A Aliança Liberal foi uma campanha de oposição ao cargo de Presidente do Brasil em 1930. Em outras palavras, grupos políticos se juntaram contra a escolha de Washington – o presidente em exercício na época – que havia cogitado a candidatura de Júlio prestes. Basicamente, essa é a definição inicial, mas vamos por partes.
Antes de mais nada, os políticos de São Paulo e Minas Gerais tinham total controle político no país. Sendo assim, buscavam manter a sucessão da cadeira presidencial, alternando entre eles, garantindo o poder nas mãos das elites.
Foi então, que esse acordo político foi chamado de café com leite, já que os paulistas e mineiros tinham esses produtos como principais economias. Sendo assim, o acordo durou por mais de 30 anos, com seis mandatos de presidentes paulistas, seguidos de três presidentes mineiros.
Aliança Liberal
Também conhecida como Revolução de 1930, a Aliança Liberal acabou com a República Velha e os acordos políticos entre as oligarquias regionais do Brasil. Estes, colocavam os interesses pessoais acima das necessidades do Estado e da nação.
Dessa forma, a Aliança Liberal foi lançada como oposição à situação política da época, onde Getúlio Vargas era o candidato cotado para assumir a presidência do país.
Além disso, Vargas tinha o apoio de João Pessoa que, juntos, formaram a aliança que unia os estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Nesse sentido, a Aliança Liberal foi formada da seguinte maneira:
- Partido Libertador (PL), do Rio Grande do Sul;
- Partido Republicano Rio-Grandense (PRR);
- Frente Única Gaúcha (FUG).
Aliança Liberal e o fim da política café com leite
Como citado anteriormente, Washington Luís deveria passar o cargo de presidente do Brasil para um mineiro. No entanto, ele lançou o paulista Júlio Prestes, quebrando o acordo da política café com leite.
Imediatamente, Minas Gerais se uniu com outros estados que estavam fora do poder por causa do acordo. Ao passo que, a Aliança Liberal (AL) se formou com políticos do Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraíba e Rio de Janeiro.
De antemão, já lançaram Getúlio Vargas (Rio Grande do Sul) para presidente e João Pessoa (Paraíba) para vice-presidente nas eleições de 1930.
Apesar de tudo, a Aliança Liberal não conseguiu superar as manobras políticas dos paulistas. Washington Luís mobilizou todas as forças para que Julio Prestes fosse eleito.
Com apoio de outros políticos, coerções e fraudes nas urnas – Julio Prestes foi eleito com 1.091.709 votos contra 742.794 de Vargas. Digamos que, uma derrota humilhante para os novatos.
A revolução de 1930
Nesse meio tempo, o resultado fraudulento deixou os políticos da Aliança Liberal muito irados. Logo, decidiram por uma revolução.
Posteriormente, buscaram ajuda de militares e encontraram os oficias de baixa patente, os tenentes. Estes tinham experiência no campo político, consequentemente, atrairiam adesão popular.
Todavia, o que tornou a revolução mais poderosa foi o assassinato de João Pessoa, em 26 de julho de 1930, em uma confeitaria de Recife.
João Pessoa era candidato a vice de Vargas, porém sua morte foi por motivações pessoais. João Duarte Dantas foi quem o matou com a justificativa de que Pessoa teria ordenado uma invasão em seu escritório, e depois havia divulgado suas cartas íntimas por toda a Paraíba.
Seja como for, o assassinato era o que a Aliança Liberal precisava para turbinar a revolução. As ações militares se espalharam por todo o território brasileiro, simultaneamente.
Logo depois, a cadeira da presidência foi tirada de Washington Luís, antes que Julio Prestes pudesse tomar posse. Getúlio Vargas se tornou o presidente, iniciando o governo provisório.
Fontes: Infoescola, Brasil Escola, Docsity, Sul 21
Imagens: Poder 360, Assembleia Legislativa de SP, Fundação Getúlio Vargas
Imagem destacada: Histérica História