Em síntese, podemos dizer que a Independência do Brasil começou com a vinda da Corte Portuguesa (1808).
Isso porque, D. João implantou muitas medidas importantes: a abertura dos portos às nações amigas, a reestruturação urbana do Rio de Janeiro, a criação da Academia Militar, da Imprensa Régia e do Banco do Brasil, por exemplo.
Ou seja, tudo isso melhorou a aparência do Brasil e começou o processo de independência.
A vinda da Família Imperial e a independência do Brasil
O fato de a Família Imperial ter fugido para o Brasil, estratégia para escapar de Napoleão Bonaparte, deixou os portugueses com sensação de abandono.
Sendo assim, as notícias das melhorias no Brasil atravessaram o oceano e preocuparam Portugal. Até que em 1820 se iniciou a Revolução Liberal do Porto, movimento da burguesia que tencionava voltar o Brasil à condição de colônia.
Para isso, obrigaram D. João a voltar a Portugal e a jurar lealdade à Constituição por eles elaborada. D. João deixou seu filho, D. Pedro I, como Regente. A independência brasileira já era algo inevitável.
Dessa forma, Pedro I adotou medidas que favoreciam o Brasil, e uma das mais populares delas foi a diminuição dos impostos cobrados pelos portugueses. Ele também convocou uma Assembleia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra e obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino.
O Dia do Fico e o grito às margens do Ipiranga
Essas medidas desagradaram a corte lusitana, que ordenou que o príncipe retornasse a Portugal. Com isso, ocorreu que a elite brasileira não queria perder aquilo que havia conseguido com a vinda da Corte. Os brasileiros defensores da independência organizaram um grande abaixo-assinado e pediam a permanência de D. Pedro.
Assim, em 9 de janeiro de 1822, o príncipe proclamou: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico.” Este dia ficou conhecido como o Dia do Fico, um capítulo essencial para a independência do Brasil.
Posteriormente, D. Pedro assinou uma medida que deixou sua relação com Portugal insustentável: nenhuma ordem vinda dos lusitanos seria cumprida sem sua aprovação.
Em seguida, o príncipe fez uma viagem a Minas Gerais e a São Paulo para acalmar a sociedade, pois havia temores de uma desestabilização social no país.
Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal, que anulava a Assembleia Constituinte e exigia a volta imediata dele para a metrópole.
Essa carta chegou a D. Pedro quando ele estava perto no Riacho Ipiranga. Ele então levantou a espada e gritou: “Independência ou Morte!”.
Esse episódio histórico ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi proclamado imperador do Brasil.
O que aconteceu depois da Independência?
Os primeiros países a reconhecerem independência do Brasil foram os Estados Unidos e o México. Logo, Portugal exigiu o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência de sua ex-colônia.
Dessa forma, sem este dinheiro, D. Pedro recorreu a um empréstimo da Inglaterra. Foi o início da história de nossa dívida externa.
Embora quase que a totalidade do Brasil tivesse comemorado, algumas províncias do nordeste se revoltaram. As manifestações eram arquitetadas por portugueses insatisfeitos com a ruptura com Portugal. Então militares brasileiros combateram os revoltosos, foram as chamadas “As Guerras de Independência do Brasil”.
Legal essa parte da história brasileira, não é?! Então não deixe de conhecer um pouco mais do nosso país lendo sobre seu relevo.
Fonte: Sua Pesquisa, Brasil Escola, Toda Matéria, Mundo Educação.