Chamam-se Quinhentismo as primeiras manifestações literárias ocorridas no Brasil. Elas podiam ser tanto a literatura de informação, que são os relatos, quanto a literatura de catequese.
Nos textos estão diversos fatos importantes da história brasileira, como a descrição da fauna e da flora. É através dos relatos que podemos saber hoje quem eram os nativos e como eles se comportavam.
Também merece menção a literatura produzida pelos jesuítas, que desejavam catequizar os índios. Quando os religiosos vieram para o Brasil, tinha a missão de converter ao catolicismo os pagãos. Só que, com o tempo, assumiram também o papel de defensores dos índios, indo contra o explorador português.
Contexto Histórico
O Quinhentismo começou com a chegada da esquadra de Cabral ao Brasil, em 1500, quando começaram os relatos. Nos navios havia sempre um escrivão, que relatava os fatos de maior relevância.
É a chamada literatura de informação, que foi feita pelos navegadores na primeira metade do século XVI. Esse era o tempo do Descobrimento do Brasil, bem como das Grandes Navegações. Mas ocorreu também a literatura de catequese, que foi criada pelos jesuítas no intuito de catequizar o indígena.
Dessa forma, do Quinhentismo fizeram parte a literatura de informação e a literatura de catequese. Seu nome vem da data do descobrimento do Brasil, que foi em 1500.
Os relatos de viagem desse tempo tinham o caráter de informação e descrição. Ali se vê a descrição pormenorizada da fauna, flora e também dos nativos encontrados.
O Quinhentismo
Alguns cronistas se destacaram durante o Quinhentismo, a saber: Pero Vaz de Caminha e Padre José de Anchieta. Podemos citar igualmente Pero Magalhães Gândavo e Padre Manuel da Nóbrega.
O período foi marcado por algumas especificações, como o fato de se tratarem de crônicas de viagens. Mas deve ser destacado também que eram relatos que informavam e descreviam as descobertas.
No caso da literatura de catequese, havia o cunho espiritual utilizado para converter o nativo pagão ao cristianismo. De qualquer forma, o texto é marcado pela simplicidade e pelo exagero no emprego dos adjetivos.
Quem participou e o que escreveu
Os navegantes e religiosos que decidiram relatar sobre a época deixaram suas impressões sobre o que viram e viveram. Ao fazerem isso ele deram ao distante europeu uma noção do que se passava no Novo Mundo.
Quem mais se destacou, obviamente, foi Pero Vaz de Caminha (1450-1500), escrivão da esquadra de Cabral. Ele enviou seus relatos da descoberta ao rei Dom Manuel, através da Carta de Achamento do Brasil.
Também merece menção José de Anchieta (1534-1597), que usava sua literatura para catequizar os índios. Ele teve papel de destaque na devesa dos nativos contra a violência dos colonizadores. Foi ele que escreveu a primeira gramática indígena denominada Língua Geral. Também compunha poemas na areia.
Pero de Magalhães Gândavo (1540-1580) foi um cronista diferente, posto que descrevia a fauna, a flora e os nativos. Ele também fez um importante relato sobre como se deu a descoberta do Brasil no livro O Tratado da Terra do Brasil (1576).
Por fim, o Padre Manuel da Nóbrega (1517-1570) escreveu obras valiosas que, como José de Anchieta, visavam a catequização indígena. Esteve presente tanto na fundação de Salvador quanto no Rio de janeiro.
Se você curtir ler sobre o Quinhentismo, então leia também sobre o Período pré-colonial brasileiro e a comercialização do pau-brasil.
Fonte: Só Literatura, Toda Matéria, Wikipédia, Brasil Escola, Info Escola, Significados, Guia do Estudante, Todo Estudo, Gestão Educacional, Mundo Educação, Grupo Escolar.
Fonte das imagens: G1, Beira, Sol, Santos e Beatos.