Antes de mais nada, a Missão Artística Francesa chegou ao Brasil no século XIX e trouxe consigo alguns artistas liderados por Joachim Lebreton. O objetivo principal era dar início a uma formação acadêmica em belas artes.
Todavia, Portugal havia sido invadido por Napoleão e seus exércitos, o que ocasionou a vinda de D. João VI e a Família Real Portuguesa para o Brasil, em 1808. No Rio de Janeiro, então capital brasileira, o rei e sua família se instalam no Convento do Carmo.
Nesse sentido, preocupado com o desenvolvimento cultural e a modernização da cidade do Rio de Janeiro, D. João VI implantou uma série de medidas, como o convite aos artistas franceses, que chegaram em 1816.
Missão Artística Francesa – Origem e história
No começo do século XIX, Portugal sofria com as sanções impostas por Napoleão, como o Bloqueio Continental, impedindo que todos os países da Europa fizessem comércio com a Inglaterra.
Como tinham boas relações com os ingleses, os portugueses não queriam aderir ao bloqueio. Nesse sentido, após esperar por Portugal e sua decisão, Napoleão decide invadir Portugal com seus exércitos, em 1807.
Nesse sentido, em novembro de 1807, a corte portuguesa embarcou para o Brasil, chegando em 22 de janeiro de 1808, em Salvador, primeira capital do Brasil. O segundo destino foi o Rio de Janeiro, desembarcando na cidade em 8 de março de 1808.
Todavia, esse período que precede a chegada da Missão Artística Francesa ao Brasil ficou conhecido como Período Joanino. Foi nessa época que os portos brasileiros se abriram para nações amigas, trazendo uma série de transformações para o país.
Após a queda do Império de Napoleão Bonaparte, em 1814, o rei D. João VI convidou alguns artistas franceses que tinham interesse em deixar a França e trabalhar no Brasil. Em 1816, a Missão Artística Francesa chegou ao nosso país.
Características da Missão Artística Francesa
A Missão Artística Francesa representou a vinda de artistas do país europeu para o Brasil. Liderados por Joaquim Lebreton, eles chegaram ao Brasil em 26 de março de 1816, com a função de ensinar artes plásticas.
O grupo de artistas neoclássicos era composto pelos pintores Jean-Baptiste Debret e Nicolas-Antoine Taunay, pelos escultores Auguste-Marie Taunay, Marc e Zéphirin Ferrez e pelo arquiteto Grandjean de Montigny.
Nesse sentido, o objetivo principal da Missão Artística Francesa era o de contribuir para a formação da Escola Superior de Belas Artes, transformada posteriormente em Academia Imperial de Belas Artes por D. Pedro II.
De Debret a Victor Meirelles
Durante a Missão Artística Francesa no Brasil, Jean-Baptiste Debret era o artista que mais se destacava. No início do século XIX, ele foi responsável por retratar cenas do cotidiano e, também, pela representação de personagens da realeza.
Nesse sentido, o final do século XIX foi responsável por revelar alunos da Academia de Belas Artes que teriam desenvolvido sua arte a partir dos ensinamentos dos franceses.
Na pintura histórica, Pedro Américo e Victor Meirelles foram os que melhor desenvolveram os ensinamentos.
Principais artistas da Missão Artística Francesa
Antes de mais nada, o grupo de artistas que desembarcavam no Brasil para a Missão Artística Francesa era composto por Jean-Baptiste Debret, Nicolas-Antoine Taunay, Auguste-Marie Taunay, Marc Ferrez, Zéphyrin Ferrez e Grandjean de Montigny.
Todavia, alguns artistas se destacaram mais, como é o caso de Jean-Baptiste Debret. Nos cinco anos em que esteve no Brasil, Debret foi responsável por reproduzir cerca de 30 paisagens da cidade do Rio de Janeiro e arredores.
Todavia, o pintor fez retratos da família real, além de desenhos do cotidiano brasileiro. Nos 15 anos em que esteve no país, também deu aula de pintura histórica e escreveu o livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, publicado em três volumes e 150 ilustrações.
Nesse sentido, outro nome de destaque na Missão Artística Francesa é o do pintor Nicolas-Antoine Taunay. O artista da corte de Napoleão esteve no Brasil por cerca de cinco anos e retratou as paisagens do Rio de Janeiro.
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Fontes: Uol, Multi Rio, História das Artes, Infoescola
Imagens: Estadão, Instituto Claro, Artout, Abin, Instituto Brasileiro de Museus