A Liga Árabe, ou Liga dos Estados Árabes, é uma organização formada por 22 países que têm a língua árabe como idioma oficial em comum. Sua criação aconteceu em 1945, na cidade de Cairo, Egito.
O grupo nasceu da necessidade de articular e organizar as questões políticas e econômicas de seus integrantes, sobretudo em conflitos locais e questões de âmbito internacional. Sendo assim, os países-membros estão localizados, geograficamente, na região norte da África e no Oriente Médio.
Um dos principais fatores para a criação da Liga Árabe partiu de uma articulação da Inglaterra, durante a Segunda Guerra Mundial. Certamente o objetivo principal era organizar uma frente local de combate à expansão imperialista alemã. Com o fim da guerra, todavia, o grupo se transformou em um órgão de defesa dos países árabes.
Protocolo de Alexandria
No dia 25 de setembro de 1944, o governo egípcio em Cairo promoveu uma conferência. Neste encontro, estiveram presentes representantes do Egito, Iraque, Líbano e Transjordânia (que se tornaria Jordânia a partir de 1950).
A partir da conferência, foi elaborado um protocolo que visava aumentar a cooperação dos países árabes. Esse documento, portanto, ficou conhecido como Protocolo de Alexandria e foi assinado por sete países em outubro do mesmo ano.
Ainda assim, na época, a Liga Árabe teve pouco peso nas Nações Unidas devido ao número pequeno de participantes. Contudo, à medida em que os países árabes foram adquirindo sua independência, o grupo passou a ganhar relevância e tornou-se um símbolo da unidade árabe.
Estrutura da Liga Árabe
O principal órgão da Liga Árabe é o Conselho, que é constituído por representantes dos estados-membro. Por conseguinte, cada país tem um direito a um voto. As decisões tomadas por unanimidade pelo Conselho são vinculativas para os estados. No entanto, o mesmo não acontece com as decisões por maioria de votos.
Logo, ao conselho pertencem 16 comitês, entre os quais o político, o econômico, o dos peritos árabes do petróleo e o comitê permanente para os assuntos administrativos e financeiros.
A Liga dispõe, ainda, de um vasto número de organizações especializadas, tais como a Organização para o Desenvolvimento Industrial, o Conselho da Aviação Civil e o Conselho para o Desenvolvimento Agrícola.
Conflitos Internos
A Liga Árabe se viu enfraquecida em três momentos distintos. O primeiro com a expulsão do Egito, após esse país ter feito acordo com Israel em 1979, contrariando a decisão do grupo. Os egípcios só foram readmitidos dez anos mais tarde.
Além disso, o grupo não pode fazer nada para evitar a guerra entre Iraque e Kuwait, dois de seus países-membros. O conflito só teve fim após a declaração de guerra por parte dos Estados Unidos, na chamada Guerra do Golfo.
A invasão do Iraque pelos Estados Unidos, em 2003, também representou um momento de impotência na história da Liga Árabe. Isso porque outros países-membros, como Kuwait, Catar e Bahrein, forneceram ajuda e informações aos norte-americanos.
Países-membros da Liga Árabe
Apesar de um início tímido, a Liga Árabe foi ganhando novos aliados ao longo do tempo. Como resultado, hoje, o PIB do grupo é avaliado em US$ 6,7 trilhões. Confira os países que integram o bloco:
- Egito
- Argélia
- Líbia
- Sudão
- Mauritânia
- Marrocos
- Tunísia
- Djibuti
- Iêmen
- Omã
- Arábia Saudita
- Somália
- Jordânia
- Palestina
- Líbano
- Kuwait
- Síria
- Iraque
- Bahrein
- Catar
- Emirados Árabes
- Autoridade Nacional Palestina
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Fontes: Alunos Online, Infopédia, Wikipédia e Sua Pesquisa.
Fontes de Imagens: Wikipédia, Ásia Turismo, Viaje Leve e Aventuras na História.