A República Velha, ou Primeira República, durou de 1889 até 1930. Iniciou-se em 15 de Novembro, com o Golpe de Estado do Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892) e terminou com a Revolução de 1930, liderada por Getúlio Varga (1882-1954), que inicia um novo período político.
A República Velha é dividida em duas fases: República da Espada (1889 – 1894) e República Oligárquica (1894 – 1930).
República velha: A República da Espada
O nome República da Espada se deve ao fato do governo ser uma junta militar, composta por Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Essa é considerada nossa primeira ditadura militar.
Depois da Proclamação da República (1889), a família real foi expulsa e desmontaram-se as velhas estruturas políticas, como as Assembleias Provinciais e Câmaras Municipais. Também as províncias passaram a se chamar Estados e foram designados governadores para administrá-la.
O marechal Deodoro da Fonseca foi eleito de forma indireta e deveria passar o cargo a quem fosse democraticamente eleito. Mas não fez isso e se tornou o primeiro presidente do Brasil. Autoritário, truculento e sem capacidade administrativa, fez a nova nação mergulhar em tempos sombrios.
Deodoro tomou as seguintes medidas:
- instaurou a separação entre Estado e Igreja;
- convocou uma Assembleia Constituinte;
- implantou a desastrosa política econômica conhecida como encilhamento;
Ele conseguiu agravar de tal maneira a situação política do Brasil, que foi forçado pela Marinha a renunciar. Assumiu então seu vice, o também marechal Floriano Peixoto, que governou até 1894. Esse governo enfrentou dois conflitos: a Revolta Armada e a Revolta Federalista, o que lhe rendeu o título de Marechal de Ferro.
Mas Floriano era popular entre a classe mais baixas, pois tomou medidas que a favoreceu. Abaixou os preços dos imóveis, estatizou a moeda e estimulou o crescimento da indústria.
Por tudo isso se considera que foi Floriano Peixoto quem consolidou a República. Ele tinha ao seu lado os grandes fazendeiros paulistas e mineiros e por isso organizou o processo eleitoral do qual saiu vitorioso Prudente de Morais, cafeicultor paulista. Era o fim do período da República da Espada.
República velha: República Oligárquica
Café-com-leite foi uma política de sucessão presidencial que deu sustentáculo a esse período. Nesse acordo, dois Estados ditavam a ocupação da presidência. Enquanto São Paulo e sua agricultura cafeeira ocupava a presidência em um mandato, no próximo seria a vez de Minas Gerais, que representava a economia do gado leiteiro.
Minas Gerais e São Paulo eram dois importantes polos econômicos do Brasil e por isso criavam as lideranças nacionais. Eles controlavam a economia brasileira. Obviamente que os demais Estados concordavam com essa dinâmica política e econômica.
A base da política café-com-leite tinha o nome de coronelismo. Na época, os coronéis, que eram grandes latifundiários, podiam formar milícias em suas fazendas e combater qualquer levante popular. O voto não era secreto e os que podiam votar não ousavam contrariar a vontade dos coronéis. Essa prática ficou conhecida como “voto de cabresto”.
Os coronéis, obviamente, optavam por candidatos da política café-com-leite, que protegiam os negócios dos latifundiários e lhes davam regalias como cargos públicos e financiamentos.
Entre os motivos do fim da República Oligárquica, podemos citar o fortalecimento dos centros urbanos, a queda do preço do café brasileiro gerada pela quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e a insatisfação de empresários ligados à indústria, que viam o governo não dar a devida atenção para a atividade industrial.
A República Oligárquica se findou com a Revolução de 1930, marcando o início da Era Vargas.
Não é interessante ler sobre esse passado político do Brasil? Então certamente que você gostará de conhecer como foi a Era Vargas.
Fonte: Info Escola, História do Mundo, Toda Matéria, Brasil Escola, Politize!