Primeiramente, na língua portuguesa, os verbos no infinitivo funcionam como nomes. Geralmente, um verbo é usado para exprimir ações, estados, mudança de estados e fenômenos meteorológicos, sempre em relação a um determinado tempo.
Dessa forma, em algumas situações, os verbos também funcionam como nomes, sem exprimir tempo ou modo verbal. É o caso dos verbos no infinitivo, que se apresentam desta maneira nominal, assim como os verbos no gerúndio e os verbos no particípio.
Definição
Como dito anteriormente, os verbos no infinitivo funcionam como nomes. Juntamente com o gerúndio e o particípio, derivam do tema (radical + vogal temática) acrescido das desinências -r, -do e -ndo, respectivamente:
- -r para o infinitivo: brigar, sofrer, sorrir;
- -do para o particípio: brigado, sofrido, sorrido;
- -ndo para o gerúndio: brigando, sofrendo, sorrindo.
Antes de mais nada, o infinitivo funciona transmitindo ideia de ação ou estado e desempenha, entretanto, função sintática semelhante à de um substantivo. Dessa forma, o infinitivo do verbo não dá indicações temporais, deixando esse papel para o verbo da preposição principal.
Todavia, os verbos no infinitivo também seguem classificações e são divididos em dois tipos com diferentes características: o infinitivo pessoal e o infinitivo impessoal.
Verbos no infinitivo pessoal
De acordo com a gramática, o infinitivo pessoal se refere à pessoa e é conhecido como infinitivo flexionado. Sob o mesmo ponto de vista, estudos reconhecem o verbo flexionado de tal maneira como um vício ou anomalia de linguagem.
Todavia, é usado quando há um sujeito já definido, quando o sujeito for diferente daquele da oração principal, quando se quer indeterminar o sujeito e quando apresentar reciprocidade ou flexibilidade de ação:
1.O sujeito da oração já está definido – Eu pedi para você contar a história.
2.O sujeito é diferente do sujeito na oração principal – A mãe pediu para os filhos fazerem silêncio.
3.O sujeito é indeterminado – Estou limpando a casa para não me chamarem de preguiçoso.
4.Quando a ação é recíproca – Fizemos os adversários cumprimentarem-se com gentileza.
Por outro lado, os verbos no infinitivo pessoal também podem ser compostos. Portanto, neste caso ele indica uma ação já concluída e é formado pelo infinitivo pessoal dos verbos ter e haver com o particípio do verbo principal como complemento.
Todavia, a conjugação destes verbos é geralmente feita da maneira a seguir:
(Eu) ter + particípio do verbo principal
(Tu) teres + particípio do verbo principal
(Ele) ter + particípio do verbo principal
(Nós) termos + particípio do verbo principal
(Vós) terdes + particípio do verbo principal
(Eles) terem + particípio do verbo principal
Exemplos:
Eu gostei de ter participado no projeto.
Eles gostaram de ter participado no projeto.
Verbos no infinitivo impessoal
Acima de tudo, neste caso dos verbos no infinitivo pessoal, em específico, a pessoa não é indicada na oração e o verbo se apresenta sem flexão, sendo chamado também de infinitivo não flexionado.
Todavia, ele é usado em locuções verbais e com alguns verbos que não formam locução verbal. Assim também se apresentam em situações gramaticais em que o verbo é regido por uma preposição, quando não há sujeito definido e quando o sentido é imperativo.
Nesse sentido, apresentamos alguns exemplos:
1.Com locuções verbais – Foi difícil porque eles precisaram perder muito peso.
2.Sem locuções verbais – Vi-os ganhar a corrida.
3.Verbos regidos por uma preposição – Elas gostaram de assistir todos os filmes da trilogia.
4.Sem sujeito definido – Fazer exercícios todos os dias é fundamental.
5.No imperativo – Fazer silêncio!
Em outras palavras, o infinitivo impessoal composto indica algo já concluído, que passou. Todavia, ele é formado pelo infinitivo impessoal do verbo ter ou haver, mais o particípio do verbo principal da oração.
Exemplos:
Eu gostei de ter lido obras de literatura.
Nós gostamos de ter lido obras de literatura.
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Fontes: Mundo Vestibular, Conjugação, Univali, Mundo Educação
Imagens: Social Bauru, Slide Serve, Slide Share