Os Francos eram o resultado da união de um grupo de tribos germânicas. Elas habitavam o baixo e o médio Rio Reno (século III d.C.).
Foram a organização política mais poderosa da Europa Ocidental, logo depois da queda do Roma, assim como redesenharam a Europa.
Na sua secular expansão, assimilaram a cultura de muitos povos, como os saxões, os romanos, o alemães e os avaros.
O Francos: de inimigos a parceiros de Roma
Dois grupos surgiram dentro do Império Romano por volta do ano 253 e passaram a se impor sobre os outros. Eram os Sálios e os Ripuários, que habitavam o norte da região da Gália.
No ano de 257 já aparecem escritos que classificam o Francos como fortes inimigos de Roma. E enquanto os Sálios se sobressaiam com uma marinha forte, por outro lado os Ripuários eram imbatíveis em terra.
No século III, os Francos e os Saxões fecharam a navegação na costa da Grã-Bretanha e na Gália.
Sem ter como reagir, o imperador Maximiliano firmou um acordo inclusive com uma cláusula que autorizava os Francos a ingressarem no exército romano.
Já no século IV, o exército romano era composto quase todo de Francos.
Quando Átila, o Rei dos Hunos, atacou a Gália, os Francos auxiliaram o Império Romano a resistir (451).
Romanos e Francos ainda se uniram para derrotar os Visigodos (463) e os Saxões (469).
Uma dinastia que duraria dois séculos
O fundador da Dinastia Merovíngia de Reis Francos foi Meroveu (c. 411 — c. 458), por conseguinte sucedido por Quilderico I.
Clóvis I (466 – 511), que era filho de Quilderico I, sucedeu o pai, posteriormente com ele os Francos viveram grande prosperidade.
Clóvis tinha honras de general romano, assim como era o chefe civil e militar da província romana da Bélgica Secunda.
Foi ele também que converteu seu povo ao cristianismo, ao passo que caiu na graça da Igreja Católica.
No reino de Clóvis, o Francos impuseram sua língua, crenças religiosas e legislatura sobre as culturas germânicas e romanas na região.
Lutas internas põe fim à Dinastia Merovíngia
Quando Clóvis morreu, no entanto, o reino foi dividido entre seus filhos. Teodorico I, o mais velho, controlou a margem oeste do Mar do Norte até a região dos Alpes.
Teodorico foi sucedido por seu filho Theudebert, que ajudou romanos e ostrogodos contra o imperador bizantino Justiniano I.
Theudebert morreu em 555 e foi sucedido por Clothar I, que, depois de morto, deixou o reino partilhado por quatro reis.
A Charibet I coube o Reino de Paris. Siberbert I governou o Reino de Reims. Chilperic I foi rei de Soissoins. Por fim, Guntran governou o Reino de Orlenas.
Os irmãos lutaram entre si e puseram fim à longa Dinastia Merovíngia.
Uma nova dinastia surge
Pepino, o Breve, conseguiu depor o último rei merovíngio, que se recolheu a um mosteiro. Ele foi eleito então o rei de todos os Francos e nasceu a Dinastia dos Carolíngios.
Pepino foi sucedido por seu filho Carlos Magno, por conseguinte se tornou soberano absoluto do Reino Franco.
Carlos Magno ampliou os domínios dos Francos e tomou as regiões da Soxônia, Baviera, Lombardia e quase toda a Itália. Suas conquistas trouxeram-lhe prestígio e poder.
Em 25 de dezembro de 800, Carlos Magno recebeu do papa Leão III o título de imperador do Sacro Império Romano.
Ele incentivou a cultura, abriu escolas e mosteiros, estimulou a tradução e a cópia de manuscritos antigos, além disso protegeu artistas. Seu governo foi marcado por intensa atividade cultural.
Após a morte de Carlos Magno, entretanto, o império se dividiu e acabou.
Interessante conhecer a história do antigo povo Franco, não é verdade? Mas não deixe de ler também sobre a Guerra dos 30 anos mudou o mapa da Europa.
Fonte: Info Escola, Toda Matéria, Estudo Prático, Mundo Educação, Brasil Escola, Historianet, História do Mundo.