Entre as diversas questões gramaticais que podem causar incerteza, o termo “a maioria” se destaca como um daqueles que frequentemente levanta questionamentos sobre a concordância. Embora seja singular em sua forma, carrega uma ideia de pluralidade, principalmente quando é acompanhado por outros elementos no plural.
“Maioria” é um substantivo singular e, portanto, requer um verbo no singular. No entanto, é comum que a expressão anteceda um termo no plural, como “das pessoas”, “dos estudantes” ou “dos itens”. Dessa forma, pode levar a uma aparente contradição entre a forma singular do termo e a presença do plural nos complementos.
Sendo assim, a chave para a concordância adequada está em considerar a interpretação e o sentido pretendido na frase. Neste texto, vamos esclarecer como utilizar adequadamente esse termo e como fazer sua concordância corretamente.
A maioria é ou são?
“A maioria é” é a forma correta de concordância entre sujeito e verbo quando ela representa o sujeito. Nesse caso, “a maioria” é considerada um sujeito singular. Por exemplo:
- A maioria do povo é dedicada.
- A maioria da população é feliz.
No entanto, quando a expressão “a maioria” é seguida por um complemento no plural, como “das pessoas, das coisas, dos alunos”, a concordância pode variar. Alguns autores consideram que o verbo pode concordar tanto no singular quanto no plural. Por exemplo:
- A maioria das pessoas são felizes. (concordância no plural)
- A maioria das pessoas é feliz. (concordância no singular)
Essa divergência ocorre porque “a maioria das pessoas” pode ser interpretada como um todo (singular) ou como um conjunto de indivíduos (plural). Assim, não há uma convenção fechada sobre a concordância nesses casos, então a escolha entre o singular e o plural pode depender do contexto e da preferência do falante.
Concordância sujeito + verbo
A concordância entre sujeito e verbo é uma regra gramatical importante para garantir a concordância em número e pessoa na construção das frases. A forma verbal do verbo deve concordar com o sujeito em número e pessoa.
Em geral, quando o sujeito é singular, o verbo também deve estar no singular, e quando o sujeito é plural, o verbo deve estar no plural. Por exemplo:
- O cachorro late. (singular)
- Os cachorros latem. (plural)
No entanto, existem algumas situações em que a concordância pode gerar dúvidas. Como mencionado anteriormente, não há uma convenção fechada sobre a concordância nesses casos, e a escolha entre o singular e o plural pode depender do contexto e da preferência do falante.
Outra situação que pode gerar dúvidas é quando o sujeito é formado por expressões coletivas, como “um grupo de pessoas”. Nesses casos, a concordância geralmente segue o núcleo do sujeito. Por exemplo:
- Um grupo de pessoas está esperando. (singular)
- Grupos de pessoas estão esperando. (plural)
Outras expressões partitiva
Aqui estão algumas outras expressões partitivas com exemplos:
- Um grupo de estudantes está se preparando para o exame.
- Uma parte da cidade foi afetada pela enchente.
- Um monte de livros está espalhado pela mesa.
- Uma porção de comida foi servida no jantar.
- Um bando de pássaros voa pelo céu.
- Uma multidão de fãs lotou o estádio.
- Uma quantidade de informações está disponível na internet.
- Um punhado de pessoas compareceu à reunião.
- Uma coleção de selos está exposta no museu.
- Um conjunto de ideias foi apresentado na conferência.
Nesses casos, a concordância do verbo pode variar, dependendo do contexto e da interpretação. Geralmente, a concordância segue o núcleo do sujeito. Portanto, se o núcleo for singular, o verbo ficará no singular, e se o núcleo for plural, o verbo ficará no plural.
Lembrando que a escolha entre o singular e o plural em expressões partitivas pode variar e depender da ênfase dada ao todo ou às partes individuais. É importante ter em mente as regras gerais de concordância do sujeito com o verbo, mas também estar ciente de que pode haver divergências e variações de acordo com o uso e o contexto.
- Leia também: Tempos verbais – Quais são, subdivisões e exemplos
Fontes: Folha, Ciber Duvidas, Brasil Escola