O Toyotismo é um modelo de organização direcionado à produção de mercadorias. Sua intenção é melhorar a indústria japonesa, posto que ela foi arrasada após o término da Segunda Guerra Mundial.
Visava à flexibilização na fabricação de produtos e foi aplicado na fabricação dos automóveis da Toyota, tendo herdado o nome. Esse sistema substituiu o Fordismo como o modelo industrial. O Toyotismo se firmou mesmo na década de 1960, já que a partir daí se espalhou por empresas no mundo todo.
O sucesso no crescimento japonês se deve em grande parte às novas técnicas de produção. Além disso, houve um maciço investimento em alta tecnologia, o que atraiu mais consumidores.
Contexto Histórico
O Japão saiu da Segunda Guerra Mundial em sérias dificuldades, posto que seu parque industrial estava destruído. Era preciso desenvolver um modelo de produção que recuperasse suas indústrias. O lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki havia abalado profundamente o povo japonês e era preciso levantar seu moral.
O Toyotismo foi criado pelos engenheiros Taiichi Ohno, Shingeo Shingo e Eiji Toyoda, entre os anos de 1948 e 1975. Foi aplicado nas fábricas de montagem dos automóveis Toyota, porquanto daí herdou o nome.
O mercado japonês no pós-guerra restou diminuído, uma vez que o país não tinha capital para importar matéria-prima. Por isso a necessidade urgente era conseguir fabricar com o menor custo possível.
Quais são as características do Toyotismo?
Como o dinheiro era pouco, a matéria prima cara e o espaço reduzido, precisavam evitar desperdícios. Foi então que Taiichi Ohno notou que seria saudável primeiro ter a encomenda, para então fabricar o carro. Com isso não se arriscariam com prejuízos, posto que só gastariam com a certeza de lucro, além de economizar com as despesas.
As fábricas de Eiji Toyoda assim logo produziram mais, uma vez que não estocavam matéria-prima ou mercadoria. O lucro veio da quase eliminação do desperdício, além de redução no tempo de espera e da melhoria no transporte. Mas a afinação entre o fornecimento de matéria prima, a fabricação, a venda e a rapidez na entrega fizeram a diferença.
Outro pondo que pesou no sucesso do empreendimento foi o investimento em tecnologia. Esse, inclusive, pode ser considerado o diferencial japonês. Investindo em pesquisa tecnológica, houve a melhoria na comunicação e no transporte, o que resultou na maior rapidez de entrega das mercadorias.
Com flexibilização da produção de automóveis, a Toyota se tornou a maior montadora do mundo. Aplicando o Sistema do Toyotismo em todas a suas frentes de produção, o Japão se tornou uma das primeiras economias mundiais. Hoje ele é um país rico, organizado, com tecnologia de ponta em vários produtos exportados mundialmente.
As técnicas aplicadas que deram certo
O sucesso do Toyotismo está associado a várias decisões acertadas. Uma delas foi o emprego da mão de obra multifuncional e devidamente qualificada. Os trabalhadores têm pleno conhecimento de todo o processo de produção e assim podem se qualificar. A produção das mercadorias deve se dar conforme a demanda, já que assim se evita excedentes.
Outra questão importante é ficar de olho em todas as etapas da fabricação de produtos, para assim acompanhar e controlar o trabalho. Com esse controle conseguiram implantar uma excelência em todas as fases da produção.
Também é essencial não se desperdiçar tempo, por isso se aplica o Sistema Just in Time. Isso significa que se deve produzir apenas o que é necessário, no tempo adequado e com a qualidade máxima. Por fim, a pesquisa de mercado busca descobrir o interesse dos compradores, já que assim podem melhorar os produtos e adequá-los ao mercado.
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Fonte: Sua Pesquisa, Significados, Mundo Educação, Toda Matéria, Info Escola, Novida, Stoodi, Pericciar, Brasil Escola, Wikipédia.
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