após ser envenenado em uma expedição na Síria. A revolta por conta da morte estava voltada para o imperador Tibério, acusado de ser o responsável pelo envenenamento. Tibério acabou adotando Calígula, após os acontecimentos, que se tornou questor – primeira posição da hierarquia política romana – no ano 33.

A mãe do jovem, indignada com a morte do marido, não poupava acusações contra Tibério. Com isso, a mulher foi parar numa ilha à mando de Tibério, e acabou morrendo por falta de comida. Além disso, dois irmãos de Calígula também sofreram com a perseguição do tio.

Já em 37, Tibério morre e Calígula assume o trono como imperador. A nomeação vem do povo, além do Senado. O exército, de certa forma, havia ficado entusiasmado com o novo imperador, já que mantinham consideração e admiração pela figura de seu pai.

A vida como imperador

Após a nomeação como imperador, tudo corria bem. As obrigações como líder do povo romano era feita com maestria por Calígula. Ele era visto como exemplo por respeitar o Senado, além de criar formas para que a Assembleia popular funcionasse nas decisões políticas.

Entretanto, tudo mudou quando o imperador foi acometido por uma enfermidade sem explicação. Calígula sofreu ferimentos, mas se recuperou de maneira rápida. Porém, logo após o acontecido, as atitudes do imperador começaram a mudar.

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Caligae romana, tipo de sandália utilizada por Calígula.

Sem explicação, Calígula começou a agir com desequilíbrio mental. Ou seja, mandava exiliar pessoas que estavam ao seu redor e, em alguns casos, ordenava a morte sem motivos aparentes.

Dentre os mortos estava seu primo, Tibério Gêmelo, condenado por – segundo o imperador – ter feito preces para que Calígula não melhorasse. Alguns acreditam que o imperador tenha envenenado até a própria avó, que morreu logo após o neto Tibério.

Calígula, certamente, estava enlouquecido. Dentre os atos injustificáveis, estava o aumento dos impostos e a morte de romanos mais ricos. A atitude servia para arrecadar mais dinheiro para suas extravagâncias.

Além disso, no ápice da insanidade mental, Calígula se declarou uma divindade. Acreditava, veemente, que era um Deus e, por conta disso, mandou construir estátuas com sua imagem por todo o império, principalmente em templos.

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Tricurioso

Um dos atos mais excêntricos do imperador estava relacionado com seu cavalo, chamado Incitado. O cavalo recebeu de seu nome nada mais que uma de suas casas, com uma grande tenda de mármore e manjedoura de marfim. Com isso, Calígula queria transformar o animal em cônsul, cargo mais elevado na política romana. 

Morte de Calígula

Por conta das extravagâncias e dos atos cruéis, os romanos começaram a se revoltar contra o imperador. Apesar das conquistas como líder romano, as conspirações contra Calígula não puderam ser evitadas. Assim, os oficiais do exército iniciaram ações contra o imperador.

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El País

No comando do exército estava Cássio Quereia, integrante da Guarda Pretoriana. O plano consistia em capturar Calígula e registrar o desaparecimento do imperador. Assim, durante as comemorações dos Jogos Palatinos, a missão foi cumprida. No dia 24 de janeiro de 41, foi morto com 30 golpes de faca.

Apesar do ódio dos romanos contra as extravagâncias do imperador, sua morte causou ainda mais revolta. Em seguida, Cláudio – tio de Calígula – foi nomeado como sucessor do trono. Por fim, mandou matar Cássio e todas as pessoas que participaram da morte de seu sobrinho.

O que achou da matéria? Se gostou, confira também quem foi Cleópatra e Júlio César.

Fontes: Ebiografia, Mega Curioso, Aventuras na História e Aventuras na História 

Imagens: Tricurioso, Mistérios históricos da humanidade, Brewminate e El País.

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