Criado em 1548, o Governo Geral é uma modelo centralizado de governar. Portugal, com intuito manter o domínio político ainda mais fechado, criou esta forma mais fácil de administrar as colônias. A princípio, a medida de governo geral tomada no Brasil teve incio com a criação da capital de Salvador.
Quando houve a colonização no Brasil, medidas de posse territorial se tonaram necessárias para dominar as terras brasileiras. O povoamento, portando, é uma das mais recorrentes nesses casos. Quando é feito uma descoberta, deve-se, por consequência, trazer moradores para o lugar.
Contexto histórico
A data de criação da capital de Salvador não é muito distante da descoberta do Brasil. Em 1500, os portugueses chegaram por aqui e se depararam com os povos originários indígenas. Portando, não só o povoamento das terras e a implantação do governo geral seriam as únicas medidas de domínio das colônias.
A evangelização dos indígenas também foi um método de botar as rédias no território. O primeiro modo administrativo existente na história foi chamado de capitanias hereditárias. Passadas de pai para filho, o objetivo das capitanias focou-se exclusivamente em colonização e exploração.
Depois de todos os procedimentos feitos, Portugal ainda viu a necessidade de tomar medidas administrativas. Com apenas seis anos de duração, as capitanias hereditárias se extinguiram dando lugar ao Governo-Geral.
Quando foi implantado o Governo-Geral?
O Governo Geral foi implantado por D.João III, em 1548, como modelo administrativo, porque o comércio com as Índias não ia muito bem e, aproveitando a colônia brasileira, a coroa passou a focar na exploração do Brasil.
As sequências de fracassos da coroa portuguesa, sobretudo na implementação do império na região do Marrocos, foram os estopins para voltarem o olhar completo para a América.
Além disso, as tentativas portuguesas de implantar um império na região do atual Marrocos estavam fracassando. Os Espanhóis também vinham causado grandes prejuízos para Portugal com suas extrações de metais preciosos da colônia.
Por essas e outras ameaças, a coroa enviou o seu primeiro governador-geral, Tomé de Sousa, em 1549, para garantir, enfim, a segurança das terras e manter a organização da colônia.
O governo geral no Brasil
Além de Tomé de Sousa houveram mais 2 governadores-gerais no Brasil. Tomé, em específico, chegou com mais 10 mil pessoas em 6 embarcações vindas de Portugal para cá. Na multidão tinham, sobretudo, capacitados para ocupar cargos específicos na colônia.
Desde já, os novos moradores assumiram postos de ouvidores, promotores e capitães responsáveis por manter a economia e a ordem do povo. Acima de tudo, também vieram com ele os jesuítas com a missão de evangelizar os indígenas que logo se tornariam escravos nas grandes propriedades.
Artesões e pedreiros estavam na lista, porque precisavam dos conhecimentos e da mão de obra para levantar novas construções. Outros a povoarem as terras foram criminosos expulsos de Portugal mandados nas embarcações para cá.
Contida as invasões estrangeiras, outro grande problema enfrentado se diz respeito as resistências das antigas capitanias, pois os “ex-donos” não aceitaram a nova medida e acabaram não reconhecendo Tomé de Sousa como governador.
Outros governantes
Entre os outros dois governantes que vieram assumir, o segundo foi Duarte da Costa. O novo governador-geral resolveu investir, primeiramente, na vinda de mais jesuítas para o Brasil. Em destaque, os padres Manuel da Nóbrega e José Anchieta, fundaram, sobretudo, a primeira escola que originou São Paulo.
Sem sucesso, Duarte sofreu ataques franceses e, com isso, os invasores criaram uma colônia no Rio de Janeiro. Para assumir a luta contra os estrangeiros, o terceiro governador foi nomeado pela coroa. Mem de Sá veio para resolver não só os problemas de invasão, mas também da resistência indígena.
Durante sua estadia no poder ele foi capaz de exterminar uma parcela muito grande de indígenas. A ação cortou pela raiz a revolta contra o governo português e só teve fim a renúncia de Mem de Sá.
Por fim, vários problemas continuaram na colônia, já que a coroa portuguesa não soube administrar o local corretamente, gerando vários momentos de revolta. Portanto, a única medida viável, foi fazer a divisão das colônias em norte e sul.
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Fonte: Brasil escola,Toda matéria, Conexorama, Escola Britannica, Multirio, História do Mundo, Brasil escola.
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