A Guerra das Malvinas foi um conflito armado entre a Grã-Bretanha e Argentina, em 1982. Os argentinos invadiram o arquipélago visando tomá-lo dos ingleses, posto que está localizado a 464 quilômetros da costa argentina.
As batalhas se estenderam entre 2 de abril a 14 de junho de 1982, mas terminou com a vitória inglesa.
O conflito se eu nas Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, que são ocupadas pelo Reino Unido desde 1833.
Contexto Histórico
Desde 1690, as ilhas vinham sendo disputadas entre o Reino Unido, França e Espanha. Posteriormente, a Argentina passou a reivindicar o local, alegando que era herdeira do Império espanhol.
Fato é que, das ilhas que compõem o arquipélago, apenas as Malvinas têm moradores fixos. Nas demais ilhas apenas cientistas se revezam para estudos e pesquisas.
Em meados da década de 1960, a Organização das Nações Unidas rotulou a disputa como colonial e sugeriu que as partes negociassem. Desde então houve o uso compartilhado da região, sem que nenhum entrevero se desse.
O início dos conflitos
Pegando todos de surpresa, em 2 de abril de 1982, a Argentina desembarcou suas tropas no arquipélago. Chamada de Operação Rosário, a movimentação militar foi o estopim da Guerra das Malvinas.
A Ditadura Militar estava enfraquecida e necessitava de algo forte para se reacender. A invasão das Malvinas mexia com o orgulho argentino, posto que terminava 149 anos de domínio inglês.
As ações ofensivas objetivavam expulsar os soldados e funcionários da Inglaterra, e conseguiu isso com facilidade. O povo comemorou em todo o país e se concentrou na porta da Casa Rosada para apoiar o governo.
Só que imediatamente a Grã-Bretanha rompeu relações com a Argentina. Numa contraofensiva violenta, a premiê britânica Margareth Thatcher mandou 27 mil soldados, navios de guerra, submarinos nucleares etc.
A guerra no campo diplomático
A Grã-Bretanha era mais bem relacionada internacionalmente que a Ditadura Argentina. Assim sendo, conseguiu apoio da Comunidade Econômica Europeia, da OTAN, da Comunidade Britânica das Nações e da ONU. Depois também os Estados Unidos e o Chile a apoiaram.
A Argentina então se viu isolada no campo da diplomacia e com grande desvantagem militar.
Os Estados Unidos apoiaram a Inglaterra com armas e espionagem via satélites, além de abrirem a passagem do Canal do Panamá para os navios britânicos.
O final da guerra
Apesar de sucessivas negociações de paz e até apelo papal, a Argentina não cedeu. Então no dia 14 de junho de 1982, o Reino Unido ocupou definitivamente seu território, pondo fim à Guerra das Malvinas.
Mas os ingleses aproveitaram a oportunidade para demonstrar suas habilidades militares e atacaram o território argentino. Com isso destruíram o aeroporto de Puerto Argentino, e quando as aeronaves argentinas deram combate, foram abatidas.
E para finalizar as operações na região, ataques de torpedos afundaram o cruzador argentino General Belgrano, enquanto patrulhava próximo à costa. Esse ataque causou indignação internacional, já que 323 marinheiros morreram inutilmente.
A Inglaterra também teve baixas quando um míssil Exocet acertou o moderno destróier HMS Sheffield e o afundou. Morreram 22 marinheiros e 24 saíram bastante feridos.
Consequências do conflito
Após 75 dias de guerra, restou um saldo terrível para ambas as partes, uma vez que 649 argentinos tombaram em combate e 255 ingleses. Também três civis perderam a vida.
Pelo fato de haver sido derrotada, a Junta Militar que governava a Argentina deixou o poder, e o país recuperou a democracia.
A Grã-Bretanha se saiu melhor, pois além de vencer a disputa, Margaret Thatcher se reelegeu nas eleições de 1983.
Se você achou interessante saber algo mais sobre a Guerra das Malvinas, não pode deixar de ler curiosa matéria sobre o motivo da democracia brasileira ter demorado tanto a acontecer.
Fonte: Sua Pesquisa, Toda Matéria, Brasil Escola, BBC Brasil, Info Escola, Carta Capital, Acervo Estadão, Passei Web.