O grito é uma obra expressionista pintada por Edvard Munch, em 1893. As cores e distorções expressas na pintura são características do movimento artístico da época. Como pode-se notar, sobretudo na feição da personagem central do quadro, os sentimentos ressaltados eram todos relacionados a angustia.
O pintor norueguês soube trazer bem toda a violência que vivia a sociedade, dentro do contexto histórico. Essa obra está fixa na Galeria Nacional de Oslo, como patrimônio importante da história artística da Noruega – como também para toda a humanidade.
Quem foi Edvard Munch
Em 1963, no dia 12 de dezembro, nascia, portanto, Edvard Munch. Loten, cidade da Noruega, recebia então um dos maiores pintores da era expressionista. Durante seu crescimento, sobretudo na sua infância, o artista sofreu muito com doenças, o que, infelizmente, o fez passar boa parte da sua vida na cama.
Seus histórico de traumas teve inicio ainda pequeno, quando, aos 5 anos de idade, perdeu sua mãe. O fato de não ter uma saúde muito estável provocou sua expulsão do colégio que estudava. Para compensar a perda e a instabilidade do seu organismo, sua única saída e alegria era sua irmã Sophie.
No entanto, não durou muito para que perdesse seu bem mais precioso. Sophie contraiu tuberculose e veio a falecer aos 15 anos, deixando para trás o seu irmão. O histórico hereditário das doenças não param de levar os membros da família. Na sequência, alguns anos depois, seu pai veio a falecer de ataque cardíaco.
A responsável pela criação de Edvard Munch foi uma tia que, logo depois, o matriculou na Escola de desenho na cidade de Oslo. Lá iniciou seu trabalho na pintura de retratos e, consequentemente, se dedicou tanto ao ponto de criar obras naturalistas.
Por fim, com sua vida conturbada e as sucessivas perdas, o artista não pode abandonar todo o sentimento guardado dentro de si. As obras carregam, sobretudo, representações de sua própria vida. Com todo o seu talento e os sentimentos internalizados, o pintor resolveu, enfim, se aventurar em Paris, entrando em contato com novos movimentos.
Análise de O grito
A princípio, a figura humana (5) no centro da tela está com o olha diretamente voltado para o espectador, o observador da obra. Seus traços são visivelmente de desespero e angustia. O contraponto a esse horror expresso no personagem central são as duas pessoas (2) que passam por ele e não dão a mínima para o seu estado emocional.
Esse ponto de vista, portanto, é fundamental, porque traz um outra crítica ao tempo que é a solidão. A escolha de não definir o gênero da personagem estende a representação, sobretudo, de todas as pessoas. Há rumores de que esse personagem é uma auto-pintura do artista.
A ponte(1) , no entanto, traz uma outra relação com os sentimentos representados. Ela quer dizer a travessia que, possivelmente se refere ao que estava passando tanto o “eu” artista, quanto o mundo no geral. A cor vermelha escolhida para o céu (3) reforça essa opressão do exterior.
Por fim, o quarto e último elemento requer mais atenção, porque se trata de um povoado (4). Se observarmos bem, há uma igreja ali e essa parte do quadro é a ilustração da cidade de Oslo.
As quatro versões de O Grito
1- Versão de 1893
A princípio, sua primeira versão é datada de 1893 que hoje em dia pertence a Galeria Nacional de Oslo. Essa obra-prima vem alguns intervenções do artista como arranhões feitos no seu manuseio.
2- Segunda versão, de 1893
Insatisfeito com a versão anterior, o pintor, portanto, não desistiu de investir sua criatividade em uma nova versão. Porém, acreditem, essa obra foi feita com lápis de cor e levanta até discussões questionando se não teria sido, na verdade, a primeira versão.
3- Terceira versão, de 1895
Sua tentativas não chegaram ao fim, porque surgiu, sobretudo uma terceira versão de O Grito, só que dessa vez feita com coloração viva e se assemelha bem a um esboço da pintura original. O laranja e o azul são bem mais predominantes nessa produção.
4- Quarta versão, de 1910
Por fim, Edvard Munch criou está última peça como uma forma de guarda para si uma réplica de sua obra-prima. Porém, seus traços são bem mais fantasmagóricos do que a obra da Galeria Nacional de Oslo, porque a região dos olhos estão bem acentuados e maiores, gerando, portanto, uma sensação assustadora.
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