Pororoca consiste no encontro das águas do rio com as águas do mar. Essa palavra é vinda do Tupi, e significa estrondo. Isto acontece naturalmente e está, diretamente, relacionada as fases da lua. A princípio, no Brasil, a pororoca pode ser encontrada na região amazônica.
Além da peculiaridade desse encontro, existe a formação de ondas de água doce, que atraem turistas do mundo inteiro. Apesar de parecer eterno, esse fenômeno da natureza tem sido brutalmente prejudicada pelo homem.
Características da pororoca
A pororoca provoca ondas altíssimas, e pode chegar, sobretudo, acima de 4 metros. Não é só isso, com duração de 1 hora de onda, podendo avançar rio adentro por 50 km, o fenômeno pode provocar algumas ações violentas no solo.
As erosões são características das proximidades, onde ocorrem as ondas. É muito perigoso morar nessas regiões, porque podem sofrer alagamento facilmente, colocando em risco a vida das pessoas. Isso acontece, por fim, devido ao alargamento dos leitos dos rios.
Outra característica assustadora é o som que o encontro das águas provoca. É possível prever antecipadamente, graças ao barulho estrondoso que é feito. Em média, a previsão pode ser feita 2 horas antes de acontecer, mas, quando acontece, se prepara que lá vem onda.
As fases da lua influenciam na acontecimento, principalmente na lua nova e na lua cheia. A gravidade está relacionada ao processo e, ao contrário do rio, o mar fica alto e a região de água doce desce, ficando rasa. A inversão, portanto, permite que a água do mar avance.
Por último, com a invasão da água do mar no rio, o fenômeno se inverte, fazendo com que a água doce invada o mar. A pororoca fica mais forte nos meses de setembro e março, porque há o alinhamento da lua, do sol e da terra, o que incide diretamente na gravidade.
Ocorrência da pororoca
Este encontro pode acontecer em vários lugares do mundo, como na França, Inglaterra, Bangladesh, China e Brasil. O fator básico do local, para se enquadrar como pororoca, é que deve haver, sobretudo, marés altas. Além disso, deve fazer divisa com algum rio de água doce.
Na França, por exemplo, acontece no Rio Sena, Gironda e Charante. Já no Brasil, o Rio Amazonas – o mais famoso no país – é o local mais favorável para o acontecimento. Há outros lugares em terras tupiniquins que também acontece o fenômeno, como na Ilha de Marajó, no Pará.
Surf radical
Claro que os surfistas não deixariam de lado uma oportunidade como a da pororoca. Várias competições são feitas, principalmente no mês de março. Já tivemos, sobretudo, um recordista chamado Serginho Laus. Este aventureiro conseguiu realizar quase o impossível.
Afim de superar as marcas já feitas, ele surfou cerca de 10km de onda, em água doce, durante o tempo de 33 minutos. É muito equilíbrio sustentando por tanto tempo.
Existem riscos ao se submeter a esse tipo de esporte. As águas do rio são ambientes desconhecidos, onde habitam animais selvagens que podem acabar deixando os surfistas em perigo. Jacarés, peixes carnívoros, cobras e, até mesmo, doenças são possíveis nesse meio.
Mas, para a infelicidade dos esportistas brasileiros, as pororocas estão ameaçadas devido as construções de hidrelétricas e pela criação de animais nas margens dos rios. O Amapá já sofreu com essa extinção das pororocas e se continuarmos nesse ritmo de degradação, não será a única afetada.
Enfim, leia sobre a Bacia Amazônica: conheça as riquezas naturais da maior bacia hidrográfica do mundo
Fonte: Estudo prático, Mundo educação, Brasil escola, Mar sem fim. G1, Hypescience, Portal São Francisco,
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