A Comuna de Manaus foi a terceira revolta do Tenentismo, ocorrida em 1924, no Estado do Amazonas durante o governo de Artur Bernardes. Ocorreu sob a liderança do tenente Alfredo Augusto Ribeiro Júnior.
A palavra “comuna” do nome da revolução se reporta à expressão francesa “comunne”, cujo significado é município. Manaus foi o único local em que o Tenentismo tomou efetivamente o poder.
O movimento teve apoio da população pobre e isso lhe deu força, já que todos queriam mudanças sociais. A permanência das oligarquias ruralistas no poder era tida como um atraso nacional e isso foi um dos motivos da Revolução.
Contexto Histórico
A Comuna de Manaus é um dos desdobramentos da chamada Revolta Tenentista. O Tenentismo foi um movimento político-militar de oficiais de baixa patente no início da década de 1920.
Eles lutavam principalmente para derrubar a oligarquia ruralista da Presidência da República. Era o tempo da Política do Café do Leite em que Minas Gerais e São Paulo se revezavam no poder.
O Tenentismo teve diversos desdobramentos. A Revolução Paulista de 1924, a Revolta dos 18 do Forte do Copacabana, a Comuna de Manaus e a Coluna Prestes.
Em Manaus, no entanto, o Tenentismo teve uma particularidade, que foi a forte crise econômico-social. Com o fim do 1º Ciclo da Borracha (1879 a 1912), a cidade que experimentara a prosperidade rápida, entrou em decadência. Havia desemprego, denúncias de corrupção e de fraudes eleitorais.
Na tentativa de amenizar a crise, o governo do Estado contraía empréstimos e buscava ajuda federal, mas sem resultado. Chegou-se a uma desesperadora situação em que fazendas eram invadidas e saqueadas pela massa esfomeada.
Como ocorreu a Revolta
No dia 23 de julho de 1924, começa um levante na Guarnição de Manaus, cujo líder era o tenente Alfredo Augusto Ribeiro Júnior. Aproveitando a ausência do Governador César do Rego Monteiro, os sublevados assaltaram e conquistaram o Palácio Rio Negro. Turiano Meira, então governador em exercício, fugiu amedrontado pela porta do fundo.
Os militares do 27º Batalhão atacaram também o Quartel da Polícia Militar, porquanto houve intensa troca de tiros. Só que os milicos possuíam uma peça de atiraria e venceram o combate, tendo os policiais se rendido. Manaus ficou isolada do país de 23 de julho a 28 de agosto, com a tomada das estações de telégrafos e telefones.
Os revoltosos tiveram apoio em massa da população pobre, já que todos estavam no limite da resistência humana. Nesse contexto, a Revolta toma também as cidades paraenses de Santarém, Alenquer e Óbidos.
A reação governamental
O Governo Federal enviou para acabar com a Comuna de Manaus o general João de Deus Barreto. Ele era o comandante do Destacamento do Norte e havia reprimido os levantes de São Paulo e Rio de Janeiro.
As forças oficiais chegaram a Manaus no dia 26 de agosto e o General Barreto soube usar uma boa estratégia. Sabedor de que a população civil em peso apoiava os rebeldes, cercou a cidade e ameaçou bombardeá-la. Para evitar um dano maior, os amotinados tomaram a decisão de se entregar. Ribeiro Júnior foi preso e a normalidade restabelecida.
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Fonte: Wikipédia, Info Escola, Toda Matéria, História Net, Jeferson, Manaus de Antigamente, Racha Cuca, Todo Estudo, Luisa, Eu Gosto de História, Sua Pesquisa.
Fonte das imagens: Manaus de Antigamente, Cipriano Barata, Wikipédia.