Créditos de carbono – Como funciona, vantagens e desvantagens

Os créditos de carbono são moedas usadas no mercado de carbono. Cada uma tonelada de carbono que não foi emitida vale um crédito de carbono.

Créditos de carbono - Como funciona, vantagens e desvantagens

Os créditos de carbono foram criados com o intuito de incentivar os países a reduzirem a quantidade de emissão de gases de efeito estufa. Bem como, cada crédito é equivalente a uma tonelada de dióxido de carbono. No momento em que o país reduz o uso suficiente, são entregues certificados que podem vender ou não.

Outro nome, não tão usual, que pode ser usado é Redução Certificada de Emissão (RCE). Há vários países que necessitam diminuir os gases de efeito estufa. Sendo assim, podem comprar os créditos de carbono de outro país com o qual deseja comercializar.

Com o avanço industrial e tecnológico, muitos países emitem mais gases na atmosfera. Entretanto, já existem soluções para diminuir o uso dos gases, como por exemplo, a utilização de biomassas renováveis.

Em outras palavras, através de um acordo feito entre os países, é possível comercializar a diminuição das emissões de gases de efeito estufa.

Como surgiu os créditos de carbono

Os créditos de carbono são entregues em forma de certificados para os países que cumprirem suas metas de redução. Além disso, quanto maior a redução, melhor é para o planeta e para os países, pois assim possuem maior quantidade de certificados e possíveis comercializações.

Preservação
Valor do crédito de carbono

Com as transformações e modernizações que foram ocorrendo no mundo, tanto em termos sociais quanto econômicos, o número de fábricas e itens do dia a dia que poluem cresceram drasticamente.

Além disso, com o desmatamento e outras interferências humanas que prejudicam o planeta, os problemas ambientais e o aquecimento global já estão gritantes. Por isso, foi necessário tomar medidas para que reduzam o uso de gases para que os impactos negativos no futuro sejam mais amenos.

Pensando dessa forma, os créditos de carbono foram criados e estabelecidos através do Protocolo de Kyoto. O acordo, criado em 1997 e melhorando ao longo dos anos, tem como objetivo a colaboração dos países para estabilizar a quantidade de emissões de gases.

Os créditos são gerados quando os países colaboram com o desenvolvimento sustentável e diminuindo danos, como o efeito estufa.

Protocolo de Kyoto

Protocolo de Kyoto
Protocolo de Kyoto

As preocupações que surgiram no protocolo de Kyoto já tinham sido pauta de outras reuniões internacionais, como por exemplo a Convenção Quadro das Nações Unidas.

Os créditos de carbono, apesar de terem sido criados em 1997, só entraram em vigor em 2005. Além disso, o número de redução varia de país para país. Em países mais desenvolvidos o propósito é reduzir mais, pois entende-se que já utilizou mais gases poluentes por lá do que nos países subdesenvolvidos.

Como nem todos os países conseguem bater as metas propostas, com a inserção dos créditos de carbono tornou-se mais flexível. Nesse ínterim, é mais fácil comprar os certificados emitidos pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) de outros países que bateram as metas.

Entretanto, nem todos os países fecharam o acordo. Sendo assim, o Canadá e os Estados Unidos se negaram ao protocolo dos créditos de carbono.

Vantagens e Desvantagens

Créditos de carbono - Como funciona, vantagens e desvantagens
Vantagens e desvantagens

Apesar da ideia dos créditos de carbono ser boa e contribuir positivamente, ela também falha em alguns aspectos. Como vantagem pode-se citar a diminuição de toneladas de carbono, preservando assim o planeta em que vivemos. 

Por fim, acaba incentivando países a investirem em projetos sustentáveis, pois contribui positivamente com o local e gera melhoria na economia. Isso porque, ao bater metas, é emitido o certificado dos créditos de carbono e já podem ser comercializados.

Por outro lado, há especialistas que não veem como algo positivo. A justifica é que no momento em que um país pode comprar os créditos de carbono e transformar em toneladas de gases não está contribuindo com o planeta. Além de que, pode ficar muito valorizado em termos econômicos.

Nesse ínterim, os países subdesenvolvidos podem ter mais dificuldades do que os desenvolvidos, pois com um alto valor dos créditos não é viável realizar a compra.

Comercialização dos créditos de carbono

Como o mercado dos certificados de carbono se encontra presente em todas as partes do mundo e em diversos países, cada país possui um regulamento. No caso do Brasil, é o Decreto nº5.882 de 2006.

Créditos de carbono - Como funciona, vantagens e desvantagens
Foto: CEISE Br

Em suma, a venda é feita por países que conseguiram reduzir a quantidade de emissão de gases e os que compram são os que estão ultrapassando o limite máximo de emissão. Existem três modos que a comercialização pode acontecer, sendo elas: unilateral, bilateral ou multilateral.

Os créditos de carbono vendidos de forma unilateral são para projetos no próprio país a que o certificado pertence. Logo, quem decide o valor a ser cobrado é o próprio país.

Já no modo bilateral, são desenvolvidos em países que estão em desenvolvimento, que podem ser denominados como país hospedeiro. Sendo assim, o país industrializado propõe o valor do crédito.

Por último é o multilateral, que são aqueles projetos financiados por fundos internacionais. O diferencial é que quem vai definir o valor neste caso é os próprios fundos de investimento. De qualquer forma, os créditos de carbono movimentam valores altíssimos por ano.

Relação com a Amazônia

Floresta Amazônica
Floresta Amazônica

Um tempo depois do Protocolo de Kyoto surgiu o Acordo de Paris, em pró do meio ambiente também. Com isso, ao contrário do que se esperava, o Brasil não incluiu as florestas nos créditos de carbono.

Gostou da matéria? Então leia agora Mudanças climáticas – O que são, causas, consequências e desafios)

Fontes: Ecycle, Sustainble Carbon, Mundo Educação e Brasil Escola

Imagens: Richter Gruppe, Massfix, Visão Agro, History UOL, Escola Kids, CEISE Br e Amazonas Atual

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