A Constelação Cruzeiro do Sul é a menor dentre as 88 constelações reconhecidas pela União Astronômica Internacional (UAI). Ela é composta por cinco estrelas que formam o desenho de uma cruz, daí o nome Cruzeiro do Sul.
As estrelas que compõem a constelação Cruzeiro do Sul são: Estrela de Magalhães, Mimosa, Rubídea, Pálida e Intrometida. Essa constelação pode ser vista à olho nu, no Hemisfério Sul, durante todo o ano.
Características do Cruzeiro do Sul
A constelação Cruzeiro do Sul é a menor dentre as 88 constelações reconhecidas pela União Astronômica Internacional. As estrelas do Cruzeiro do Sul estão posicionadas de uma maneira que formam a imagem de uma cruz, o que é característico do Cruzeiro do Sul.
A olho nu, é possível observar essa constelação no Hemisfério Sul durante todo o ano, sendo que ela é mais nítida nas regiões de latitude superior a 35°. Além disso, em alguns períodos do ano, é possível observar essa constelação perto da Linha do Equador no Hemisfério Norte.
A constelação Cruzeiro do Sul ocupa uma área de cerca de 68 graus quadrados (graus²) e está localizada nas proximidades da constelação Centauro. Inclusive, existem duas estrelas que fazem parte da constelação Centauro e que ajudam a identificar o Cruzeiro do Sul: Alfa Centauri e Beta Centauri.
Qual é a importância do Cruzeiro do Sul?
A constelação do Cruzeiro do Sul é muito importante para os habitantes do Hemisfério Sul, pois serve como um ponto de referência de fácil identificação nos céus. Por muitos anos, quando a bússola ainda era o único instrumento de orientação, o Cruzeiro do Sul servia de referência nas viagens.
Essa constelação é uma boa forma de se orientar pois pode ser vista a olho nu, em todo o Hemisfério Sul. Além disso, por meio dela é possível saber onde fica o sul geográfico do planeta Terra.
Por causa da sua grande importância, sobretudo para os países situados abaixo da Linha do Equador, essa constelação aparece muito em bandeiras nacionais, estaduais e municipais. Ela aparece ainda em hinos, lendas, mitos e músicas de muitos povos.
Por exemplo, a constelação Cruzeiro do Sul está estampada na bandeira do Mercosul. Essa constelação também aparece na bandeira de alguns países como: Brasil, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, Samoa e Austrália.
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Quais são as estrelas que fazem parte do Cruzeiro do Sul?
A constelação Cruzeiro do Sul é formada por cinco estrelas:
- Estrela de Magalhães: Também reconhecida apenas como Magalhães, é a estrela mais brilhante do Cruzeiro. Ela está localizada no eixo da constelação na direção sul.
- Mimosa: É a segunda estrela mais brilhante e, por conta disso, também se chama de Beta crucis, e se localiza na parte esquerda apontando para o leste.
- Rubídea: Terceira estrela mais brilhante, também chamada de Gama do Cruzeiro. Possui cor amarelada e aponta para o norte.
- Pálida: A estrela Pálida, chamada de Delta crucis, está localizada na parte direita, apontando para oeste.
- Intrometida: Possui cor amarelada e está localizada logo abaixo da Pálida. O nome “intrometida” é porque ela interfere no formato perfeito da cruz.
Qual é o significado do Cruzeiro do Sul?
O nome Cruzeiro do Sul é por causa do formato de cruz que as estrelas formam. Ela é uma das mais importantes constelações no céu do Hemisfério Sul. Inclusive, a ponta inferior da cruz indica o sentido do Polo Sul, servindo como um ponto fixo de referência.
Além disso, a Constelação Cruzeiro do Sul funciona como um relógio, pois as suas estrelas Rubídea e Magalhães (seu braço mais extenso) giram em torno do polo em cerca de 24 horas. Sendo assim, esse braço mais extenso serve ainda para identificar o Polo Sul, situado a uma distância de 3,5 vezes a longitude da própria constelação.
Descoberta do Cruzeiro do Sul
A constelação Cruzeiro do Sul é reconhecida desde as civilizações antigas de várias partes do mundo. Por exemplo, os Maori, povo originário da Nova Zelândia, tinham essa constelação como referência há milhares de anos.
Por outro lado, povos pertencentes ao grupo étnico Wadaman, da Austrália, identificaram e nomearam de Ginan a estrela que conhecemos como Intrometida. No entanto, foi a partir das grandes navegações que a constelação do Cruzeiro do Sul passou a ser vista como um sistema de estrelas particular.
No ano de 1.500 o físico e astrônomo português João Faras, reproduziu essas estrelas e enviou para o rei Manuel I de Portugal. Posteriormente, quando o italiano Andrea Corsali fez expedições para a Ásia, ele descreveu o Cruzeiro do Sul como uma constelação, em 1515.
Enfim, gostou de aprender sobre a constelação Cruzeiro do Sul? Então não deixe de aprender também sobre a Estrela cadente, o que é? Definição, características e como identificar
Fontes: Brasil Escola, Mundo educação, Hiper Cultura.