Atenas e Esparta foram cidades-estados da Grécia Antiga. Foram organizadas de maneiras bem diferentes e opostas.
Elas se formaram durante o Período Arcaico, quando se formaram as primeiras polis gregas, processo que se consolidou entre 700 a.C. a 500 a. C., quando os Genos, tribos nômades, se tornaram sedentários.
Os gregos se autodenominavam Helenos, compartilhavam costumes, tradições, divindades e privilégios à aristocracia local. Mas as cidades-estados eram totalmente independentes entre si e possuíam diferenças marcantes. Portanto, ainda não se pode falar em uma nação grega.
Atenas era o centro cultural mais desenvolvido da época
Atenas fica localizada na antiga região da Ática, próxima ao Mar Mediterrâneo. Ali ela desenvolveu atividade comercial e portuária. Com a criação do Porto de Pireu, Atenas se despontou no comércio marítimo e se destacou politicamente na região.
Em Atenas se valorizava a educação do povo e se buscava o equilíbrio entre o corpo e a mente. Tornou-se assim um centro cultural e intelectual de sua época. É ali que surgem a filosofia e a democracia, aspectos que transformaram a cidade no berço de todo o Mundo Ocidental.
Atenas foi fundada pelos jônios, um povo indo-europeu. Apesar do terreno acidentado, desenvolveram a agricultura. Mas seu forte mesmo era a pesca e o comércio marítimo. A sociedade ateniense era dividida em eupátridas (grandes proprietários de terra), georgóis (pequenos proprietários), dimiurgos (artesões especializados) e escravos.
Esparta tinha o exército mais bem treinado
Esparta se localizava na região da Lacônia e portanto não tinha contato direto com o Mar Mediterrâneo. Desenvolveu-se assim de maneira bem diferente de Atenas, pois não tinham no comércio sua principal atividade. Mas suas terras eram férteis e ali eles plantaram lavouras e criaram animais. Também desenvolveram uma cultura totalmente voltada para o militarismo.
Fundada pelos dórios, um povo indo-europeu, durante o século IX a.C, Esparta era uma cidade totalmente diferente de todas de sua época. Semelhava-se mais a um acampamento militar do que uma cidade propriamente dita. E essa era justamente a principal característica dos espartanos: os seus valores militaristas.
Os soldados serviam ao exército dos 20 aos 40 anos e eram proibidos de exercer qualquer outra profissão. Às mulheres cabia a tarefa de gerar indivíduos saudáveis para o combate, garantindo um futuro de glórias e conquistas.
O objetivo da educação espartana era transformar seus cidadãos em guerreiros fortes, obedientes e competentes. Foi por meio da guerra que Esparta conquistou diversos territórios.
A sociedade era dividida em espartanos, descendentes dos dórios e únicos a ter direitos políticos, periecos, descendentes dos aqueus que exerciam atividades ligadas ao comércio e artesanato, e os hilotas, escravos de guerra.
A Guerra do Peloponeso
A Guerra do Peloponeso foi um conflito militar entre as cidades-estados de Atenas e Esparta, entre os anos de 431 a.C. e 404 a.C. Essa guerra também envolveu outras cidades-estados que se alinharam com Atenas ou Esparta.
Os espartanos viam com desconfiança e ameaça o desenvolvimento econômico e aumento da influência política de Atenas na região da Península do Peloponeso. Isso criou uma relação tensa entre as duas cidades-estados e levou à disputa pela hegemonia política e econômica do local.
A guerra terminou em abril de 404 a.C., após a rendição de Atenas e a conquista espartana em Helesponto. Acabou assim o poder de Atenas na península e Esparta se impôs na região, com seu sistema voltado para o fortalecimento militar.
As cidades gregas mudaram o regime democrático para o autoritário, é a chamava Tirania dos Trinta. Há uma desestabilização social e política que enfraquece a Grécia e permite a invasão dos macedônios.
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Fonte: Toda Matéria, História de Tudo, Estudo Prático, Mundo Educação, Enem Virtual.