O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma unidade de medida que mede o grau de desenvolvimento de certa sociedade.
Para isso, ele leva em conta quesitos como saúde, renda e educação. Sendo que esse indicador foi criado pelo paquistanês Mahbub Ul Haq e pelo indiano Amartya Sem.
O uso de variáveis como saúde, educação e renda possibilita a comparação entre quase todos os países do mundo.
Além disso, ele serve como referência para mensurar a resposta de certo país em relação à saúde, educação e renda.
Na prática, o IDH varia de 0 a 1. Quanto mais perto de 0, menor é o indicador para os quesitos de saúde, educação e renda. Por outro lado, quanto mais próximo de 1, melhores são as condições nesses quesitos.
Uma curiosidade é que no mundo nenhum país tem o IDH igual a zero ou igual a um.
Quais são os critérios considerados pelo IDH?
O IDH mede o grau de desenvolvimento de certa sociedade. Desse modo, os quesitos levados em conta no IDH são:
2- Educação
Em educação é levado em consideração o nível de conhecimento da população. Ou seja, este quesito foca no grau de instrução da população.
Portanto, são analisados dados como: taxas de alfabetização e escolarização, média esperada para uma criança em idade escolar.
Leva-se em conta ainda, aspectos como taxas de evasão escolar e repetência. Além disso, é levado em conta o oferecimento de vagas para as crianças aptas a serem matriculadas.
1- Saúde
Neste critério é levado em conta a qualidade de vida. Esse é um critério muito importante, pois é essencial saber como está o acesso da população à vacinas, medicamentos e afins.
Além disso, no quesito saúde também são levados em conta aspectos como: taxa de natalidade, índices de violência e mortalidade infantil. Isso porque, esses aspectos se relacionam com o bem estar das pessoas.
3- Renda
Por fim, no quesito renda, leva-se em conta a qualidade de vida de acordo com o Produto Interno Bruto per capita (PIB per capita).
Em resumo, o PIB per capita está relacionado com o total de bens e serviços produzidos durante um ano pelo país, dividido pelo número de habitantes.
Na prática, ele indica o que cada pessoa produziu. Logo, ele serve para indicar o padrão de vida de cada habitante.
Cálculo do IDH
O cálculo do IDH leva em conta os quesitos de: saúde, educação e renda. Dessa forma, ele é uma média desses três critérios.
Sendo que os três quesitos têm o mesmo peso. Contudo, para atingir o resultado final, é preciso calcular um índice de cada vez.
Para você entender melhor, vamos usar um exemplo. Para chegar à média de expectativa de vida, que se refere ao critério saúde, estima-se um valor máximo e um valor mínimo (85 anos e 20 anos).
Dessa forma, determina-se qual é a expectativa de vida real do lugar. Suponhamos que seja 74 anos. O cálculo é assim:
74 – 20 dividido por 85 – 20 = 0,830
A mesma lógica serve para os outros critérios. Ou seja, sempre é estimado um máximo e um mínimo para chegar à média.
Por fim, com os três resultados médios, temos a média final entre os três para chegar ao valor do IDH.
O IDH varia de 0 a 1. Quanto mais perto de 0, menor é o indicador para os quesitos de saúde, educação e renda.
Por outro lado, quanto mais próximo de 1, melhores são as condições nesses quesitos.
Portanto, o IDH pode ser classificado em 4 categorias, de acordo com o número obtido. Enfim, essas quatro categorias são:
-
Baixo desenvolvimento
-
Médio desenvolvimento
-
Alto desenvolvimento
-
Muito alto desenvolvimento
Limitações e críticas ao IDH
O índice de desenvolvimento humano (IDH) tem algumas limitações. Como você já sabe, ele leva em conta os quesitos de saúde, educação e renda.
A questão é que o IDH muitas vezes não condiz com a realidade das pessoas.
Isso, principalmente, em relação à qualidade da saúde e educação. Além disso, tem a questão da desigualdade na distribuição de renda entre as pessoas.
Existe ainda a questão da relação entre os fatores.
Por exemplo, uma sociedade que passa mais tempo na escola e que tem uma expectativa de vida alta, tende a ser melhor do que as sociedades com baixo nível de escolaridade e menor expectativa de vida.
No entanto, isso não representa, necessariamente, condições para o desenvolvimento humano, como o índice espera mensurar.
Enfim, o IDH é alvo de muitas críticas por várias razões. Um dos motivos de crítica, é que ele não inclui nenhum fator de ordem ecológica. Sendo que ele foca apenas no âmbito nacional e não global.
Origem
A origem do IDH remete ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e ao Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH).
Sendo que eles foram criados pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq, em 1990. Em resumo, o intuito era focar nas políticas centradas nas pessoas, ao invés de focar apenas na economia.
Na produção dos RDHs, Mahbub ul Haq reuniu nomes como: Paul Streeten, Frances Stewart, Gustav Ranis, Keith Griffin, Sudhir Anand e Meghnad Desai.
Contudo, foi o trabalho de Amartya Sen sobre capacidades e funcionamentos, que proporcionou o quadro conceptual subjacente.
Isso porque, Haq tinha certeza de que uma medida simples, formada pelo desenvolvimento humano, seria necessária para convencer a opinião pública, a avaliar o desenvolvimento não só pelos avanços econômicos, mas também pelas melhorias no bem-estar humano.
No começo, Sen foi contra essa ideia, mas ele passou a ajudar a desenvolver, junto com Haq, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
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Fontes: Brasil escola e Mundo educação.