Guerra dos Seis Dias – História, causas, países envolvidos e consequência

A Guerra dos Seis Dias foi um conflito que envolveu Israel e os países árabes, em 1967. O principal motivo foi a criação do Estado de Israel.

Guerra dos Seis Dias - História, causas, países envolvidos e consequência

Também conhecida como Guerra de 1967 ou Guerra de junho de 1967, a Guerra dos Seis Dias foi um conflito envolvendo Israel, Síria, Egito, Jordânia e Iraque. Além disso, também é reconhecida como Terceiro Guerra Árabe-Israelense e ocorreu entre os dias 05 e 10 de junho de 1967.

Dessa forma, o conflito teve início quando a Arábia começou a atacar Israel pela fundação do Estado de Israel. Assim, o conflito foi travado entre o exército israelita contra as forças armadas do Egito, da Síria, Jordânia e Iraque. Além disso, esses países receberam apoio do Kuwait, Líbia, Arábia Saudita, Argélia e Sudão.

Nesse sentido, como teve duração apenas de seis dias, a guerra travada entre israelitas e árabes foi a mais rápida da história. Além disso, Israel contou com a vantagem de expansão territorial no pós-guerra. Dessa forma, conquistou os territórias da Península do Sinai, a Cisjordânia, Gaza, Jerusalém oriental e as colinas de Golã.

Causas da Guerra dos Seis Dias

Os conflitos envolvendo Arábia e Israel datam de outros anos desde a Independência do Estado de Israel, em 1948. Dessa forma, durante as décadas de 1950 e 1960 o que se notava era o fortalecimento do nacionalismo árabe.

Guerra dos Seis Dias - História, causas, países envolvidos e consequência
Fonte: Historiazine

Assim, a ascensão nacional árabe tinha como liderança o presidente do Egito e, logo após, o presidente da República Árabe Unida (RAU), Gamal Abdel Nasser. Dessa forma, o presidente Abdel Nasser recebia apoio de outros países e presidentes como Hafez al-Assad, da Síria, o rei Hussein, da Jordânia.

Nesse sentido, o presidente Abdel Nasser também era apoiado por outros chefes de estado. Assim, todos estavam ligados e integravam a Liga Árabe. Entretanto, as relações internacionais entre os estados não estava muito boa. Assim, durante a Segunda Conferência do Cairo, em 1964, os países declararam que as forças que estavam unindo eram únicas e exclusivas para destruir o Estado de Israel.

Guerra dos Seis Dias - História, causas, países envolvidos e consequência
MIG-21 da Força Aérea Egípcia. Fonte: Historiazine

Por consequência, a declaração aflorou a tensão que já existia no Oriente Médio. Assim, Síria e Jordânia começaram a apoiar grupos guerrilheiros que foram criados na OLP – Organização para a Libertação da Palestina. Além disso, organizaram tropas que estavam instaladas nas fronteiras com Israel, em maio de 1967.

Inevitavelmente, pequenos conflitos foram responsáveis para que a guerra se iniciasse. Assim, o presidente Nasser ordenou que bloqueassem o Golfo de Aqaba, além de aderir ao pacto jordaniano-egípcio. Dessa forma, Israel deu o início ao que ficou conhecido como “guerra-relâmpago”.

O conflito

Foram apenas seis de conflito, a guerra de menor duração entre os países do Oriente Médio. Porém, os seis dias foram responsáveis por causar a destruição de 309 dos 340 aviões de combate egípcios em apenas duas horas de combate. Isso porque, os aviões foram atacados quando ainda estavam na base aérea.

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Coluna blindada israelense de Sherman M4 avança no Sinai em 6 de junho de 1967. Fonte: Forte

Logo após, no segundo dia, a destruição continuou, quando Israel cruzou as fronteiras da Península do Sinai. Dessa forma, o terceiro dia serviu para paraquedistas israelenses conquistassem a cidade velha de Jerusalém. Além disso, conseguiram chegar ao estreito de Tiram, no dia 7 e a Rumani, no dia 8.

Por consequência, Egito e Síria já estavam derrotados no decorrer da guerra. Dessa forma, o conflito se estendia contra a Jordânia. Assim, a porção do país que ficava próximo ao rio Jordão foi capturada, mais precisamente a Cisjordânia.

Por fim, a guerra terminou com 980 soldados de Israel mortos, além de 4.520 feridos. Além disso,  40 aviões forma capturados e 394 tanques foram danificados. Já por outro lado, a Arábia terminou a guerra com 4.300 soldados mortos e 6.120 feridos. Além disso, 444 aviões foram capturados e e 965 tanques danificados.

Consequências

Israel conseguiu aumentar o território que antes era de 20.300 km2 de área para 102.400 km2. Além disso, o país conseguiu consolidar um projeto que já vinha se desenvolvendo, a Grande Israel.  Dessa forma, Israel conseguiu conquistar com a guerra, o controle das colinas de Golã, o deserto do Sinai, a faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém  Oriental.

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Carros de combate Israelense nas montanhas de Golã, uma perda estratégica sofrida pela Síria em 1967. Fonte: Orbis Defense

Por outro lado, além da grande conquista territorial, Israel abriu caminhos para disputas que ainda hoje continuam vivas nos países do Oriente Médio. Além disso, é importante ressalta que a ocupação dos territórios vizinhos por Israel mão foi algo planejado. Assim, não tinham intenção de tornar os territórios como definitivos.

O que achou? Se gosta de história, não deixe de conferir outros temas como O que é o conflito entre Israel e Palestina? Por que eles brigam tanto?, além de entender o que é a Liga Árabe – O que é, objetivos, estrutura e países membros

Fontes: História do Mundo, Info Escola

Fonte imagem destaque: Historiazine

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