Manuel Antônio Álvares de Azevedo, conhecido na literatura como Álvares de Azevedo, nasceu no dia 12 de setembro de 1831, em São Paulo.
De com sua biografia, Azevedo teria nascido na sala da biblioteca da Faculdade de Direito de São Paulo. Entretanto, há outra história de que ele nasceu na casa do seu avô materno.
Álvares de Azevedo era filho do Doutor Inácio Manuel Álvares de Azevedo e de Maria Luísa Mota Azevedo, que vinham de famílias ilustres.
Dois anos após o seu nascimento, sua família se mudou para o Rio de Janeiro, local em que ele viveu sua infância. Um trágico acontecimento marcou sua infância, em 1836, onde Álvares perdeu o seu irmão mais novo.
Uma de suas características era ser um aluno exemplar na escola. De antemão, sua trilha nos estudos iniciou-se no Colégio Stoll e depois, em 1844, voltou para São Paulo com o seu tio, porém não ficou por muito tempo.
Após retornar para o Rio de Janeiro, Álvares de Azevedo ingressou no internato do Colégio Pedro II.
Vida Acadêmica
Posteriormente, em 1848, com apenas 17 anos, Álvares de Azevedo retornou para São Paulo para começar o curso de Direito na Faculdade de São Paulo. Com isso, ele conheceu vários escritores românticos e o começo de sua vida literária como escritor e poeta teve início.
Dessa forma, o novo poeta se destacou tanto nos estudos quanto em suas escritas. Ele gostava muito de ler e acompanhava livros de grandes autores, como Shakespeare. Bem como, foi o fundador da Revista Mensal da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano.
Durante o seu período na faculdade, Álvares de Azevedo fez várias amizades. Entre elas as duas mais especiais, próximas e marcantes: Bernardo Guimarães e Aureliano Lessa. O trio tinha uma república de estudantes que era conhecida como Chácara dos Ingleses.
Além disso, tinham planos de lançar uma obra literária em conjunto, mas os planos foram destruídos com a morte de Álvares. Ao passo que, o poeta não finalizou sua graduação pelo mesmo motivo.
Morte de Álvares de Azevedo
A princípio, o poeta morreu muito jovem, com apenas 20 anos. Ele caiu de um cavalo e sofreu um acidente, em 1852, quando foi para o Rio de Janeiro de férias visitar sua família. Como resultado, a pancada causou um abcesso na fossa ilíaca, que se transformou em tumor. Com isso, ele adoeceu com o quadro de tuberculose pulmonar.
Por fim, no dia 25 de abril de 1852, Álvares de Azevedo não resistiu à sua condição de saúde e faleceu. Uma grande ironia é que, um mês antes de sua trágica morte, ele escreveu uma poesia chamada “Se Eu Morresse Amanhã”. Logo, ela foi lida no seu enterro em sua homenagem.
Apesar do seu fim repentino, ele deixou um grande legado com várias obras literárias e poemas. Entretanto, todas só foram publicadas após sua morte.
Principais obras
Em síntese, Álvares de Azevedo fez parte da Segunda geração do Romantismo no Brasil, que também pode ser chamada de Ultra Romantismo. Em outras palavras, ele foi um dos autores que abandonaram os temas nacionalistas (bem característicos da primeira geração romântica) e partiram para um lado mais melancólico.
Por isso, ficou conhecido como o poeta da dúvida, pois em seus poemas abordava muitos assuntos pessoais, de saudade da sua família, da sua vida tediosa e pacata, assuntos de morte e frustações amorosas. Além disso, nos seus versos a figura da mulher era vista como inacessível.
Nesse sentido, o poeta, que demostrou ser bem dramático com base em suas obras, foi escolhido por Coelho Neto para ocupar a Cadeira nº2 da academia Brasileira de Letras.
Como dito anteriormente, as obras de Álvares de Azevedo só foram publicadas após sua morte. Logo, como Álvares enquanto em vida estava com projetos de publicar uma obra com seus amigos também escritores, a única obra que estava preparada para ser publicada após sua morte era A lira dos Vintes Anos, que deveria se incluir no projeto “As três liras”.
Entre suas obras podemos citar:
- Macário, obra dramática, (1850)
- Lira dos Vinte Anos, poesia (1853)
- A Noite na Taverna, prosa (1855)
- O Conde Lopo, poesia (1866)
Além de vários poemas, como:
- A Lagartixa
- Adeus, Meus Sonhos
- Ai, Jesus!
- Amor
- Anjinho
- Anjos do Céu
- Anjos do Mar
- Canção da Sexta (LXI)
- Cantiga
- Canto Primeiro
Por fim, ele deixou livros, diversas poesias, artigos e 69 cartas.
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Fontes: Ebiografia, Academia.Org e Toda Matéria
Imagens: Aventuras na História, Biografia Resumida e Magazine Luiza