Também conhecida como bomba nuclear, a bomba atômica é uma arma de explosão com poder de destruição imensurável. Isso porque a bomba possui uma grande quantidade de energia que, quando liberada, pode destruir por completo grandes extensões de terra.
A energia liberada pela bomba atômica é advinda do processo conhecido como fissão nuclear. Ou seja, uma reação nuclear onde o elemento Urânio é um dos principais causadores da explosão. Basicamente, o urânio é um isótopo – duas formas do mesmo elemento químico – onde possui o mesmo número atômico, mas a quantidade de massa é diferente.
Neste caso, para que ocorra a explosão, é utilizado o Urânio-235, já que o isótopo representa 0,72% do total do elemento químico na natureza. Sendo assim, o isótopo 235 é o mais perigoso. Já o isótopo 238 é o mais comum na natureza e não representa perigo.
Contexto histórico
Durante a Segunda Guerra Mundial a Alemanha representava a principal ameaça para os países que estavam no conflito, principalmente para os norte-americanos. Com isso, foi preciso criar novas armas que fossem capazes de barrar os impactos causados pela guerra.
A Alemanha nazista já vinha desenvolvendo projetos ligados à armas nucleares. Assim, os norte-americanos iniciaram uma corrida contra os alemães a fim de criar a primeira arma nuclear. Logo, cientistas e militares norte-americanos deram início ao projeto que ficou conhecido como “Projeto Manhattan“.
Basicamente, o projeto serviu para impulsionar as pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de armas que fossem potentes no combate durante a Segunda Guerra. Ao todo, o projeto durou de 1942 até 1945, quando a guerra chegou ao fim com o primeiro teste nuclear.
Fim da Segunda Guerra
A primeira bomba nuclear desenvolvida pelos norte-americanos ficou conhecida como Little boy. A bomba foi lançada sobre a cidade de Hiroshima, sendo a primeira arma nuclear utilizada na história da humanidade.
Após seis dias do primeiro lançamento, mais uma bomba, a Fat man, foi lançada sobre a cidade de Nagasaki, no Japão. Ambas as bombas nucleares lançadas sobre as cidades japonesas deram fim à Segunda Guerra, deixando milhares de mortos e as cidades completamente destruídas.
Como funciona uma bomba atômica?
As bombas atômicas possuem funcionamento semelhante, se diferenciando apenas pelo elemento químico que é utilizado na composição. A princípio, os dois principais elementos utilizados para compor uma bomba são o Urânio-235 e o Plutônio-239.
Sendo assim, o que faz uma bomba nuclear explodir é o princípio da fissão nuclear. Em síntese, a fissão nuclear ocorre quando há a divisão de um átomo instável, provocada pelo bombardeamento de partículas atômicas, como um nêutron.
Assim, quando o núcleo do átomo de Urânio-235 é atingido por uma partícula de nêutron, por exemplo, o interior do isótopo é dividido em duas partes. As partes divididas pela velocidade do nêutron lançam mais nêutrons, além de porções de energia.
Os nêutrons que são lançados atingem outras partículas atômicas, que quebram novamente o núcleo do elemento químico, e assim sucessivamente. Portanto, para resumir o processo de fissão nuclear, temos que: fissão=quebra e nuclear=núcleo, ou seja, a quebra do núcleo.
A reação de fissão nuclear de um átomo de urânio-235 é representada da seguinte forma:
n + 235U92 → 91Kr36 + 142Ba56 + 3n + energia
Pode de destruição da bomba atômica
O poder de destruição da bomba atômica é medido em quiloton ou megaton, ou seja, mesmas unidades de energia relacionadas ao poder de destruição de dinamites (TNT). Sendo assim, 1 quiloton representa a explosão de 1000 toneladas de dinamite, enquanto 1 megaton corresponde a 1.000.000 (1 milhão) de toneladas de dinamite.
As bombas lançadas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki (Little boy e Fat man) possuíam poder de destruição equivalente a 16 quilotons e 20 mil quilotons, respectivamente. Apesar do alto poder destrutivo, ambas as bombas nucleares utilizadas na Segunda Guerra Mundial não são classificadas como as bombas mais poderosas já desenvolvidas pela humanidade.
Isso porque, em termos de poder destrutivo, a bomba atômica mais poderosa da história é a Tsar Bomb, com 50 megatons de poder de destruição.
Armas nucleares no Brasil
Apesar das bombas nucleares serem produzidas em grande quantidade por alguns países, o Brasil é considerado uma das nações livres de armas de destruição nuclear. Isso porque o Brasil assinou, em 1998, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), que visa a não criação de armas nucleares para fins destrutivos.
Sendo assim, no Brasil, a utilização da tecnologia nuclear é feita apenas para fins pacíficos, como em usinas nucleares para a produção de energia elétrica. Além disso, a energia nuclear também é utilizada na agricultura e para fins médicos.
Para que a utilização da energia nuclear seja feita de forma pacífica, existem órgãos internacionais, como a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC) e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que fiscalizam e regulamentam os projetos e ações que envolvem o desenvolvimento de tecnologias nucleares.
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Fontes: Brasil Escola, Mundo Educação, Toda Matéria e Manual da Química
Imagens: Meio Norte, Veja, Super Abril, Luxemburguer Wort e Medium
