A Guerra de Secessão foi um conflito entre o Norte abolicionista e o Sul escravocrata nos Estados Unidão. Ela ocorreu entre os anos de 1861 e 1865 e provocou a morte de mais de meio milhão de pessoas.
O grande motivo da guerra foi a escravatura, posto que os dois lados tinham opiniões opostas a respeito. Isso se deu por conta da maneira diferente que a colonização americana ocorreu. O Norte era industrializado e desenvolvido, já no Sul havia as grandes fazendas com escravos.
Apesar das divergências de opiniões, a Guerra de Secessão foi um conflito entre irmãos. Ela envolveu pessoas lendárias, como o General Lee e o presidente Abraham Lincoln.
Contexto Histórico
Para entender a Guerra de Secessão é necessário compreender a estrutura social dos Estados Unidos. A escravatura foi o cerne do conflito, posto que o Sul queria sua manutenção e o Norte apoiava a abolição. Ocorre que, desde as Treze Colônias britânicas, a forma de exploração econômica foi diferente entre as regiões.
O Norte não tinha uma região fértil e por isso se dedicou a comercializar produtos e trabalhar em manufatura. Logo se industrializou e criou eficientes formas de distribuição de renda.
Já o Sul era extremamente fértil e de clima quente, sendo assim propício à agricultura em grandes propriedades. Utilizava também a mão de obra escrava nas monoculturas e exportava quase toda a produção.
Em 1856, os eleitores do Kansas aprovaram o fim da escravidão, só que grupos escravistas se negaram a aceitar. Dois anos mais tarde, o Partido Democrata era divido entre pró e contra a escravidão.
Em 1860, o Senado Americano estava cheio de abolicionistas, que se juntaram a Abraham Lincoln contra a escravidão. Com a eleição de Lincoln para presidente, o Sul começou a se organizar numa forte reação.
O início do conflito
Não aceitando o resultado da eleição presidencial, alguns estados saíram da União e criaram um outro país. Carolina do Sul, Alabama, Flórida, Geórgia, Louisiana e Mississípi elegeram Jefferson Davis presidente.
Os demais estados se recusaram a aceitar a separação, posto que isso era um ato inconstitucional. Não bastasse criar um outro país, as forças da Confederação, que eram os estados do Sul, partiram para a ofensiva.
Em 12 de abril de 1861, elas conquistaram o Fort Sumter e diversos outros postos militares. Então a União, que são os estados do Norte, começa a se preparar para um conflito iminente.
Em 1862, como resposta à ofensiva confederada, a União parte para um plano ousado e belicoso. Foi imposta uma proibição à exportação de algodão e tabaco sulistas, o que atingiu sua economia.
As ações belicosas se intensificam
O Norte era mais rico, já que industrializado, e assim pôde organizar um exército melhor e mais equipado. O comando das tropas foi dado ao General Ulisses Grant.
Já os sulistas foram comandados pelo popular General Robert Lee, que tinha tropa mais experiente e veterana. No início dos conflitos, as duas partes lutaram com voluntários que aspiravam ações de heróis. Só que com as mortes, foi preciso aderir ao recrutamento compulsório do povo.
Uma particularidade que pesou do lado da União foi a adesão em massa dos negros. Eles queriam combater os escravocratas e assim pôr fim a esse tipo de dominação nos Estados Unidos. Dos dois milhões de soldados, 180 mil eram descendentes de africanos e fizeram a diferença no conflito.
Mas o início da Guerra de Secessão, os confederados do Sul saíram na frente. O exército da União foi vergonhosamente derrotado na Virgínia, posto que bateram em retirada apressada e tumultuadamente. Animado com o sucesso, o General Lee parte para o Norte disposto a vencer a guerra.
A Batalha de Gettysburg
Finalmente havia chegado o momento de os dois lados se encontrarem num momento decisivo. Os exércitos se debateram na sangrenta Batalha de Gettysburg, que foi a maior da Guerra de Secessão. Nela o General Lee foi derrotado e teve que se retirar após perder seus melhores oficiais.
Na continuidade das ofensivas, a União avançou e destruiu pontes e estrada confederadas. Além disso, conseguiu tomar a capital confederada, Richmond, em 10 de abril de 1865. Mas o Norte também sofreu um grande revés, posto que o presidente Lincoln foi assassinado em 14 de abril de 1865, por um sulista.
No final do ano, os generais da Confederação se renderam, pondo fim à Guerra de Secessão. Também é aprovada a 13ª Emenda constitucional, que eliminou a escravatura nos Estado Unidos.
Consequências da Guerra de Secessão
Na Guerra de Secessão morreram mais de 600 mil pessoas, além de serem computados 400 mil feridos. Mas nem todos morreram em combate, posto que muitas doenças se disseminaram nos campos de batalha. Faltava alimentação adequada, além de assistência médica.
Mesmo após sua derrota, o Sul continuou sendo uma região muito preconceituosa. Ali nasceu o grupo radical chamado Ku Klux Klan, que atacava negros, sendo responsável por grandes atrocidades.
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